quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O LAMENTÁVEL DESABAMENTO NO CENTRO DO RIO

http://folha.com/no1039744

Imagem do Google Street View mostra prédios que desabaram no Rio


O subsecretário da Defesa Civil, Márcio Mota, afirmou que foram localizados mais dois corpos de vítimas do desabamento de três prédios no centro do Rio. Com isso, subiu para cinco o total de óbitos em decorrência do acidente ocorrido na noite de ontem (25).


DESABAMENTO

Os três prédios localizados ao lado do Theatro Municipal desabaram por volta das 20h30. O teatro não foi atingido, mas seu anexo, onde funciona a bilheteria, sofreu danos por causa dos escombros.

Pessoas que estavam em um edifício próximo usaram a luz de seus telefones celulares para chamar a atenção dos bombeiros e buscar socorro. Com as escadas cheias de escombros, não havia como sair. Um grupo de 30 pessoas foi resgatado.

Zelador de um dos prédios, uma das vítimas disse que o edifício Liberdade estava vazio quando houve o desmoronamento, mas de acordo com o analista de sistemas Fernando Amaro, 29, que estava no quarto andar do Liberdade, um grupo de 30 pessoas participava de um treinamento profissional no imóvel.

Às 21h30 houve um princípio de incêndio. De acordo com bombeiros, havia forte cheiro de gás no local. Jornalistas e curiosos foram afastados. Um cordão de isolamento mantinha todos a cerca de um quarteirão do local do desabamento.

Fiscais da CEG (companhia de gás do Rio) foram chamados para fechar as tubulações de gás, por medida de segurança. A empresa informou que não havia registro de reclamações de vazamento de gás no prédio, nem vistoria agendada. A Light desligou o fornecimento de energia nos arredores para evitar incêndios.



Editoria de Arte/Folhapress





quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nascida em uma favela no Rio, Graça Foster a nova presidente está na Petrobras desde 81

23/01/2012 às 14h57 5
Por Valor


SÃO PAULO - Indicada para a presidência da Petrobras pelo ministro Guido Mantega, presidente do conselho de administração da companhia, Maria das Graças Foster foi eleita uma das 15 executivas em destaque pela Valor Liderança - Executivas. Na época da premiação, em dezembro passado, a revista publicou um perfil da executiva. Confira abaixo.

Comando com mão de ferro e dedicação quase absoluta


Integrante da curta lista de pessoas que gozam da total confiança da presidente Dilma Rousseff, Maria das Graças Silva Foster, ou Graça Foster, como prefere ser chamada, tem um currículo poderoso. É diretora da área de gás e energia da Petrobras e seu nome é cotado para presidir a empresa quando José Sergio Gabrielli deixar o posto. Em outubro, ela participou como executiva da Petrobras da comitiva presidencial à Bulgária, Bélgica e Turquia.

Engenheira química, com mestrado em engenharia de fluidos, pós-graduação em engenharia nuclear e MBA em economia, Graça Foster nasceu em uma favela do Rio de Janeiro nos anos 1950, o Morro do Adeus, que hoje integra o Complexo do Alemão, ocupado pela polícia neste ano. Foi lá que ela viveu até os 12 anos, quando a família se mudou para a Ilha do Governador. No morro, começou a trabalhar, aos 8 anos, como catadora de papel, garrafas e latas de alumínio que vendia para comprar material escolar e presentinhos para sua “florzinha”, como chama a mãe, Terezinha Pena Silva, que continua sendo alvo de sua dedicação.

“Minha mãe é a coisa mais linda, a coisa mais bonitinha que tem, é pequenininha, é a minha flor”, desmancha-se a filha durona no trabalho, de 1,78 metro de altura, negociadora implacável, temida e, por que não dizer, criticada por parte dos executivos que convivem com ela. É a mãe a única capaz de competir com sua outra paixão: a Petrobras, empresa onde trabalha desde 1981, depois de quase dois anos na Nuclebrás, seu primeiro emprego com carteira assinada.

“A Petrobras é uma prioridade na minha vida. Raramente acontece uma inversão, mas só minha mãe está na frente. Graças a Deus o resto da família não precisa. A Petrobras sempre foi importante para mim. O normal é estar disponível para a empresa. Tudo na vida é paixão. E como posso não estar apaixonada e ficar aqui de dez horas a 12 horas todos os dias, torcendo para tudo dar certo?”

