sábado, 15 de março de 2014

11 hábitos que parecem ótimos para a saúde, mas não são

Saúde | 12/03/2014 18:25


Passar protetor solar demais e fugir do sol, e comer muitos alimentos light são alguns dos costumes que parecem ser sempre bons, mas podem esconder riscos


Suco de laranja
Tomar suco em vez de comer a fruta nem sempre é a melhor escolha, segundo nutricionista
São Paulo – A consciência sobre a importância de adotar hábitos mais saudáveis já não é novidade, mas muitas pessoas podem prejudicar a saúde (ou não fazer o melhor para o organismo) pensando que, na verdade, estão fazendo a escolha mais indicada para o corpo.
Por trás das orientações básicas sobre ter uma dietasaudável e praticar exercícios, por exemplo, vários hábitos não tão benéficos se escondem. Alguns deles têm consequências duras, outros apenas são opções que desperdiçam o potencial de uma boa dieta. EXAME.com conversou com a nutricionista Rosane França, que indicou alguns exemplos desses comportamentos. Confira a seguir.
Exagerar no consumo de alimentos light e diet
Em nome de emagrecer ou de reduzir a quantidade de açúcar da dieta, há pessoas que optam por alimentos light e diet em quantidade excessiva. O problema está no fato de que alguns desses itens têm redução de nutrientes importantes, em relação à versão normal.
“Um iogurte light, por exemplo, pode até ter menos calorias, mas tem mais soro de leite do que leite propriamente dito e ainda são usados espessantes, corantes e outros aditivos industrializados. Seria mais saudável comer o normal”, afirma Rosane. Outra questão levantada pela nutricionista é a de que, muitas vezes, as pessoas comem mais só porque o alimento é diet, o que pode até levar à engorda.
Substituir leite de vaca por leite de soja
A não ser que se tenha intolerância a lactose, deixar de tomar leite de vaca para consumir apenas leite de soja pode ser uma ideia ruim, de acordo com a especialista. A bebida de soja tem fibras, proteína e vitamina B, mas não possui nem 30% da quantidade de cálcio do leite comum e o processo industrial e químico pelo qual passa pode ser prejudicial.
A nutricionista ainda chama a atenção para a considerável probabilidade de essas bebidas causarem alergia, quando consumidas em exagero, e para o desconhecimento a respeito dos efeitos da soja transgênica (usada por algumas marcas) para a saúde. O controle no consumo ainda deve se estender aos sucos feitos à base de soja.
Substituir refrigerante comum por diet/zero
Se tomar refrigerante comum já é ruim para a saúde, beber sua versão diet é ainda pior. Além de não ter nenhum nutriente que poderá ser usado para o bom funcionamento do corpo, o líquido tem grandes quantidades de corantes e aromatizantes que causam diversos problemas de saúde, dentre eles a sobrecarga do fígado e do rim. Apesar de não ter açúcar em sua fórmula, o refresco fica doce devido ao aspartame, substância comumente associada a problemas como dor de cabeça, fadiga, ansiedade e compulsão por comida. O item, no entanto, é polêmico. 
Em relação a este aditivo, a Abiad (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres), discorda. Segundo a entidade, estudo publicado no New England Journal of Medicine nega a associação do aspartame com a dor de cabeça. Os representantes do setor alegam também que um parecer da European Food Safety Authority (EFSA) declarou que o consumo diário de, no máximo, 40mg por quilo de peso corporal, confere uma margem segura para a saúde da população.
Fazer atividade física só no final de semana
Os atletas de final de semana estão expostos a muito mais riscos do que benefícios com a prática de atividades físicas sem uma rotina e sem acompanhamento de um profissional da área. Praticar esportes informalmente uma vez a cada sete dias não faz diferença significativa para a perda de peso ou para melhorar a saúde e ainda pode ser a causa de lesões musculares e problemas cardíacos, principalmente em atividades que exigem preparo físico, como o futebol. Para dar mais preparo, é importante também se exercitar durante a semana, de preferência com a orientação de um educador físico.
Deixar de comer arroz com feijão à noite
Com medo de engordar, muita gente deixa de comer o tradicional arroz com feijão na hora do jantar. Mas, segundo Rosane França, restringir o consumo não ajuda em nada. Pelo contrário. “Feijão com arroz é a combinação proteica perfeita. Não faz mal comer à noite. Só faz mal, se a pessoa jantar às 22h e dormir às 23h. Se ela comer às 20h e dormir às 23h, não tem problema nenhum”, afirma.
