segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ENERGIA ELÉTRICA

Representante de Belo Monte diz que todos serão ouvidos
Portal Exame 26/08/2010

Carlos Nascimento, da Norte Energia, garante que `nunca antes um projeto foi tão estudado´
O presidente da Sociedade de Propósito Específico do Consórcio Norte Energia - que venceu a licitação para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte -, Carlos Nascimento, garantiu hoje (26), durante a assinatura de concessão da usina, que ela será a única construída no Rio Xingu e que nenhuma compensação, tanto ambiental quanto para as comunidades locais, será deixada de fora.
"A população e as comunidades podem confiar nas palavras e ações da Norte Energia para evitar impactos. Ninguém deixará de ser ouvido e de participar do processo de escolha das formas de indenização", afirmou.
Segundo Nascimento, nunca um empreendimento foi tão estudado. Os possíveis impactos causados pela obra foram tema de teses sobre os reflexos físicos, bióticos (relativo à vida ou aos seres vivos) e socioeconômicos. Segundo ele, a expectativa é de que a usina gere 18 mil empregos diretos, 23 mil agregados e beneficie pelo menos 54 mil pessoas, incluindo familiares.
O ministro de Minas e Energia, Marcio Zimermann, lembrou que a obra da Usina de Santo Antônio formou cerca de 30 mil jovens da região para uma profissão. "Isso para uma usina leiloada em 2007 e que ainda não está em operação". A Hidrelétrica de Santo Antônio deve entrar em operação no prazo de 30 meses.
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BELO MONTE
Estado de Minas 27/08/2010

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje o contrato de concessão da hidrelétrica de Belo Monte, um projeto no coração da Amazônia que qualificou de “vitória do setor energético”, embora provoque a remoção de 50 mil pessoas, segundo os grupos que se opõem à construção. O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que a hidrelétrica, que será construída no município paraense de Altamira, perto de onde desemboca o Rio Xingu no Amazonas, “tem um importante papel no desenvolvimento” da região. As obras foram licitadas em leilão público a um consórcio liderado pela Companhia Hidreelétrica do São Francisco (Chesf) e no qual também participa a construtora Queiroz Galvão. Segundo os cálculos do governo, a represa terá um custo de R$ 20 bilhões e terá um potencial máximo de pouco mais de 11 mil megawatts nos períodos de cheia do Rio Xingu, um dos principais afluentes do Amazonas.
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Compra de energia pode ser obrigatória
Folha de São Paulo 27/08/2010

Planalto discute obrigar consumidores a adquirir energia nuclear, sem leilão, a fim de tornar negócio rentável
Estudo para conceder à iniciativa privada operação de energia nuclear causa atritos dentro do governo
O governo federal estuda abrir à iniciativa privada a construção e a operação de usinas nucleares, algo que, constitucionalmente, é monopólio do Estado.
Para que o negócio seja rentável, o Planalto discute obrigar os consumidores a comprar a energia nuclear, sem necessidade de participação em leilões, como exige o atual modelo do setor elétrico, elaborado pela então ministra de Minas e Energia e hoje candidata à Presidência, Dilma Rousseff.
O custo de erguer uma usina do porte de Angra 3 (RJ) está entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. O governo não possui fôlego para construir sozinho as quatro plantas nucleares previstas no Plano Decenal de Energia.
Representantes de empresas interessadas já discutem o assunto em gabinetes de Brasília, segundo a Folha apurou. É o caso da franco-belga Suez (dona de parte da hidrelétrica de Jirau), da alemã Siemens, da japonesa Toshiba, da norte-americana GE e da francesa Areva.
O arranjo em estudos prevê uma espécie de concessão, na qual o direito de propriedade das usinas continuará sendo do Estado.
A compra compulsória pelos consumidores é vista pelo governo como uma tentativa de garantir que as plantas nucleares previstas efetivamente saiam do papel.

PREÇO ALTO
O preço da energia dessas usinas (Angra 3, ainda em construção) é alto: cerca de R$ 150 o megawatt-hora -ante R$ 78 da hidrelétrica de Belo Monte, por exemplo. Isso impede a oferta em leilões a um preço competitivo.
Por isso o plano de empurrar compulsoriamente a energia aos consumidores, como é feito hoje com Itaipu.
O estudo já começa a gerar atritos no próprio governo, porém. Um dos que defendem o monopólio é o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Sob sua pasta está a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), agência reguladora da atividade nuclear no país.
"Há condições de o Estado construir essas usinas. O PIB brasileiro cresceu nos últimos anos. São R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões por usina, e só no pré-sal o Brasil vai investir mais de US$ 100 bilhões."
Segundo Rezende, a desregulamentação neste momento poderá atrapalhar a aquisição da tecnologia de construção de reatores, que o Brasil ainda não domina.

