sábado, 14 de agosto de 2010

Mudanças climáticas agravam seca no Nordeste e criam quatro desertos na região

05/08/2010 - 13h01
Carlos Madeiro
Especial para o UOL Notícias
Em Maceió


Marcado nos últimos meses por temporais, enchentes e tremores de terra, o Nordeste sofre com um mal silencioso que pode causar prejuízos ainda mais sérios à população que mora no semiárido: a desertificação. O processo atinge oito dos nove Estados da região, além do norte de Minas Gerais.


Mapa mostra áreas de desertificação na região Nordeste em 1982 (primeira imagem) e em 2010. As áreas roxas são as mais afetadas pelo processo.

Quatro já são chamadas de "núcleos de desertificação": nos municípios de Gilbués (PI), Irauçuba (CE) e Cabrobó (PE), além da região de Seridó (RN)

Segundo estudos, o clima no semiárido está cada vez mais seco, a temperatura máxima da região tem apresentado aumento significativo e as áreas sofrem com chuvas mais intensas, mas com intervalos maiores que a média histórica. Com as mudanças climáticas, quatro áreas desertificadas já foram identificadas por análises recentes.

Segundo relatório do Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos na América do Sul, realizado por um instituto ligado a OEA (Organização dos Estados Americanos), a área afetada de forma “muito grave” no Brasil chega a atingir 98.595 km², ou 10% do semiárido brasileiro. Desse total, quatro são os chamados "núcleos de desertificação", que estão nos municípios de Gilbués (PI), Irauçuba (CE) e Cabrobó (PE), além da região de Seridó (RN), totalizando uma área de 18.743,5 km² (equivalente a 2.082 campos de futebol).

“Essa áreas já podem ser consideradas desertos e pior: estão se expandindo. Isso choca, mas é real”, afirmou o meteorologista Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites, localizado na Universidade Federal de Alagoas.

De acordo com o PAN (Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, ligado Ministério do Meio Ambiente), 1.482 municípios estão em área suscetível à desertificação em nove Estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais). Essa área responde por 15,7% do território brasileiro, onde moram 31,6 milhões de pessoas.

Para o PAN, entre as principais causas do avanço da desertificação no país estão o extrativismo, o desmatamento desordenado, as queimadas e uso intensivo do solo na agricultura.

“Para diminuir o avanço da desertificação são necessários medidas como conservação do solo, da água e das florestas, ações para evitar desmatamentos, queimadas, uso de agrotóxicos, e sensibilização da população, principalmente das comunidades rurais”, afirmou Humberto Barbosa.

Segundo ele, há métodos para reduzir o avanço da desertificação no semiárido. “O caminho a percorrer é longo. A lógica é defender a prevenção, e aspectos como democratização da informação, formação voltada a uma melhor compreensão sobre as terras secas, participação qualificada, além de fortalecimento institucional e das instâncias de participação”, analisou o meteorologista.

Aumento de temperatura
Se as imagens de satélite apontam para um intenso processo de desertificação, outros estudos em solo também mostram que as mudanças climáticas no semiárido brasileiro estão em curso. Um estudo realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em parceria com o Laboratório de Meteorologia de Pernambuco, aponta que as temperaturas médias das cidades fora do litoral estão aumentando de forma rápida.

Em 40 anos, por exemplo, cidades como Vitória de Santo Antão, na zona da mata pernambucana, registrou um aumento de 3,5°C (31,5ºC para 35ºC) na temperatura máxima diária. Enquanto isso, o estudo aponta que aumento médio da temperatura mundial, no mesmo período, foi de 0,4°C.

“Os dados mostram que a tendência de aumento das temperaturas máximas está presente nas séries históricas de todos os postos estudados. Amparados por outros aspectos relativos ao solo e vegetação, não estudados, tais constatações poderiam indicar que a região estivesse sofrendo um processo de desertificação. Mas esta afirmativa no momento ainda seria precipitada com base somente nos dados e métodos utilizados”, afirmou pesquisador do Inpe Paulo Nobre.

