sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cultura de Segurança

A promoção de uma cultura de segurança requer simultaneamente uma liderança forte e uma larga participação e deve-se traduzir por dar uma prioridade reforçada à planificação e à gestão da segurança, assim como por uma compreensão da exigência de segurança para o conjunto dos participantes.
As questões da segurança devem ser objeto de preocupação e de responsabilidade a todos os níveis do governo e das empresas e para o conjunto dos participantes. As presentes linhas orientadoras constituem uma fundação para os esforços com vista a estabelecer uma cultura de segurança para toda a sociedade. Tal irá permitir aos participantes de agir de forma a que a segurança se torne parte integrante da concepção e da utilização de todos os sistemas e redes de informação. As linhas orientadoras propõem que todos os participantes adotem e promovam uma cultura de segurança que guie a reflexão, a tomada de decisão e a ação respeito do funcionamento dos sistemas e das redes de informação.
Com respeito a uma empresa estruturada de ações empresariais e a colocação de problemas banais de relacionamento chefe/ executante, níveis hierárquicos etc., são necessárias abordagens estruturais para que os assuntos sejam compreendidos e a reflexão, por nós proposta seja viável.

Entretanto esta realidade é favorável quando trabalhamos a informação cultural, a obtenção de valores não estabelecidos em casa e assim é mais fácil forjar nestes colaboradores uma nova forma de encarar a preservação da vida.
Falta uma cultura de segurança, faltam discussões sobre valores da vida humana e não apenas preocupações com os equipamentos operados e mantidos por estas vidas, sem conhecimento, sem preparo físico e técnico e vulnerável à covardia da produção a qualquer custo, do lucro desmedido e da substituição da mão de obra de forma perversa e sem um fiapo de ética e qualquer pressuposto de competência e humanidade.
A cultura de segurança poderá fazer parte do Currículo das Faculdades de Engenharia, na medida em que se aborda o tema Ética ,Tecnologia e Sociedade.
Não pode haver ética no trabalho, na sua vida e conduta pessoal se há sob sua responsabilidade formas de atuação que ponham vidas em risco de forma tão frágil que as formas de prevenção não são estudadas se quer pesquisadas, treinadas e sem isto, a vida se fragiliza e se esvai diariamente, a cada hora sem qualquer registro maior, se banalizando o fato e se encobrindo sob o manto da necessidade da produção, do faturamento, da redução de custo e os altos valores dos acidentes não são, se quer, computados e apresentados em estatísticas honestas ficando ,apenas , para a Previdência Social.
Não pode haver ética na vida profissional e pessoal se há constrangimento de profissionais a serem obrigados a trabalhos de forma arriscada e perigosa.
É na nessa geração que podemos criar uma nova cultura, uma nova forma de encarar os meios de executar as tarefas, estabelecer por prática, uma forma mais consciente em desempenhar uma função é tempo de aparecer, por meio científico, uma nova visão de valores os quais não são praticados hoje..Em nossa sociedade, há bem claros os valores morais, religiosos e as vezes a honestidade.São inegociáveis entretanto a segurança se negocia por qualquer razão ; a saber : sobrevivência , amizade , ignorância , simpatia , medo , omissão etc.
Portanto ao abordarmos este tema falamos da ética profissional, mostramos que só se é um profissional completo só concorre no mercado se for também preocupado com a sua segurança e de seus companheiros.

Volta Redonda, 07 de setembro de 2010

Claudio de Paula Cataldo
Consultor de Segurança da Vale
ccataldo@oi.com.br