INDEFINIÇÃO
O modelo não dá às múltis o direito de participar das etapas de obtenção do combustível nuclear, parte que permaneceria totalmente estatal, por ser estratégica.
Não está definido, no entanto, se o capital privado poderá ser majoritário nas usinas. As multinacionais fazem lobby pelo controle da concessão, com mais de 51% de participação. Os ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, no entanto, defendem participação privada minoritária, de até 49%.
Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine (Associação dos Produtores Independentes de Energia), confirmou à Folha que o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, e o secretário de Planejamento Energético da pasta, Altino Ventura, abriram conversações sobre a quebra do monopólio.
Pelo menos três empresas associadas à Apine já declaram desejo de participar desse novo mercado -Suez, Endesa e Enel.
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Emenda abre setor nuclear para empresas – Folha de São Paulo 27/08/2010

Intenção é aproveitar PEC já em tramitação e agilizar discussão sobre participação privada em usinas nucleares
Mudança na forma de comercialização da energia nuclear seria feita via projeto de lei ou medida provisória
Para agilizar a participação privada em usinas nucleares, o governo federal quer pegar carona em uma proposta de emenda constitucional que já tramita no Congresso.
Falta apenas decidir se o lobby será feito ainda neste ano, logo depois das eleições, ou em 2011, mais provável, se vitoriosa a candidata petista Dilma Rousseff.
A ideia da Casa Civil é aproveitar a PEC 122/2007, de autoria do deputado federal tucano Alfredo Kaefer (PR).
O texto, que abre o setor nuclear ao capital privado, já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Quanto à mudança na forma de comercialização de energia nuclear, hoje feita por leilão, o governo discute duas opções: projeto de lei ou medida provisória.
Técnicos defendem, no entanto, que o modelo possa ser alterado por meio de decretos ou resoluções da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
A decisão do governo de privatizar e acelerar o desenvolvimento nuclear passa por dois entendimentos.
Primeiro, o país tem vantagens estratégicas nessa área, já que é um dos únicos três do mundo (além de Rússia e EUA) que detêm o ciclo do combustível nuclear, usam urânio para gerar energia e têm reservas do minério.
Segundo, as hidrelétricas baratas já foram ou estão sendo construídas. O preço dessas usinas deve crescer e tende a se equivaler ao das usinas nucleares, cuja curva de custos não tem oscilado.

NACIONALIZAÇÃO
Conforme a Abdan (Associação Brasileira de Desenvolvimento de Atividades Nucleares), a meta é chegar a 2030 com um índice de nacionalização de equipamentos das usinas de 60% (Angra 3 é 30% nacional).
A Abdan e o Ministério de Ciência e Tecnologia já encomendaram levantamentos das empresas nacionais que podem fornecer equipamentos para as novas usinas.
O país também pretende triplicar a capacidade atual de exploração de urânio.
Atualmente, o Brasil detém a sétima maior reserva mundial do minério, com pelo menos 280 mil toneladas de urânio provadas.
A estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB) quer que a mina de Caetité, na Bahia, amplie sua produção de 800 toneladas em 2012 para 2.700 toneladas em 2015, quando entra em operação a usina Angra 3.
Essa usina representará um acréscimo no consumo de concentrado de urânio de cerca de 290 toneladas a cada 14 meses.
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Energia Eólica já compete com biomassa e domina leilão de alternativa
Folha de São Paulo 27/08/2010

