sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O Natal de antigamente: velho e sempre novo

21/12/2011 - 09h52

por Leonardo Boff*




Venho de lá de trás, dos anos 40 do século passado, num tempo em que Papai Noel ainda não havia chegado de trenó. Nas nossas colônias italianas, alemãs e polonesas, desbravadoras da região de Concórdia (SC), conhecida por ser a sede da Sadia e da Seara, com seus excelentes produtos de carne, só se conhecia o Menino Jesus. Eram tempos de fé ingênua e profunda que informava todos os detalhes da vida. Para nós crianças, o Natal era culminância do ano, preparado e ansiado. Finalmente, vinha o Menino Jesus com sua mulinha (musetta em italiano) para nos trazer presentes.


A região era de pinheirais a perder de vista e era fácil encontrar um belo pinheirinho. Este era enfeitado com os materiais rudimentares daquela região ainda em construção. Utilizavam-se papel colorido, celofane e pinturas que nós mesmos fazíamos na escola. A mãe fazia pão de mel com distintas figuras, humanas e de bichinhos, que eram dependuradas nos galhos do pinheirinho. No topo havia sempre uma estrela grande revestida de papéis vermelhos.


Em baixo, ao redor do pinheirinho, montávamos o presépio, feito de recortes de papel que vinham numa revista que meu pai, mestre-escola, assinava. Aí estavam o Bom José, Maria, toda devota, os reis magos, os pastores, as ovelhinhas, o boi e o asno, alguns cachorros, os anjos cantores que dependurávamos nos galhos de baixo. E naturalmente, no centro, o Menino Jesus, que, vendo-o quase nu, imaginávamos, tiritando de frio, e nos enchíamos de compaixão.


Vivíamos o tempo glorioso do mito. O mito traduz melhor a verdade que a pura e simples descrição histórica. Como falar de um Deus que se fez criança, do mistério do ser humano, de sua salvação, do bem e do mal senão contando histórias, projetando mitos que nos revelam o sentido profundo dos eventos? Os relatos do nascimento de Jesus contidos nos evangelhos, contêm elementos históricos, mas para enfatizar seu significado religioso, vêm revestidos de linguagem mitológica e simbólica. Para nós, crianças, tudo isso eram verdades que assumíamos com entusiasmo.


Mesmo antes de se introduzir o décimo-terceiro salário, os professores ganhavam um provento extra de Natal. Meu pai gastava todo este dinheiro para comprar presentes para os 11 filhos. E eram presentes que vinham de longe e todos instrutivos: baralho com os nomes dos principais músicos, dos pintores célebres cujos nomes custávamos a pronunciar e ríamos de suas barbas ou de seu nariz ou de qualquer outra singularidade. Um presente fez fortuna: uma caixa com materiais para construir uma casa ou um castelo. Nós, os mais velhos, começamos a participar da modernidade: ganhávamos um jipe ou um carrinho que se moviam dando corda, ou uma roda que girando lançava faíscas e outros semelhantes.


Para não haver brigas de baixo de cada presente vinha o nome do filho e da filha. E depois, começavam as negociações e as trocas. A prova infalível de que o Menino Jesus de fato passou lá em casa era o desaparecimento dos feixes de grama fresca. Corríamos para verificá-lo. E de fato, a musetta havia comido tudo.


Hoje vivemos os tempos da razão e da desmitologização. Mas isso vale somente para nós adultos. As crianças, mesmo com o Papai Noel e não mais com o Menino Jesus, vivem o mundo encantando do sonho. O bom velhinho traz presentes e dá bons conselhos. Como tenho barba branca, não há criança que passe por mim que não me chame de Papai Noel. Explico-lhes que sou apenas o irmão do Papai Noel, que vem para observar se as crianças fazem tudo direitinho. Depois conto tudo ao Papai Noel para ganharem um bom presente. Mesmo assim muitos duvidam. Se aproximam, apalpam minha barba e dizem: de fato o senhor é o Papai Noel mesmo. Sou uma pessoa como qualquer outra, mas o mito me faz ser Papai Noel de verdade.


Se nós adultos, filhos da crítica e da desmitologização, não conseguimos mais nos encantar, permitamos que nossos filhos e filhas se encantem e gozem o reino mágico da fantasia. Sua existência será repleta de sentido e de alegria. O que queremos mais para o Natal senão esses dons preciosos que Jesus quis também trazer a este mundo?


* Leonardo Boff é teólogo, filósofo e escritor, autor de O Sol da Esperança: Natal, Histórias, Poesias e Símbolos, Editora Mar de Ideias, Rio de Janeiro 2007.



** Publicado originalmente no site Adital.



NATAL SUSTENTÁVEL

21/12/2011 - 09h4)min
por Neuza Árbocz, do Banco do Planeta




Estamos a um dia do Natal. A principal data ocidental ligada a dar e receber presentes. Um hábito que gera muita alegria, mas que pode deixar um rastro ambiental intenso. Será que dá para diminuí-lo? Confira abaixo algumas ideais fáceis para curtir as festas sem prejudicar muito o planeta.