O início da vida acadêmica tampouco foi fácil. Aos 22 anos e ainda na faculdade, Graça teve a filha Flávia, que é mãe de sua neta Priscila, hoje com 16 anos. As três são do signo de Virgem e muito próximas. Mais tarde veio Colin, filho do seu terceiro casamento, “um garotão que tem 2,05 metros e estuda jornalismo”.

A área comandada por Graça Foster na estatal acumulou lucro de R$ 2,6 bilhões até setembro de 2011, o segundo melhor resultado da empresa, só atrás da exploração e produção. Quando ela assumiu, em setembro de 2007, o prejuízo era de R$ 895 milhões.

A executiva comanda a diretoria de gás e energia com mão de ferro. Trabalhadora compulsiva – conta que nunca teve remorso de deixar os filhos em casa antes de viajar a trabalho por um ou dois meses –, e chefe exigente com prazos e metas estabelecidos e cobrados com rigor, Graça tem um calendário de “marcos” atrás da mesa, que detalha datas das diferentes fases das obras de sua área.

Raramente, ela sai antes das 21 horas e sempre carrega uma pasta enorme e grossa onde está escrito “Trabalho de Casa” à mão. Ali ela tem acesso a relatórios, notas técnicas e à agenda de reuniões do dia seguinte. “Mesmo que tenha reunião com minha equipe, eu me preparo, para a reunião andar rápido.” Em casa, além de olhar a “pastinha”, ela costuma tomar meia garrafa de vinho antes de dormir. Magra, elegante, ela diz que prioriza o vinho a qualquer outra iguaria. (Texto de Cláudia Schüffner)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

New York Times conta história de Eike Batista



22/01/2012 - 22:32:26
Por Alexei Barrionuevo, do New York Times (economia@og
Agência O Globo – sáb, 21 de jan de 2012


RIO - Eike Batista se mexe na cadeira, reagindo à lembrança de seus tempos de anonimato. "Os brasileiros pensam que eu apareci no ano 2000 a partir do nada", diz Eike, o homem mais rico do Brasil.

Poucos brasileiros tinham ouvido falar sobre suas aventuras na Amazônia aos 20 anos de idade, contou ele, quando abandonou a faculdade na Alemanha Ocidental para negociar ouro e apostar os ganhos na construção de uma máquina barulhenta na floresta para processar o metal precioso, sem mineradores.

Ao contrário, Eike só apareceu nas revistas de fofocas na década de 1990 depois que se casou com a modelo e dançarina de carnaval Luma de Oliveira. Naquela época, seu pai, Eliezer Batista, um ex-funcionário do governo, disse-lhe para manter a discrição, enquanto sua fortuna em crescimento tornava-o um alvo de sequestradores.



Eike Batista não fez nada além de se esconder. Agora, aos 55 anos, ele não só é considerado o homem mais rico da América do Sul, com uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 30 bilhões, mas também é uma das figuras mais famosas do Brasil, um empreendedor em série com energia ilimitada para vender a si mesmo e a seu país.

"O meu cavalo de corrida é o Brasil", disse ele do 22º andar de seu escritório no quartel-general de sua empresa, a EBX, que tem vista para a Baía de Guanabara. "E o Brasil tem hoje a riqueza que a América tinha na virada do século."

Enquanto a presidente Dilma Rousseff o considera um exemplo de executivo do setor privado, empresários rivais afirmam que a principal habilidade dele é como vendedor, ao persuadir investidores a apostar cerca de US$ 24 bilhões em empresas iniciantes de mineração, petróleo, logística, geração de energia e construção naval.

"Eles acham que ele vende muitos sonhos e não realidade suficiente", disse Olavo Monteiro de Carvalho, ex-sócio em uma mina de ouro da Amazônia.

No início deste ano, Eike Batista tem a chance de afastar esse preconceito, quando sua empresa petrolífera, a OGX, deverá começar a produzir petróleo a partir da descoberta de 10 bilhões de barris no mar.

A empresa de Eike de logística também planeja abrir um "superporto" de US$ 2 bilhões no Rio, no ano que vem, e ele diz que vai ser a versão latino-americana de Rotterdam. Situado em território equivalente a uma Manhattan e meia, o porto vai ter capacidade para transportar cerca de 350 milhões de toneladas de importações e exportações por ano, incluindo petróleo e minério de ferro de empresas de Eike.