As fontes de geração de energia eólica dominaram ontem o segundo Leilão de Fontes Alternativas, organizado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
O resultado confirmou a tendência de redução dos preços por megawatt-hora para esse tipo de fonte de energia. O leilão ocorreu em São Paulo.
O preço médio de venda dessa fonte para contratos de 20 anos foi de R$ 134,23/MWh, deságio de 19,6% sobre o preço-teto. Nesse tipo de contrato, os projetos de eólicas competiram com as usinas de açúcar e álcool e venceram de longe.
Dos 51 projetos, apenas 1 térmica, localizada na região Sudeste, conseguiu vender energia nesse leilão, a R$ 137,92. As demais 50 usinas são eólicas. A maior parte fica na região Nordeste. O restante será instalado na região Sul.
O preço também foi menor do que os de projetos de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas). Os contratos de 30 anos fechados por empreendedores de PCHs tiveram preço preço médio de R$ 146,99/MWh, deságio de apenas 5,17%.
No leilão de energias alternativas, a venda alcançou cifra de R$ 17,5 bilhões. Esse valor corresponde ao volume de energia que será entregue aos consumidores ao longo da vigência dos contratos, de 20 a 30 anos. Todas essas usinas terão de iniciar o fornecimento em 2013, segundo a Aneel.
A principal empresa a negociar energia eólica no leilão de fontes alternativas foi a espanhola Iberdrola. A estatal Chesf veio em seguida.
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Empresários querem iniciar obra da usina de Belo Monte neste ano
Folha de São Paulo 27/08/2010
O contrato de concessão da usina hidrelétrica mais polêmica do país, Belo Monte, foi assinado ontem, sob o otimismo dos empresários de que as obras devem começar ainda este ano.
Segundo Carlos Raimundo Nascimento, presidente da Norte Energia, a meta é começar as obras após o Ibama emitir a licença -última pendência para a construção.
Nascimento afirmou já contar com R$ 560 milhões de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) com 18 empresas -estatais, empreiteiras, fundos de pensão e investimento-, feita para construir a usina, no rio Xingu, no Pará.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a usina, que demorou três décadas para sair do papel, só é um empreendimento viável pela interferência do governo.
"O Estado entendeu que, se não entrasse no compartilhamento de responsabilidades, sozinha era difícil alguma empresa assumir essa obra."
O governo participou do leilão da usina e agora compõe parte da Norte Energia, por meio de Eletrobras e outras.
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, falou que haverá fomento à política de desenvolver conteúdo local para a obra.
Belo Monte terá financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e aportes da Norte Energia.
A usina tem previsão de ser concluída em 2015, e será a segunda maior hidrelétrica do país, atrás de Itaipu.
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Belo Monte receberá R$ 560 mi este ano
Valor Econômico 27/08/2010

O consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu (PA), prepara um aporte de R$ 560 milhões até o fim do ano para iniciar as obras. Segundo Carlos Nascimento, presidente do consócio, cerca de R$ 260 milhões serão usados na conclusão de estudos e montagem da empresa. Os R$ 300 milhões serão aplicados na construção do canteiro de obras. As declarações foram feitas ontem, durante cerimônia de assinatura do contrato de concessão de Belo Monte, no Palácio do Planalto.
Para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dia de ontem deve ficar marcado na história do setor elétrico. "O que está acontecendo é o fim de um período em que as pessoas tinham medo de governar, o fim de um período em que as pessoas tinham medo de debater. Nós estamos tornando possível algo que durante 30 anos parecia impossível."
Com onze mil megawatts (MW) de potência, o equivalente a 10% da capacidade de geração do Brasil, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás de Três Gargantas, na China (22,5 mil MW) e de Itaipu (14 mil MW). Quando estiver no pico das obras, Belo Monte vai gerar 18 mil empregos diretos.
O início das obras, no entanto, depende de licença prévia do Ibama, liberação que o consórcio Norte Energia espera receber nas próximas semanas. Lula disse que o novo projeto de Belo Monte é menos agressivo ambientalmente do que o original. "O projeto original, no mínimo, era 50% maior do que este projeto, o lago era muito maior. Na medida em que a gente começa a compreender que a questão ambiental também não é uma questão secundária, passamos a compreender que era possível fazer um projeto melhor, mais adequado, e tivemos mais gente do nosso lado", afirmou o presidente.
Segundo Lula, o governo mudou a concepção de debate dos projetos, o que facilitou a assinatura do contrato, ao quebrar preconceitos e barreiras. O presidente disse que havia uma época em que o Estado não dava a menor importância para aqueles que estavam do lado de uma hidrelétrica "gritando que estavam sendo prejudicados e, em vez de conversar, muitas vezes o Estado os tangia de lá com aparatos policiais."
A aceleração das obras depende não apenas da liberação de licenças ambientais, mas do ritmo da entrega dos equipamentos pesados. As negociações para o fornecimento das turbinas envolvem dois consórcios de empresas. Diferentemente da usina de Jirau, no rio Madeira, onde boa parte das turbinas que serão instaladas vem da China, Belo Monte vai priorizar a fabricação nacional dos equipamentos.
No mês passado, o diretor da Chesf, José Ailton de Lima, havia anunciado que mantinha conversações com os europeus Alstom, Voith Siemens e Andritz. As três possuem fábricas de turbinas no Brasil. As negociações ainda envolveriam a argentina Impsa, e mais dois grupos, um do Japão e outro da Rússia.
O presidente destacou que o fortalecimento da Eletrobras foi fundamental para o novo momento vivido pelo setor. "Não adiantava nada a gente ter uma empresa pública que era proibida de participar de leilão, era proibido construir, que existia apenas para receber a dívida de Itaipu. Hoje é uma empresa que tem capacidade de aportar recursos, tem capacidade de assumir compromissos."
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Impsa e Iberdrola tomam conta de leilão
Valor Econômico 27/08/2010