• Se ainda falta encontrar alguns presentes, que tal dar experiências?


Muita gente pode ter um excesso de objetos em casa e dar um serviço pode ser uma excelente opção. Uma massagem relaxante, um tratamento em um spa, uma diária em um hotel bacana, um mapa astral com um profissional competente… Esta é uma ótima forma de poupar a fabricação e descarte de embalagens e produtos, além de distribuir renda!

• Vai mesmo comprar? Escolha produtos fabricados com critérios socioambientais firmes.


Uma boa produção valoriza a mão de obra e adota todos os cuidados ambientais necessários. Escolha produtos duráveis e reparáveis, para não virarem sucata logo. Sem elementos tóxicos e com pouca mistura de materiais, pois são mais fáceis de reciclar. Vai dar um artigo que precisa de pilha? Adicione então um kit com pilhas recarregáveis e o próprio recarregador. Assim, evita que mais pilhas sejam descartadas.

• Uma atitude criativa é fazer o presente.

Montar um álbum bem bolado com fotos de momentos queridos, utilizar algum talento que possua em artes plásticas, música, poesia… Um presente assim personalizado pode tocar fundo um coração.

• Gaste apenas na medida das suas possibilidades.

Uma economia forte e sadia é parte importante de uma sociedade sustentável.

• Cuide para que a embalagem também seja bem inteligente: útil ou de baixo impacto ambiental.

• Na hora de abrir os presentes, muita coisa pode ser separada para reciclagem.

Mesmo o isopor, que dispõe de poucas iniciativas de reutilização, pode ser encaminhado aos centros de triagem junto com os plásticos, já que se trata de uma resina plástica expandida.

• Inove na decoração.

Enfeitar árvores era uma tradição para agradecer à natureza pelos frutos, castanhas, nozes e lenha que esta nos doam. Enfeitar uma árvore sintética, com outros produtos artificiais, é uma ilusão que sai caro para o planeta. Procure sua própria forma de agradecer à natureza e enfeitar sua casa nesta data, evitando agravar a crise ambiental atual.

• Faça uma ceia sustentável, com alimentos frescos e orgânicos, evitando espécies sob risco de extinção como o bacalhau, por exemplo. Prepare o suficiente, sem desperdícios. Evite o uso de descartáveis.


Enfim, celebre com consciência e capricho, lembrando que o mais valioso são os sorrisos, abraços e o carinho entre todos.


* Publicado originalmente no site do Banco do Planeta.



Rio de Janeiro 2011: um mar de investimentos e atração de empresas

PORTAL FATOR BRASIL
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=185854
22/12/2011 - 08:44



Além de consolidar sua base naval, que tem tradição e sustentabilidade, o Rio de Janeiro busca investimentos de quatro novas montadoras de automóveis, pólo tecnológico, siderúrgico, fornecedores para indústria petrolífera, navipeças, entre outros segmentos estratégicos para o desenvolvimento econômico e social do estado no cenário nacional.

O Rio de Janeiro fecha o ano com investimentos em torno dos US$ 20 bilhões, panorama apresentado pelo secretário Julio Bueno, que fez balanço das atividades de 2011, e traçou perspectivas de investimentos no Estado para os próximos anos, durante encontro com jornalistas no dia 21 de dezembro (quarta-feira).

O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, iniciou o encontro com a imprensa destacando que Rio de Janeiro está disputando os investimentos de quatro novas montadoras de automóveis para serem instaladas no estado, nos próximos anos.

Indústria Automobilística-O Estado do Rio de Janeiro poderá se tornar o segundo pólo mais importante do país na área automotiva. Atualmente produz 220 mil veículos e a previsão é chegar a 900 mil na década. Hoje a produção de automóveis no país é de três e meio milhões, em cinco anos poderá chegar aos cinco milhões de carros.

Para alcançar o objetivo o governo fluminense já atraiu montadoras como, Renault-Nissan, MAN [produção de veículos pesados], e Peugeot-Citröen.


“Estamos na disputa por todas as montadoras que já anunciaram vir para o Brasil, como BMW, Volkswagem e JAC Motors, e até em relação a uma quarta indústria europeia que ainda não anunciou oficialmente que vem ao Brasil”, adiantou Júlio Bueno.


As novas montadoras viriam se somar à Renault-Nissan e Peugeot-Citröen, que vão investir respectivamente US$ 1,4 bilhão e US$ 2,6 bilhões. O secretário também destacou, que ao longo de 2011, o estado conquistou investimentos importantes em áreas estratégicas como: GE Óleo & Gas (protoclo de intenção),Ternium, RHI Refratários Brasil,Pólo Tecnológico, Michelin, Gerdau,Votorantim, Procter & Gamble, Nestlé, Hyundai, MAN, Technip, NKT, Baker Hughes, FMC, Cofab/Tenaris, Schlumberger, BG Group, Siemens, Vallourec, Halliburton, EMC2, Usiminas, Rolls- Royce, entre outras.