Além do aumento da temperatura, Nobre explica que as pesquisas apontam que as chuvas na região estão ficando mais intensas, porém, com períodos de estiagens mais longos, e o ar está cada vez mais seco.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ferrovia Centro-Atlântica será reaberta em Angra

12/08/2010 - Diário do Vale


A secretaria de Atividades Econômicas de Angra dos Reis vai reativar a ferrovia Centro-Atlântica - que liga a região Costa Verde a vários municípios do Rio de Janeiro. Desde o início do ano, a ferrovia estava com o tráfego interrompido devido os estragos causados pelas fortes chuvas. Com a possibilidade da reabertura da Centro-Atlântica, os trechos interditados estão sendo revitalizados pela secretaria de Obras do município.

- Os trechos prejudicados já estão recebendo a limpeza e a manutenção da prefeitura de Angra. Assim que os pontos forem revitalizados, a estrada será reaberta - afirmou o secretário de Atividades Econômicas de Angra, Alexandre Tabet. A previsão da prefeitura é de que a ferrovia seja reaberta no dia 1º de setembro, e logo após sejam retomadas as atividades de transporte ferroviário.

- Nossa expectativa é de que na segunda quinzena de setembro já haja movimentação de carga - afirmou o gerente de Relações Portuárias da secretaria, Aurélio de Moura.Com o objetivo de planejar os reparos na via férrea, as equipes da secretaria de Atividades Econômicas e da concessionária responsável pela ferrovia Centro-Atlântica promovem reuniões quinzenais desde o início do ano, com representantes dos sindicatos da orla portuária. Durante a realização desses encontros, foi definido os locais que mais necessitavam de revitalização, como o trecho entre Rio Claro e Lídice que está totalmente recuperado.

- Conforme íamos conversando, íamos melhorando os trechos que foram interrompidos por causa dos estragos das chuvas. A ferrovia transportava, basicamente, cimento, mas agora a ideia é realizar o transporte de qualquer tipo de carga. Por isso, no dia 17 de setembro, em Angra, haverá outra reunião para rever as condições de retorno dos clientes tradicionais e de outros para o Porto de Angra dos Reis - afirmou o coordenador de Relações Institucionais da concessionária, José Cruz.

Caminhos da Serra

11/08/2010 - Blog Transporte Ativo


Para ter sucesso, quem luta em favor das bicicletas precisa aproveitar as oportunidades e agir quando for preciso, sem esperar que alguém faça por nós.

Saber aproveitar as oportunidades requer estar aberto e antenado, sem nunca fechar canais de comunicação. Também é preciso saber dizer não quando preciso, para ter foco. Uma boa dose de conhecimento técnico ajuda muito. Agir, colocar a mão na massa, exige comprometimento, e a clara visão de que o futuro se constrói hoje. Estar pronto para enfrentar o que vem após a curva.

Um excelente exemplo disto é o movimento para implantação da Trilha Verde da Maria Fumaça, na região central de Minas Gerais, entre Diamantina e Monjolos. O objetivo é possibilitar o deslocamento de caminhantes e ciclistas pelo antigo ramal ferroviário da região, criado em 1909. Que foi totalmente desativado em 1973, dentro da política rodoviarista da época.

Durante cerca de 30 anos a “linha do trem” ficou abandonada. Apesar de estar sob responsabilidade do DNIT e as construções sob responsabilidade do IPHAN, passou a ser aos poucos vendida, alugada, roubada e ocupada ilegalmente. Recentemente, o trajeto começou a ser usado em atividades de lazer e estudo por ciclistas, caminhantes, cavaleiros, professores, estudantes e um novo olhar passou a conviver com as belezas e problemas do caminho.