Tomar suco em vez de comer a fruta
Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, tomar um suco de fruta não é equivalente a comê-la, é pior. A nutricionista afirma que a melhor opção, neste caso, é comer e não beber. Isso porque, além de ingerir mais fibras (quase que eliminadas pelo processamento do alimento), a quantidade de calorias consumidas é menor, já que um copo de suco costuma levar mais de uma unidade.
“Para fazer um suco de laranja, são necessárias pelo menos duas frutas, mas, se for para comer, ninguém come mais de uma”, diz. E a ilusão de que os sucos são sempre a melhor opção ainda pode causar o ganho de peso, se houver excesso, pois são consideravelmente calóricos.
Usar filtro solar em excesso e fugir do sol
Proteger a pele dos raios solares é essencial para prevenir o envelhecimento precoce e doenças cutâneas, mas o exagero também não é recomendado, usando protetor solar demais e ainda fugindo da luz. O motivo é que, ao bloquear o sol, isso prejudica a sintetização da vitamina D. Sem esse nutriente, outras doenças podem surgir, como do coração e deficiências de cálcio (já que a vitamina é importante para absorver o mineral). Rosane não é contra o uso de filtro solar, mas recomenda uma exposição direta de 10 a 15 minutos ao sol da manhã (menos nocivo do que o do meio-dia). “Uma ideia é deixar para passar o protetor depois de chegar ao trabalho”, afirma.
Não tomar café da manhã
Algumas pessoas acham melhor pular o café da manhã, com as justificativas de não ter tempo, de ficar enjoado ao comer pela manhã ou até mesmo para emagrecer, mas esse hábito é altamente prejudicial para o organismo. “As pessoas ficam dormindo por oito horas e o cérebro precisa de glicose para funcionar. Se não tiver, ele vai consumir massa magra (músculos)”, diz Rosane.
Para quem fica com mal-estar se comer logo ao acordar, a sugestão da especialista é esperar cerca de meia hora para fazer a refeição, após se levantar da cama. Falta de tempo e regime também não são desculpas, já que um pão integral com uma fatia de queijo branco ou um iogurte com duas colheres de aveia são suficientes para alimentar e dar energia ao corpo.
Comprar qualquer pão integral
Se está escrito no rótulo que o pão é integral, então ele, sempre, vai ser bom, certo? Errado. De acordo com a nutricionista, há marcas de pão integral que usam grande quantidade de farinha branca na receita do integral e, por isso, não dão saciedade nem fornecem a quantidade de fibras oferecidas por outros produtos deste tipo.
Por isso, ela afirma que, na hora de comprar, é importante ver se o pacote traz fatias mais massudas, que são pesadas e em menor quantidade e tamanho. Se tiver este aspecto, as chances de o produto ser efetivamente integral são bem maiores.
Comer muita proteína
Diversas dietas para emagrecer usam o fundamento de que a ingestão de proteína e a redução dos carboidratos são as chaves para perder peso. No entanto, Rosane França diz que o excesso desse nutriente não é benéfico e pode causar problemas de saúde. “Tudo é questão de equilíbrio. A ideia de que a pessoa emagrece com a dieta da proteína é falsa, porque, na verdade, ela perde água e há uma desidratação”, afirma.
Além de não representar efeitos no longo prazo, pois, ao consumir pouco carboidrato, o corpo passa a gastar massa magra e não gordura, exagerar nos alimentos como carnes e ovos pode sobrecarregar os rins. Como se não bastasse, um estudo recente associou o excesso de proteína ao câncer em pessoas de 50 a 65 anos de idade.
Tomar suplementos vitamínicos
Para quem não tem problemas de saúde que exigem esse tipo de recurso, não é necessário tomar vitaminas e suplementos alimentares. A nutricionista afirma que, com o excesso de consumo de suplementos, boa parte daquilo que o corpo não precisa é descartada, mas, antes, tudo passa pelo fígado, para ser “selecionado”. Isso pode causar a sobrecarga do órgão, que passa a trabalhar bem mais do que o necessário.
De acordo com Rosane, grande parte do que sobra é eliminada, mas aquilo que fica armazenado ainda pode causar problemas de saúde, como a chamada vitaminose. “Com uma alimentação regrada e equilibrada, com verduras e legumes, já resolve o problema”, diz. 