Os brasileiros continuam divididos sobre o que achar do homem simplesmente conhecido como Eike. Alguns o veem como um megalomaníaco exibicionista e debocham de suas fotos tiradas ao lado de seu Mercedes McLaren de US$ 1 milhão.

Eike Batista não se arrepende da imagem que criou e diz que está tentando mudar a cultura conservadora sobre riqueza que seu pai viveu, e ensinar aos brasileiros a olhar para seus empresários da forma como os americanos fazem.

"Eu quero ajudar toda uma geração de brasileiros a se orgulhar", diz. "Eu sou rico, sim. Eu mesmo construí isso. Não roubei. Simplesmente mostro isso".

Ultimamente, Eike está totalmente sem amarras. Ele viaja pelo mundo em seu jato Gulfstream de US$ 61 milhões, muitas vezes dando palestras, e interage com seus mais de 539.600 seguidores no Twitter, a quem oferece "frases educativas" para inspirar.

Em seu escritório, ele exibe fotos emolduradas de seus dias como campeão em corrida de lancha e uma espada que lhe foi dada por um parceiro japonês em agradecimento a um negócio fechado.

Ele intercala seu inglês com sotaque alemão - uma das cinco línguas que fala fluentemente - com frases em francês como "C'est la vie". Sua risada contagiante lembra o Charada de 1960 da série de "Batman" na televisão.

Eike diz que sua jornada começou como uma "busca à independência financeira" e um desejo ardente de fugir da sombra de seu pai famoso, um engenheiro brasileiro que ajudou a aumentar o comércio internacional de commodities no Brasil.

Nascido em Minas Gerais, Eike tem seis irmãos. Quando era pequeno, sofria de asma crônica. Sua mãe, uma alemã, colocava-o na piscina. "Isso abriu meus pulmões", disse ele. Ele continua a ser um ávido nadador e corredor.

Quando era adolescente, sua família se mudou para a Europa, vivendo em Genebra, Düsseldorf e Bruxelas. O pai de Batista, que no Brasil tinha sido presidente da empresa estatal de mineração, decidiu entrar em um "exílio amigável" quando o governo militar do Brasil desconfiou que fosse comunista por sua fluência em russo, uma das várias línguas que fala. Na Europa, o pai de Eike trabalhou para construir os negócios internacionais da empresa de mineração.

Na década de 1960, o pai de Eike notou que o Brasil poderia lucrar muito com a exportação de minério de ferro para o Japão. Mas a distância era enorme, então convenceu estaleiros a construir grandes embarcações, e ele liderou o desenvolvimento de um porto brasileiro com profundidade suficiente para os navios atracarem.

Eike diz que seu pai "fez um monte de coisas incríveis para o Brasil", mas que "nunca quis tomar riscos".

Seus pais voltaram para o Brasil quando Eike tinha 18 anos. Ele ficou em Bruxelas e foi de porta em porta vendendo seguros, e depois negociando diamantes e carne enlatada.

Em 1978, Eike leu sobre a corrida do ouro na Amazônia. Aos 22, ele deixou a Universidade de Aachen na Renânia do Norte-Vestfália, onde foi estudar engenharia metalúrgica, e voltou ao Brasil. Ele convenceu um joalheiro no Rio a emprestar-lhe US$ 500 mil - "com certeza, eles sabiam que meu pai foi importante", disse ele - e foi para a Amazônia.

Com o empréstimo, ele começou a negociar ouro, agindo como um intermediário entre mineradores e compradores no Rio e em São Paulo. Ele disse que ganhou US$ 6 milhões em um ano e meio de negociação.

Depois de uma empresa brasileira de mineração de estanho, tentou copiar a idéia para extração de ouro, percebendo que teria uma margem de lucro enorme mesmo se cometesse erros. "Era à prova de idiotas ricos", disse ele.

Aos 23 anos, ele apostou tudo na construção de sua máquina. Mas o custo de comprar dos mineradores e os desafios de conseguir tratores e óleo diesel em uma área repleta de malária e ilegalidade se provou formidável.

Ele resistiu até seus últimos US$ 300 mil e se perguntou se "deveria ir para a praia" ou retomar o estudo de engenharia. Em seguida, a máquina começou a funcionar. Logo estava ganhando US$ 1 milhão por mês.

Enquanto Eike de alguma forma driblava a malária, ele não evitava problemas. Um dia foi confrontar um minerador que lhe devia dinheiro. O minerador estava bêbado. Eike Batista o xingou. Quando ia embora, o minerador atirou nele pelas costas com um revólver. "Eu estava longe o suficiente para que o impacto não fosse mortal", disse ele.