Em 2000 uma expedição encabeçada pela ONG Caminhos da Serra percorreu a pé todo o trecho de Diamantina a Corinto. Desde então, vem sendo discutida a proposta de se criar a Rota de Ecoturismo da Trilha Verde da Maria Fumaça, com cerca de 100km de extensão.

Por ser um percurso criado para o tráfego ferroviário, a Trilha Verde da Maria Fumaça não possui ladeiras acentuadas ou curvas fechadas, apesar do trajeto serpentear por entre escarpas da Serra do Espinhaço e haver um desnível de mais de 800m.

A Serra do Espinhaço possui como características marcantes os afloramentos de rochas quartzíticas entremeados por campos e pequenas faixas de matas, e recebeu da Unesco o título de Reserva da Biosfera. Além de passar por 7 localidades, ao longo da Trilha da Maria Fumaça existe um grande número de atrativos naturais.

O destaque fica para os vilarejos de Barão de Guaicuí, com a Cachoeira do Barão, e as formações e sítios arqueológicos da Serra do Pasmar; e o vilarejo de Conselheiro Mata, com mais de 10 cachoeiras no seu entorno.

A Trilha foi subdividida em seis trechos, conforme as localidades existentes ao longo do trajeto, com distâncias propícias para viagens a pé ou de bicicleta.

Trecho 1: Diamantina a Bandeirinha – 16,6 km

Trecho 2: Bandeirinha a Barão de Guaicuí – 10,5 km

Trecho 3: Barão de Guaicuí a Mendes – 17,6 km

Trecho 4: Mendes a Conselheiro Mata – 24,4 km

Trecho 5: Conselheiro Mata a Rodeador – 16,5 km

Trecho 6: Rodeador a Monjolos – 14,4 km

Em 2009 foi criado o Grupo Gestor da Trilha Verde da Maria Fumaça, que já se reuniu com prefeitos, DNIT, IPHAN, Procuradoria do Estado de Minas, entre dezenas de outras ações. Há poucos dias, foi concluído um relatório de identificação e diagnóstico para indução e apoio de fluxo turístico, dentro do Programa de Estruturação do Circuito dos Diamantes (estância de governança regional do turismo).

O relatório apresentado identifica os principais problemas da trilha e apresenta as soluções necessárias. Foi elaborado pelos turismólogos Felipe Marcelo Fernandes Ribeiro e Maria Luar Mendes de Souza, sob a Coordenação Técnica de Hugo Araújo.

A Transporte Ativo parabeniza todas as pessoas envolvidas e apóia a excelente iniciativa.

*Denir Mendes Miranda é representante da Associação Transporte Ativo no Distrito Federal.

Setor de consumo completa nove meses na liderança das recomendações de analistas

Por: Anderson Figo
10/08/10 - 20h25
InfoMoney

SÃO PAULO - O setor de consumo e varejo voltou a ser apontado como o favorito dos analistas nas carteiras do mês de agosto. Porém, as recomendações para este mês somaram um número menor do que o recorde de 54 obtidas em junho, ficando em 49 - acima, no entanto, das 43 auferidas no mês passado.
O segundo lugar, o setor financeiro, aparece logo atrás, com 34 recomendações. Já o setor de energia e saneamento ficou em terceiro lugar, com 31. As três primeiras posições no ranking de setores mais recomendados elaborado pela InfoMoney foram mantidas em agosto em relação a julho.
As 29 carteiras consideradas este mês, que incluíram bancos e corretoras, foram: Bank of America Merrill Lynch, BB Investimentos, Souza Barros, Citi Corretora, HSBC, Brascan, Link Investimentos, XP Investimentos, Socopa, Planner, Omar Camargo (2 carteiras), Ágora (3 carteiras), Amaril Franklin, Win, Geração Futuro, Spinelli, Banif, PAX, Itaú Corretora, TOV, SLW (3 carteiras), Coinvalores, Fator e Banco Safra.
Dentre as carteiras publicadas pela InfoMoney no mês, nesta amostragem só não foram consideradas aquelas direcionadas às ações com perspectivas de ganho com a distribuição de proventos. Ao todo, foram coletadas 275 recomendações entre todos os portfólios compilados para agosto.
Consumo: 9 meses na liderança
O setor de consumo completou nove meses na liderança das carteiras recomendadas, impulsionado pelas perspectivas otimistas para a economia brasileira. O Inec (Índice Nacional de Expectativa do Consumidor) apontou o otimismo do consumidor, com a confiança subindo 1,8% em julho, para 116,8 pontos.
Para a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o resultado mostrou que a confiança do consumidor permanece em patamar elevado, sendo que, em julho, o índice registrou o segundo maior patamar da série histórica, iniciada em 2001. O recorde é do índice de dezembro de 2009, de 117,2 pontos.
Setores Recomendações
Consumo e Varejo 49
Financeiro 34
Energia e Saneamento 31
Imobiliário e Construção 23
Mineração 23
Petróleo e Gás 22
Siderúrgico 22
Transporte 21
Industrial 17
Telecomunicações 17
Petroquímico 7
Papel e Celulose 6
Tecnologia e Internet 3