* Matéria atualizada às 17h02 de 14 de março, para inclusão de resposta da Abiad sobre os possíveis malefícios do aspartame.

Vilas Comunitárias chegam ao Brasil

ESTILO DE VIDA

Cohousings: vilas comunitárias chegam ao Brasil

Criadas na Dinamarca, as cohousings espalham-se pelo mundo e chegam ao Brasil, pregando um morar leve no planeta e que descomplica a rotina das famílias


Giuliana Capello
Casa.com - 26/09/2013

Divulgação


É quase um condomínio, no qual cada família tem seu espaço privativo. A diferença está na possibilidade de reduzir o tamanho das casas ou dos apartamentos em troca de ambientes usados por todos. Um exemplo é a lavanderia comunitária, em que três ou quatro máquinas de lavar resolvem a demanda de dez ou mais grupos.

Nas cohousings - que surgiram na Dinamarca nos anos 70 e hoje são comuns principalmente na Europa, nos Estados Unidos e no Canadá -, é assim também com a biblioteca, a horta, a oficina, a brinquedoteca, o refeitório, a sala de TV e, em alguns casos, até os carros. "Compartilhar diminui o consumo e o impacto ambiental, além de facilitar o dia a dia dos moradores, que ganham qualidade de vida, com menos necessidade de trabalho e dinheiro", afirma o arquiteto Rodrigo Munhoz, do escritório Guaxo Projetos Sustentáveis, de Piracicaba, SP.

"Desse modo, as pessoas se sentem mais seguras, num clima de vida no interior, embora tenham acesso a tudo o que a cidade grande oferece", completa Munhoz, que está formando um grupo para criar em sua cidade a primeira cohousing brasileira, com habitações sustentáveis, princípios de boa vizinhança e cotidiano menos dispendioso.

SELO VERDE
Abandonado, o projeto Eastern Village Cohousing, da Eco Housing Corporation, em Silver Spring, nos Estados Unidos, renasceu em 2004 com 54 apartamentos. Recebeu o selo do Conselho de Green Building pela boa performance ambiental, que inclui telhado verde, pátio interno com jardins no lugar do antigo estacionamento e soluções de reúso da água da chuva. Ah, as unidades são aquecidas com energia geotérmica. 

CENTRO DE EDUCAÇÃO
Na zona rural de Gillingham, na Inglaterra, o The Threshold Centre organiza cursos para disseminar seu modo de vida partilhado, com alternativas que suavizam os danos aomeio ambiente das 14 residências e dos espaços comuns. Há placas fotovoltaicas, sistema de reaproveitamento de água da chuva para abastecer a lavanderia comunitária e hortas orgânicas. Na vila, inclusive bicicletas e carros são divididos.