Seus guarda-costas disseram-lhe, mais tarde, que mataram o minerador.

Após sua experiência amazônica, Eike procurou as minas de ouro mais ricas do Brasil. Seu pai, temendo que o filho corria o risco de ser sequestrado, o encorajou a pesquisar fora do país. Ele tentou, mas falhou na Rússia, na Grécia, na República Checa, no Equador e na Venezuela, depois de perder centenas de milhões de dólares.

As experiências assustaram ele e em 2000 decidiu se dedicar a projetos no Brasil.

Ele falhou em outros tipos de negócios, entre jipes, cerveja e até perfume. "Em produtos de consumo, é muito mais difícil", disse ele. "Como você não tem margens de lucro à prova de idiotas, não pode cometer muitos erros."

Atualmente, está obcecado em inspirar uma nova geração de empresários brasileiros a tomar riscos como ele. "Nós não precisamos só ter os melhores jogadores de futebol do mundo", disse ele. "Por que não ter o melhor empresário do mundo?"

Nos últimos anos, ele investiu muito em restaurar o que chama de "auto-confiança" do povo do Rio de Janeiro, dizendo que gasta US$ 10,7 milhões por ano para ajudar um programa policial a livrar favelas de traficantes de drogas.

Quando o governador do Rio, Sérgio Cabral, precisava de dinheiro para ajudar com a candidatura do Rio para a Olimpíada de 2016, Eike Batista disse que concordou em gastar US$ 12,3 milhões para contratar a agência de marketing que ajudou Londres a ganhar os Jogos de 2012.

"Olhe o que aconteceu agora", disse Eike. "Os preços dos imóveis triplicaram. As pessoas deveriam me pagar uma comissão".



6 "pecados" que podem destruir uma carreira profissional



22/01/2012 - 22:35:17

Preguiça e arrogância não devem refletir em suas atitudes no ambiente de trabalho
Camila Lam, de Exame


São Paulo – A preguiça, a ganância, vaidade, inveja são alguns dos pecados capitais que devem ser evitadas a todo custo no ambiente de trabalho – mesmo que você não siga nenhuma religião. “Detectamos diariamente nas atitudes do profissional alguns pecados. Em alguns casos estes ficam mais marcados por um deslize comportamental do que por um erro técnico”, afirma Luiz Fernandes Visconte, sócio da Vicky Bloch Associados.


Para Renata Mello, especialista em etiqueta empresarial, as pessoas normalmente não se definem como um profissional preguiçoso ou ganancioso. Imprevistos acontecem e, às vezes, controlar o emocional é um desafio. Os erros citados acima são perdoáveis.

Entretanto, especialistas afirmam que a carreira de um profissional pode ser prejudicada quando este não se dá conta do excesso desses deslizes e se isenta da culpa de não conseguir uma promoção ou o reconhecimento do chefe ou colegas de trabalho.

Confira abaixo a lista com alguns pecados que devem ser evitados:


Arrogância
Agir como se fosse o melhor profissional da empresa não significa que você realmente seja. Julgar-se melhor que o outro não traz vantagem profissional. Quando um trabalho é bem feito, os méritos e elogios chegarão sem precisar que você os chame.

Cinismo
Criticar ou elogiar falsamente seus colegas de trabalho não são atitudes de um profissional que preza pela carreira. A competividade existe e não deve ser esquecida, mas ser cínico é, totalmente, dispensável.

Preguiça
A preguiça não deve reinar quando se trata de trabalho. “Acaba sempre perdendo uma oportunidade de crescer, de compartilhar com os colegas alguma tarefa, com a desculpa de que está cansado demais ou ocupado demais”, afirma Visconte.

Lembre-se: ser proativo é quase uma senha para a ascensão profissional.

Ganância
Como todo pecado, o excesso de ganância o transformará em um profissional focado somente em números, bônus e aumento de salário. É recomendável equilibrar o desejo de conquistar uma promoção, por exemplo.

Inveja
Desmerecer seu colega de trabalho ou chefe não o tornará uma pessoa melhor, muito menos um profissional melhor. Reflita antes de fazer comentários maldosos que só o caracterizarão como uma pessoa invejosa.

Mentira
Mentir requer talento, inventar desculpas não deve se tornar um hábito. Uma desculpa para não participar da reunião e as pessoas começam a duvidar da credibilidade do profissional.