Também no setor, o varejo de shopping apresentou estabilidade no fluxo de consumidores no mês de junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice foi de 104 pontos, valor próximo ao indicador apontado em 2009, de 103 pontos.
No confronto com o mês de maio, houve queda de 8%. “Esta desaceleração é normal neste período do ano, levando-se em consideração o Dia das Mães, que é a segunda data mais importante no comércio”, afirmou o diretor de Geonegócios do Ibope Inteligência, Antônio Carlos Ruótolo.
Os dados são do indicador da atividade comercial de shopping, denominado MercadoFlux, que é medido pelo Ibope Inteligência e revela o desempenho, o aquecimento e a movimentação do setor.
O resultado é calculado com base na análise cruzada de múltiplas variáveis, como fluxo de consumidores, potencial de consumo qualificado para produtos comercializados em shopping, demografia da região e características estruturais de cada local. Ele pode ser utilizado por lojistas para que analisem o desempenho do setor no que se refere a vendas, faturamento e fluxo de clientes no período em questão.
As boas perspectivas também refletem a notícia de que os bancos esperam uma evolução do crédito à pessoa física de 20,6% para este ano, ante uma alta de 19,2% no ano passado, segundo a pesquisa de Projeções e Expectativas de Mercado, divulgada recentemente pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Em relação às pessoas jurídicas, a alta esperada para este ano é de 19,4%, enquanto no ano passado o crédito para as empresas sofreu um aumento de apenas 1,6%. “Em crédito livre, no segmento de pessoas físicas, verificamos uma certa acomodação, mas não em um patamar baixo. Na outra ponta, há uma recuperação importante em pessoa jurídica, que nos balanços dos bancos apareceu também”, disse o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.
Cabe mencionar que a expectativa de forte crescimento para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro neste ano também funciona como um vetor para as estimativas de maior consumo interno. Segundo a última versão do Relatório Focus, do Banco Central, o mercado espera por um crescimento de 7,2% da economia brasileira em 2010. Para 2011, é projetado um PIB 4,5% maior em relação a este ano.
Setor financeiro
Em segundo lugar, aparece o setor financeiro, guiado pelas boas perspectivas em relação à economia brasileira, que devem impactar os resultados dos bancos nos próximos trimestres. Entre as 13 ações do setor financeiro recomendadas nas 29 carteiras compiladas no mês, o Itaú Unibanco (ITUB4) foi o papel mais citado, com oito votos.
Embora o resultado trimestral do Itaú Unibanco tenha vindo bem próximo das projeções do mercado, os analistas deram bastante ênfase ao desempenho do banco no segmento de crédito, destacando pontos negativos - aumento nas operações abaixo do restante do setor - e positivos - melhora na qualidade da carteira e nos níveis de inadimplência -, o que contribuiu para que recomendações favoráveis às ações fossem mantidas.
A carteira de crédito total (incluindo operações de avais e fianças) chegou a R$ 296,2 bilhões, avanço de 11,4% frente ao montante registrado no mesmo período de 2009. Apesar dessa evolução, a analista da Link Investimentos, Mariana Taddeo, destacou que o crescimento ficou abaixo da alta de 19,8% verificada pelo SFN (Sistema Financeiro Nacional) e de seu concorrente Bradesco (BBDC4), que relatou evolução de 16,3%, sinalizando que a "empresa continua perdendo market share".