VERSÃO COMPACTA
Dezenove apartamentos, um salão de encontros e uma área comercial se distribuem em apenas mil m². É assim que os moradores da Quayside Village, em Vancouver, no Canadá, desfrutam das trocas e facilidades de morar numa comunidade sem perder o que a metrópole tem de melhor. E de uma forma sustentável: reutilizando os materiais das construções originais do terreno e reciclando a água da chuva
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O BRASIL deve ser o país mais lento no quesito construção de Ferrovias

De todos países o BRASIL deve ser o mais lento no quesito construção e sem dizer no superfaturamento.
Como podem atrasar tanto uma obra. Só a FERROVIA NORTE-SUL já são 25 anos.
Trecho cearense de ferrovia de R$ 7,5 bilhões tem só 4% de obra concluída
Publicado: sábado, 15 de março de 2014
Transnordestina foi prometida para 2010, mas a nova previsão é para 2016.Construção do trecho entre Missão Velha e Pecém está parada há 4 meses.
O trecho cearense da ferrovia Transnordestina, de 527 km entre a cidade de Missão Velha e o Porto do Pecém, na Grande Fortaleza, só tem 4% das obras concluídas, segundo o Ministério dos Transportes, e deveria ter sido entregue em 2010. Ainda de acordo com o ministério, a nova previsão de entrega do trecho é setembro de 2016.
As obras de artes especiais (OEAs) – que incluem pontes, túneis e escavações – estão ainda mais atrasadas, com 3% de execução. O G1 visitou o ponto onde terminam os 4 km de trilhos instalados a partir de Missão Velha e encontrou a obra parada. Não há máquinas ligadas ou homens trabalhando. Materiais como trilhos, dormentes e tubulações estão abandonados perto do fim da linha. A passagem feita para ligar a zona rural à cidade durante a execução dos serviços da ferrovia está destruída, deixando moradores sem acesso. Equipamentos da prefeitura tentam consertar o caminho danificado.
A Transnordestina começou a ser construída em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao fim do mandato. Segundo o governo federal, o projeto prevê 2.304 km de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco – com a melhoria do escoamento de grãos, minérios e outros produtos. A obra no trecho cearense só começou em 2010, quando toda a ferrovia deveria estar acabada.
O orçamento total para a construção nos três estados, que era de R$ 4,5 bilhões em 2007, saltou para R$ 7,5 bilhões em 2013. Até janeiro, segundo o Ministério dos Transportes, já haviam sido liberados R$ 4,7 bilhões para o empreendimento. A ferrovia é financiada 100% com verbas públicas. As obras entre Missão Velha-Pecém custariam inicialmente R$ 1,6 bilhão, mas a previsão atual é que sejam investidos R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 145 milhões já foram consumidos.
O Ministério do Transportes não detalhou o que já foi feito no trecho cearense com o dinheiro. Já o Tribunal de Contas da União (TCU) disse que não encontrou irregularidades na obra.
O trecho de ferrovia que liga Missão Velha até Salgueiro (PE), também parte da Transnordestina, foi concluído em fevereiro de 2013. São 96 km de trilhos, 50 deles no Ceará (veja no mapa acima). Em janeiro, o G1 mostrou que as obras da ferrovia Transnordestina no sertão do Piauí, que já consumiram R$ 1,075 bilhão e deveriam ter sido entregues em 2010, estão paralisadas e abandonadas desde setembro de 2013.
Segundo o Ministério dos Transportes, a construção do trecho entre Missão Velha e Pecém parou em outubro de 2013, depois que a construtora Odebrecht rompeu contrato com a concessionária Transnordestina Logística S.A., responsável pela ferrovia. Procurada diversas vezes pelo G1 por telefone e e-mail para falar sobre o rompimento, a Odebrecht afirmou que não responde mais pelo empreendimento e disse que não irá se pronunciar.
Em 2011 e 2012, os trabalhadores da obra reivindicaram aumento para dar continuidade aos trabalhos. De acordo com o Ministério dos Transportes, a construtora alegou não poder arcar com a elevação dos salários e rescindiu unilateralmente o contrato. O ministério disse que a concessionária " está em fase final de contratação de empreiteiras para a execução do trecho" e que o trabalho "está em ritmo adequado até sua conclusão em setembro de 2016".