A Iberdrola, maior companhia de energias renováveis do mundo, fincou o pé definitivamente no mercado de geração eólica no Brasil - e de forma agressiva. A empresa espanhola foi uma das maiores vendedoras de energia do leilão de fontes alternativas realizado ontem pelo governo federal e ajudou a derrubar os preços dessa fonte de energia no país. Em número de megawatts negociados, a Iberdrola só perdeu para a Impsa, que, por meio de sua controlada Energimp ,foi a maior vendedora com estratégia traçada junto com o fornecimento de equipamentos da fabricante argentina.
O leilão negociou ao todo 714 megawatts de energia provenientes de eólicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. Somente em eólicas, o montante vendido foi de 644 megawatts médios, de 50 diferentes parques e que juntos terão capacidade instalada de 1.850 MW. Os investimentos estimados pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) para erguer essas dezenas de parques é de R$ 4,5 bilhões.
Até o fechamento desta edição ainda não havia terminado o leilão de reserva, onde também as eólicas estavam disputando. De qualquer forma, os resultados do leilão de fontes alternativas apontaram para uma queda significativa dos preços se comparado à licitação que aconteceu em 2009. O preço médio ficou R$ 134,23 o MWh, uma queda de cerca de 10% em relação ao ano passado em um leilão que durou cerca de cinco horas e meia. Os preços fechados ontem começam a fazer a eólica se aproximar do custo de algumas usinas hidrelétricas e já estão mais em conta do que os custos de pequenas centrais hidrelétricas ou da energia da biomassa, que ficam cerca de R$ 10 por MWh mais caros.
De acordo com o diretor executivo da ABEEólica, Pedro Perreli, a disputa dos fornecedores permitiu que os preços caíssem ainda mais, mas foi também o tamanho dos competidores que definiu a agressividade na disputa. A Iberdrola Renovables tem hoje no mundo um parque de mais de 11 GW. Se a empresa fosse um país, ela seria hoje a quinta maior potência do mundo em energia eólica, segundo dados da ABBEéolica. Pelos números de 2009 ela ficaria atrás dos Estados Unidos, China, Alemanha, Espanha. Com esse tamanho, a empresa consegue baixar preços já que compra equipamentos em lotes.
A empresa vendeu ontem no leilão, em parceria com a Neoenergia (na qual também é sócia), cerca de 110 MW médios de energia, de nove parques eólicas e terá uma receita anual aproximada de R$ 130 milhões.
Os preços dos equipamentos junto com o potencial dos parques eólicos são fundamentais para definir o preço da energia. Neste aspecto, a Impsa também tem vantagem já que é fornecedora de equipamentos. A empresa já tinha sido uma das maiores negociadoras do leilão passado, em que a Iberdrola esteve ausente. Ontem, os argentinos sob a Energimp negociaram 120 MW de energia de nove diferentes parques, entre eles três sob o nome de Asa Branca. Foram oito os empreendimentos Asa Branca que venceram o leilão, mas pertencem a donos diferentes.
Mas os novatos também fizeram parte do leilão de ontem. A Galvão Energia, empresa ligada à de construção Galvão Engenharia, fez sua estreia ontem e vendeu quatro parques, se comprometendo a investir R$ 400 milhões nos próximos três anos. A Ersa, empresa de energias renováveis do Pátria Investimentos, também foi vencedora no leilão. A empresa também vendeu quatro parques eólicos, que somam 78 MW, e ainda uma PCH de 20 MW. Os investimentos da Ersa vão chegar a R$ 440 milhões. Ao todo, os empreendimentos vendidos ontem vão ter uma receita nos próximos 20 e 30 anos de R$ 17,5 bilhões.
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