Contudo, Mariana ressaltou que, mesmo com o aumento na carteira de crédito do banco, os indicadores de inadimplência relataram melhorias, com o saldo de PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) recuando 1,2% e o nível de provisão em relação ao total da carteira de crédito recuando de 8,6% para 7,7% na passagem anual.
Além desses fatores, a analista da Ativa Corretora Laura Lyra Schuch também frisou a rentabilidade do Itaú Unibanco, que permaneceu próxima de 24% no segundo trimestre, "patamar este que se encontra significativamente acima dos seus principais concorrentes que já divulgaram seus números, como o Santander (SANB11) e o Bradesco, que apresentaram ROAE (Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado) recorrentes no 2T10 de 18% e 22%, respectivamente".
Energia e saneamento
Completando o pódio, o movimentado noticiário das empresas do setor de energia e saneamento foi o principal vetor para as recomendações de agosto. A carga de energia elétrica no Brasil aumentou 8,8% em julho, frente ao mesmo mês do ano passado, segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). A análise leva em consideração tanto o consumo quanto as perdas de energia. Na comparação com junho deste ano, a variação foi positiva em 1,1%.
De acordo com os dados preliminares para o sétimo mês do ano, o sistema operou com 55.307 MW médios (em junho foram 54.963 MW). Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, foi registrado aumento de 7,3%, em relação ao período anterior.
Já o consumo de energia nas residências brasileiras em junho deste ano foi 9,5% maior do que no mesmo mês em 2009, atingindo 8,6 mil GWh (gigawatts-hora). Os dados, divulgados pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) no final do mês passado, mostram crescimento acumulado de 8,1% no consumo residencial nos seis primeiros meses de 2010, totalizando 53.831 GWh.
Somando-se o consumo residencial ao industrial e comercial, foram consumidos em junho 34.570 GWh, um acréscimo de 11,1% frente ao mesmo período do ano passado. A indústria liderou a expansão, crescendo 15,1% no mês.
Também pesou positivamente na visão dos analistas sobre o setor a notícia de que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou os editais dos leilões 05/2010 (Energia de Reserva) e 07/2010 (A-3), que serão realizados nos dias 25 e 26 de agosto. Os editais dos leilões, todos de energia alternativa, estão disponíveis no site da agência.
O primeiro refere-se ao Leilão de Energia de Reserva específico para Pequenas Centrais Hidrelétricas, empreendimentos de geração a partir de fonte eólica, com início de suprimento a partir de 1º de setembro de 2013, e empreendimentos de geração a partir de fonte biomassa, com o início do suprimento nos anos de 2011, 2012 e 2013. O leilão tem 478 usinas cadastradas que totalizam 14.529 megawatts de capacidade.
Para esse leilão, o preço teto inicial para os lances ficou em R$156,00/MWh para empreendimentos com biomassa, R$167,00/MWh para os eólicos e R$ 155/MWh para as Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Ainda no setor, o primeiro carro compacto elétrico nacional deve ser produzido por uma empresa paulista. A MMR Motorsport está desenvolvendo o MMR-1, cujo início da produção está previsto para dezembro deste ano. Por enquanto, o modelo será fabricado sob encomenda com produção inicial de 10 a 20 unidades por mês. Os preços para a versão básica do modelo devem ficar entre R$ 35 mil e R$ 38 mil, de acordo com a assessoria de imprensa da MMR.