A parte da ferrovia que sai de Missão Velha em direção ao litoral já construída acaba na chamada Ponte 1, "que liga o nada a lugar nenhum", como afirmou o líder comunitário Francisco Ferreira. A ponte não está ligada a nenhum dos lados sobre o Rio Salgado.
Abaixo dela, a passagem provisória sobre o rio foi destruída pelas chuvas e impede o fluxo de veículos a dois distritos – Morro Dourado e Papada da Areia – deixando os moradores isolados. A Odebrecht construiu a passagem - como dito acima, a empresa disse que não irá se pronunciar.
"A empresa deixou o local e agora nós estamos tentando acelerar essa reforma junto com a prefeitura. Se demorar muito e começar o período de aulas, os alunos vão ficar sem ter como ir às escolas", disse Francisco Ferreira, que está impossibilitado de chegar à zona rural de Missão Velha por carro.
Sem a presença de uma empresa responsável pela obra, o reparo da passagem destruída está sendo realizado pela Prefeitura de Missão Velha, com máquinas doadas pelo Governo Federal.
A prefeitura diz que espera ter crescimento do fluxo de veículos após a conclusão da ferrovia Transnordestina. "Vamos fazer o melhoramento das estrada vicinais. Temos que melhorar o acesso para que as pessoas possam vir em uma estrada menos problemática. E a Transnordestina deve aumentar o fluxo de veículos nas nossas estradas", disse o subsecretário de Infraestrutura de Missão Velha, Cláudio Lacerda.
Ferrovia antiga desativada
Os antigos trilhos que cruzavam a cidade de Missão Velha foram desativados por causa das intervenções no local necessárias para a obra. Os trilhos são um prolongamento da linha ferroviária Sul do Ceará. Foram usados no transporte de passageiros até os anos 1980 e, mais recentemente, eram usados para levar carga de combustível. Com o atraso, a região tem agora uma ferrovia desativada e outra inacabada, sem opção para escoar os produtos por via férrea.
Os comerciantes da cidade, que tiveram aumento nas vendas enquanto havia trabalhadores na obra, cobram o retorno das atividades e torcem por um novo crescimento. A Prefeitura de
Missão Velha estima que o comércio local cresceu 10% durante o período em que a ferrovia estava sendo construída, com a presença de cerca de 400 funcionários.
"De início, houve mudanças porque se instalaram novas pessoas na cidade, mas não foi um grande impacto. Esperamos que, com as novas contratações, venham mais clientes", disse a gerente de loja de eletrodomésticos Cláudia Amorim.
Casas danificadas
Da última vez em que operários trabalharam na área, há cerca de quatro meses, foram feitas implosões de terrenos para nivelar o solo com a Ponte 1. Moradores tiveram de ser retirados das casas até a conclusão das implosões e, quando voltaram, encontraram problemas. Maria das Dores, por exemplo, disse que percebeu danos em sua residência por conta da força dos explosivos.
"Eles foram muito educados, nos trataram muito bem quando pediram para nós sairmos de casa, porque foi tudo explodido aqui por perto. Mas, quando voltamos, minhas paredes estavam rachadas, meu telhado foi danificado. E agora não tem ninguém aqui para gente cobrar o reparo", afirmou.
Sem ter a quem recorrer, Maria das Dores conta que fez a reforma da casa com dinheiro do próprio bolso. Procurada pelo G1 para falar desse aspecto da obra, a construtora Odebrecht disse que não iria se pronunciar sobre o assunto.
As desapropriações para a construção da ferrovia no Ceará foram realizadas pelo governo do Estado, com a maior parte dos valores repassado pelo governo federal. O custo foi de R$ 14.833.383,93, dos quais R$ 13.350.048,24 foram liberados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e R$ 1.483.338,68 pela contrapartida do governo do Estado.
De acordo com proprietários de terras ouvidos pelo G1, o acordo foi feito de forma "tranquila" e "com preço justo". "Toda terra desapropriada aqui [em Missão Velha] fica em área rural, então ficou mais tranquilo, porque tem muita terra no interior do Ceará que ainda é improdutiva", disse o agricultor Augusto Rodrigo.
Fonte: g1.globo.com/Marataízes
Noticia do S.T.E.F.Z.S.