Ferrovias devem receber R$ 56 bilhões até 2013

11/08/2010 - DCI


O chefe do Departamento de Análise Econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fernando Pimental Puga, apresentou ontem em Campinas as perspectivas de investimentos no Brasil para o período de 2010 a 2013. A base de dados leva em conta a participação do BNDES no conselho de administração das empresas e também os projetos que são apresentados ao banco para financiamento.

Os setores de infraestrutura, industrial e de edificações devem movimentar no período R$ 1,324 trilhão em investimentos, um crescimento de 9,1% em relação à demanda registrada no período de 2005 a 2008. O setor industrial deve demandar a maior parte dos investimentos previstos da ordem de R$ 549 bilhões, com destaque para petróleo e gás, com R$ 340 bilhões; seguido de mineração, com R$ 52 bilhões; siderurgia (R$ 51 bilhões); química (R$ 34 bilhões); automotivo (R$ 32 bilhões); eletroeletrônico (R$ 21 bilhões) e papel e celulose (R$ 19 bilhões).

O setor de infraestrutura vai movimentar R$ 310 bilhões, com destaque para energia elétrica, com R$ 98 bilhões; seguido de telecomunicações (R$ 67 bilhões); saneamento (R$ 39 bilhões); ferrovias (R$ 56 bilhões); rodovias (R$36 bilhões) e portos (R$ 15 bilhões).

Fernando Puga destacou que no setor ferroviário, a maior demanda ocorrerá em função da implantação do trem de alta velocidade (TAV), que ligará São Paulo ao Rio de Janeiro, da ordem de R$ 32 bilhões.

O restante dos investimentos previstos para o setor levam em conta o PAC 2, que pretende incrementar a malha ferroviária do País principalmente para o setor de logística para transporte de grãos.

O setor de edificações deve movimentar R$ 465 bilhões. "Um impacto maior deve ocorrer no setor de construção, no qual 25% dos investimentos são construções residenciais. Levando-se em conta o setor como um todo, envolvendo grandes obras, ele representa 45% dos investimentos", diz.

O chefe do Departamento de Análise Econômica do BNDES disse que, quando a taxa de investimento da economia cresce, a demanda por crédito também aumenta, e o destino dos investimentos é cíclico, conforme o cenário econômico. Antes de 2004, a procura maior era por crédito para modernização - compra de máquinas e equipamentos.

Os financiamentos de projetos de longo prazo, novas plantas ou modernização, cresceram a partir de 2005. Para o período 2010-2013, a infraestrutura deve dominar a demanda por conta dos grandes eventos esportivos no País.

MTU mostra novo motor ferroviário no NT 2010

11/08/2010


Nova versão do motor ferroviário da série 4000
A MTU do Brasil – empresa especializada em desenvolvimento, produção e manutenção de sistemas de tração diesel para aplicações ferroviárias – aproveita a Feira Negócios nos Trilhos, que será realizada de 9 a 11 de novembro de 2010, em São Paulo, para mostrar aos brasileiros uma nova versão do motor ferroviário da série 4000, que atende as exigências internacionais sobre emissão de poluentes.
Disponíveis nas versões 8, 12, 16 e 20 cilindros em V, com potências que vão de 850 kW (1.150 HP) à 3000 kW (4.000 HP), os motores MTU série 4000 oferecem como principais vantagens: baixo custo de operação; menor consumo de combustível em toda curva de potência; baixo consumo de lubrificante; fácil acesso a todos os componentes para manutenção; operação irrestrita em cargas baixas e médias; baixa emissão de particulados e reduzidos níveis de vibração e ruído.
De acordo com Caetano de Souza Jr., gerente Comercial, os motores ferroviários MTU equipam locomotivas que operam em vários países atendendo uma grande variedade de aplicações e condições “desde os rigores de operações diárias em climas extremos, a unidades tradicionais e de manobra”.
Segundo Caetano, a série de motores MTU 4000 foi a primeira em sua classe a ser equipada com o sistema common-rail. “As principais vantagens deste avançado sistema de injeção são os valores de consumo otimizado e as baixas emissões de gases de escape”, acentua.
Caetano diz que os motores da série 4000 também se beneficiam da mais recente tecnologia de câmara de combustão e facilmente satisfazem a requisitos legais como a EU 26 / 2004 Stage IIIa. “Assim, com todas as vantagens a seu favor, não é nenhuma surpresa que a série 4000 tornou-se um padrão nas ferrovias Européias”, reforça o executivo.

Serviço:
O quê: Feira e Seminário Negócios nos Trilhos 2010
Data: 09 a 11 de novembro de 2010
Horário do Seminário: 9 horas às 12 horas
Horário da Feira: 14 horas às 20 horas.
Local: Expo Center Norte – Pavilhão Vermelho
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 São Paulo
Mais informações: (11) 3884-0757 / 3884-0580

CSN investirá R$ 1,3 bilhão na Transnordestina

11/08/2010 - EXAME.com
O vice-presidente financeiro da CSN, Paulo Penido Marques, afirmou hoje (11/08) durante a teleconferência de resultados que a companhia investirá cerca de 1,3 bilhão de reais este ano na construção da ferrovia Nova Transnordestina.
O valor equivale a mais de um terço do total que será investido pela companhia este ano, de 3,4 bilhões - o que comprova quanto o projeto é importante para a CSN hoje. De acordo com o executivo, 535 milhões de reais já foram aportados na ferrovia no primeiro semestre. A previsão é de que a obra seja concluída em 2012.
Nosso custo por quilometro é um dos menores do mundo - nosso cuidado com a execução é muito grande, afirmou Marques. Estamos com a toda fixação e trilhos praticamente prontas e, até o final de 2012, devemos operar essa linha nova e, ai sim, começar a obter ganhos com ela.
Avaliada em 4,5 bilhões de reais, a Nova Transnordestina foi idealizada por Benjamin Steinbruch, cujas empresas CSN e Taquari controlam a Cia. Ferroviária do Nordeste. Além das duas empresas privadas, boa parte dos recursos envolvidos no projeto virá do Finor (Fundo de Investimento do Nordeste) e do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste). Esses fundos, administrados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), participam com recursos que serão transformados em participação acionária.
Para a CSN, a importância do projeto está no ganho de logística que a empresa ganhará quando concluído a obra. A ferrovia terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas de carga por ano. No total, terá 1.728 quilômetros de extensão - 955 são compartilhados com a Transnordestina Logística. A malha passará por diversas cidades de Pernambuco e Piauí e facilitará a entrega de materiais nos portes de Suape e Pecém.
Nossa intenção com os investimentos na Transnordestina, além dos portos e participação na MRS, é fazer da CSN uma empresa de mineração autosuficiente em logística, com a integração dos meios que usamos para fazer entregas aos clientes, disse Marques.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Ser líder é transformar pessoas