Cinco ideias para deixar sua casa mais sustentável




13/03/2014


Capturar
1. Os cinco Rs do lixo
Os impactos do lixo provêm da contaminação do ambiente pela disposição inadequada e pela cultura do desperdício e do descartável. Hoje, somente 14% dos municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva, enquanto cerca de 20% do lixo do país ainda é jogado em rios e várzeas! A maioria dos materiais do dia-a-dia de uma casa é reciclável (papel, metal, vidro, plástico, restos orgânicos), podendo ser separados e entregues em postos de coleta.
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2. Pratique os cinco Rs para ser mais sustentável
  • Repensar hábitos e atitudes;
  • Reduzir o consumo e o desperdício;
  • Reutilizar para aumentar a vida útil do produto;
  • Reciclar e transformar em algo novo;
  • Recusar produtos que agridam a saúde e o ambiente.
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3. Economize energia 
Todas as principais fontes de energia atuais causam impacto ao ambiente, além de estarem se esgotando: hidrelétricas, petróleo, nuclear, carvão, gás natural, termoelétricas. Reflita sobre seu consumo anual, eliminando gastos e uso desnecessário de eletrodomésticos. Os itens que mais consomem energia em casa são o chuveiro elétrico e a secadora de roupas.
Dicas:
  • Instale a geladeira em local ventilado e não deixe a porta aberta;
  • ilumine a casa sem desperdício (uma lâmpada fluorescente de 20W ilumina mais do que uma incandescente de 60W, podendo durar dez vezes mais);
  • economize ao lavar e passar roupa;
  • não demore muito tempo com o chuveiro aberto;
  • evite aparelhos elétricos no horário de pico;
  • e prefira equipamentos com selos de baixo consumo de energia.capturar3
4. Deixe sua casa mais verde 
São várias as matérias-primas ecologicamente corretas que podem ser utilizadas numa casa para deixá-la mais sustentável: madeiras de reflorestamento e telhas cerâmicas reaproveitadas; condicionantes ambientais que melhoram a ventilação; placas solares de obtenção de energia; equipamentos de reuso da água. Para dar um passo adiante na sustentabilidade, pesquise em sites como o www.akatu.org.br ewww.ecovillage.org.
Capturar25. Cuide da águaAmeaçada pela redução das reservas naturais, pela poluição (lixões, despejos industriais e domésticos) ou pelo desperdício, a água é um recurso finito cujo consumo mundial duplica a cada 25 anos. O volume diário de água usado por um habitante da região Sudeste do Brasil pode chegar a 360 litros. Boa parte disso é gasto em casa, e cerca de 80% do uso ocorre no banheiro (pia, chuveiro ou vaso sanitário). Gastamos também no consumo indireto, aquele embutido nos alimentos provenientes de irrigação e na fabricação de bebidas, por exemplo.
Dicas:
  • Só o ato de fechar a torneira enquanto se escova os dentes poupa até 25 litros de água!
  • Elimine também os vazamentos.
  • Não deixe torneira pingando;
  • Use a vassoura para varrer a calçada e não a mangueira;
  • Use uma bacia ou o tanque fechado para lavar a louça;
  • Reduza o tempo de banho.