Uma característica própria de qualquer líder é a competência e a habilidade para administrar recursos, processos e pessoas, por meio de funções com mais autonomia e poder para decisões. O exercício do poder passa a caracterizar-se pela capacidade de ser, agir e pensar no lugar do outro. É a busca da empatia, em que o ser humano passa a ser entendido e aceito em sua totalidade.
O talento e a qualificação tornam-se os principais meios para o desenvolvimento de uma carreira profissional promissora. Para ser capaz de competir nas diferentes situações de mercado, exige-se dos líderes dedicação exclusiva à qualidade, à produtividade e à contínua flexibilidade para o atendimento das necessidades dos clientes, internos e externos.
Numa pesquisa feita pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) foram propostas 11 características para ser um líder e que fossem avaliadas pelos entrevistados em seu grau de importância:
1. exercer controle de resultados;
2. delegar responsabilidades;
3. conduzir planejamento;
4. motivar e inspirar pessoas;
5. criar visão de futuro;
6. alinhar as pessoas;
7. ser catalisador;
8. estimular novas lideranças;
9. ser mentor;
10. buscar relações com stakeholders;
11. ser símbolo unificador.
Enfim, a liderança parece ser responsável pelo sucesso de uma organização nos mais variados aspectos. Uma outra coisa interessante é que as principais pesquisas indicam que o salário deixou há tempos de ser o elemento mais forte para manter um funcionário numa empresa. Mais do que o valor a ser recebido no final do mês, o empregado quer em seu ambiente de trabalho a oportunidade de crescer e ter confiança em seu superior imediato. Um líder admirado é mais importante para evitar a rotatividade de empregados do que bons salários.

Transporte de resíduos perigosos será monitorado pelo Ibama

10/08/2010
Por Suelene Gusmão

A partir do próximo ano, os geradores, transportadores e destinadores de resíduos perigosos em território nacional deverão responder formulário específico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sobre o teor da carga e sua destinação. As informações serão utilizadas para conter e até minimizar os riscos ao meio ambiente e à saúde pública decorrentes da movimentação interestadual de resíduos perigosos, e para fins de gestão e gerenciamento da atividade.
As informações sobre o transporte interestadual de cargas perigosas deverão ser repassadas ao Ibama com 48 horas de antecedência.
A determinação faz parte da proposta de Resolução a ser votada na próxima reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), marcada para os dias 26 e 27 de agosto, no auditório-sede do Ibama. Além da questão dos resíduos perigosos, a plenária vai debater também a restauração e recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs).
De acordo com a proposta, as informações farão parte da base de dados do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Naturais (CTF). Caberá ao Ibama disponibilizar, até 31 de março de 2011, em seu sítio eletrônico, o formulário específico para declaração das informações.
São considerados resíduos perigosos aqueles que, em razão de suas características, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental. As características são quanto à inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade, patogenidade, carcinogenidade, teratogenicidade (anomalias fetais) e mutagenicidade.
O assunto começou a ser debatido no âmbito do Conama em 2002, quando foi formado um grupo de trabalho para os debates. O tema foi discutido em seminário nacional e o resultado transformado em proposta de Resolução que tramitou na Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos.
Plenária - Na reunião plenária do Conama, será apresentado o Painel de Debates sobre Política Energética e Meio Ambiente. Serão apreciadas duas moções: uma que recomenda a criação de corredor ecológico no Rio Pelotas e outra de repúdio à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Ao final da reunião, os conselheiros serão informados sobre o andamento do cumprimento das condicionantes do licenciamento ambiental do Projeto de Transposição do Rio São Francisco; o Relatório Anual de Gestão de Florestas Públicas 2009; o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab); e o Relatório Final do Grupo de Trabalho de monitoramento do fósforo.
ASCOM

O Sucesso consiste em não fazer Inimigos

12/07/2010

Por Max Gehringer - Administrador de empresas e escritor, autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresaral, nos prestigia com mais um artigo brilhante.

Nas relações humanas no trabalho, existem apenas 3 regras:

Regra número 1:

Colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você fez a ela vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor será esquecido. Não adianta mais cobrar. Mas a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: Se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 1999 e a pessoa ignorou sua mão estendida, você ainda se lembra disso em 2009.

Regra número 2:

A importância de um favor diminui com o tempo, enquanto a importância de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele será cobrado, e com juros.

Regra número 3:

Um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, até parece o melhor amigo. Mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa, e ela manda dizer que no momento não pode atender.

Durante sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece ótimo. Mas não é. A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando você precisar de ajuda, é provável que quem mais possa ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.

Portanto, profissionalmente falando, e pensando a longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.

"Na natureza não existem recompensas nem castigos. Existem conseqüências."