Obras de mobilidade urbana para Copa são canceladas e legado vira lenda

Por Thaís Teisen – Redação CicloVivo
11 de Março de 2014 • Atualizado às 11h25

Melhorias na mobilidade urbana era uma promessa pré-Copa que não foi cumprida.
Foi em 2007 que a Fifa definiu o Brasil como país sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Hoje, sete anos depois e à beira do evento, o que se vê pelo país são protestos, obras atrasadas, superfaturamento e um legado prometido que não saiu do papel.
Quando uma nação se compromete com grandes eventos esportivos, como a Copa ou Olimpíada, existem diversos fatores econômicos envolvidos nisso. São necessárias mudanças estruturais e uma das principais justificativas para a candidatura é a possibilidade de movimentar consideravelmente a economia e trazer melhorias diretas à população. Na teoria isso funciona bem, no entanto, nem sempre a prática corresponde ao esperado.
Um dos pontos mais destacados pelo Brasil após ser escolhido como país-sede foi o legado que o evento poderia deixar, principalmente em termos de transporte público, criação de empregos e melhorias nos aeroportos. Os projetos foram muitos, mas as obras não condizem com o esperado. Rodrigo Prada é jornalista e diretor do Portal 2014, um espaço utilizado para mostrar a realidade na preparação para a Copa. Na última semana ele comparou o último mundial de futebol sediado na África do Sul ao brasileiro. Em quatro de maio o Brasil estava a cem dias da Copa, e segundo Prada, “sem legado”. Os “elefantes brancos” vistos no continente africano também podem dar as caras no Brasil.
Um trem bala que ligaria a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro era um dos projetos mais comentados no início da preparação. A estrutura poderia substituir boa parte dos voos diários que ligam as cidades. Mas, antes mesmo de ter início, o projeto foi cancelado.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com congestionamentos e superlotação em sistemas de transporte público. Mesmo sendo uma das principais cidades-sede, a capital paulista recebeu poucas mudanças estruturais consequentes da Copa. A metrópole possui uma média de seis milhões de carros e quase quinze mil coletivos rodando diariamente por seus 17 mil quilômetros de vias. Isso faz com que os paulistanos gastem até três horas em seus deslocamentos diários. As obras de mobilidade urbana feitas para a Copa se concentram nos bairros ao entorno do Estádio Itaquerão, já que o sistema de monotrilho que ligaria o aeroporto de Congonhas ao bairro do Morumbi foi cancelado do projeto, apenas um trecho de sete quilômetros será inaugurado e o restante está previsto para 2016.
Imagem: Portal 2014
Brasília também teve o seu principal projeto vetado e deverá sair do papel após o mundial. Um VLT melhoraria o transporte coletivo da capital brasileira. Ao invés disso, a única obra decorrente da Copa será a ampliação de uma das estradas locais.
Imagem: Portal 2014
No Rio de Janeiro o BRT Transcarioca, que liga o aeroporto à Barra, é a obra mais importante. Apesar de não estar concluído, ele continua no projeto e deve ser entregue a tempo para o evento esportivo. Fortaleza está na mesma situação com o BRT quase finalizado. Mesmo com outras seis obras em andamento e nada concluído, a cidade nordestina tem a segunda melhor avaliação, pelo Portal 2014.
Imagem: Portal 2014
O melhor resultado fica por conta de Belo Horizonte. A capital mineira deve ser a única cidade a ter realmente um legado pós-Copa em termos de transporte público e mobilidade urbana. São três projetos de BRT, expansão de vias, criação de novos corredores e, mesmo com atrasos, as autoridades garantem que eles serão entregues até junho deste ano. Porto Alegre também deve ter novos corredores, vias de acesso e BRT, mas ainda não existe confirmação concreta de que todas as obras fiquem prontas antes de junho.
Imagem: Portal 2014
Na outra ponta, com o pior resultado vem Manaus. Além de ser uma das cidades mais questionadas, por não apresentar grandes propostas para o uso posterior do estádio construído, as melhorias também não animam. O único grande projeto era um BRT e monotrilho que ligaria pontos importantes da cidade, mas ele foi cancelado após problemas com liberações da obra.
Em Cuiabá, atrasos na obra de construção de um sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) farão com que a conclusão seja depois da Copa. Recife deve contar com dois novos BRT e algumas estações de metrô, enquanto Natal não possui projetos em relação ao transporte público.
Imagem: Portal 2014