Autopeças-"Também estamos negociando a vinda de fabricantes de autopeças para o Rio de Janeiro , serão fixadas em Resende”, complementa o secretário.


Siderurgia -Além da área automobilística, o secretário lembrou que o estado está se destacando na área siderúrgica, e deverá ser o maior produtor de aço do Brasil nos próximos anos, com a instalação de novas siderúrgicas previstas para o estado [ Wisco, por exemplo tem grandes possibilidades], e as que já estão aqui pretendem ampliar sua capacidade.

"O Brasil é o principal exportador de minério de ferro [ 35% e produz, apenas, 3% de aço], portanto, tem grande possibilidade de crescer", afirma Bueno.

Para atender a esteira siderúrgica a RHI Refratários [empresa austríaca ,detentora de 70% do mercado nacional de refratários, mineral não metálico usado pela indústria do aço e do cimento para revestir alto-fornos, aciarias, fornos elétricos e coquerias, dentre outros] está investindo para duplicar sua produção.

Industria Naval -O secretário também destacou a importância dos investimentos na indústria naval, tanto com relação aos fornecedores que estão vindo para o Estado, quanto os quatro novos estaleiros que estão sendo construídos no Rio de Janeiro: Inhaúma , Aliança , OSX , Estaleiro da Marinha e base naval em Itaguaí , consolidando a posição privilegiada do estado na indústria naval brasileira.

Júlio Bueno ainda afirmou que o Rio de Janeiro está se tornando um grande construtor de embarcações de lazer, e já tem pelo menos três empresas para se instalar no Estado., que deverá gerar 1.500 empregos cada uma destas empresas. Para isso, implementou uma política de tributação diferenciada, com a redução do ICMS de 19% para 7% em todo o estado.

Navipeças - Bueno fez questão de frisar que o governo está implantando um pólo de navipeças entre Magé e Duque de Caxias e que estará concluído em 2012. "O circulo da indústria naval tem um novo peso, trazer o setor de navipeças para o Brasil. E o Rio está se estruturando para se tornar atraente. Vamos disponibilizar uma área de 500 mil metros quadrados ou 700 mil metros quadrados", disse. Os empreendimentos contarão com incentivos tributários, doação de área, entre outros incentivos.

Portos-O secretário lembrou ainda do setor portuário: “a dragagem do Porto do Rio já foi feita, passando de cerca de 12 metros para 17 metros, um metro a mais do que o calado do Porto de Santos”. Os portos do Rio, diferentemente do país, não operam em plena capacidade, portanto, tem condições enormes de crescimento. O porto do Rio será a segunda base offshore da Petrobras, e Itaguaí será à base do pré-sal", emendou.

E, entre muitas outras obras em negociação e andamento, Barra do Furado, cujo projeto é de sete anos, saiu do papel com a instalação do estaleiro BR Offshore, que é um fundo de investimento e que está aplicando cerca de R$ 500 milhões. A dragagem está prevista para durar 18 meses para estar pronta e o investimento gira em torno dos R$ 120 milhões.

“E o Rio de Janeiro tem uma extraordinária capacidade energética e com projetos para ampliar o parque”, frisou Bueno. E mais, o Rio de Janeiro é o estado com maior verticalização de produção no país”, completou.

Investimentos - Durante o evento, o secretário falou ainda sobre o comitê doador do Fundo Multilateral de Investimentos (FUMIN) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que aprovou em dezembro a liberação de US$ 1 milhão para o aperfeiçoamento dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Moda Praia, na Baixada Litorânea, e de Pedras Ornamentais, no Noroeste Fluminense. O documento levado à apreciação dos doadores foi elaborado por representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico que se reuniram com integrantes do banco de fomento no último mês de setembro.

Atualmente, cerca de 600 micro e pequenas empresas formam os dois APLs que serão beneficiados com uma série de ações já a partir de 2012, dentre elas o financiamento de atividades nas áreas de inovação tecnológica, maquinário e melhoraria no processo de comercialização. O investimento será repassado pelo Sebrae/RJ, com acompanhamento e ações de governança da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

E com tantos grandes eventos e o turismo em alta no estado, o setor de serviços não pára de crescer.

E de acordo com a presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin), Maria da Conceição Ribeiro o distrito de Queimados receberá uma expansão industrial de três milhões de metros quadrados. E ainda adiantou que o distrito industrial de São João da Barra, onde está o complexo industrial do Superporto do Açu [do empresário Eike Batista], já recebeu a Hyundai e outras três empresas NKT, de tubos flexíveis, Tecnip e GE Óleo & Gas assinaram protocolos de intenção.

Petróleo, Gás e Tecnologia -Também falou da fase gestacional para criação do distrito industrial entre Cabo Frio e Arraial do Cabo [Região dos Lagos], cerca de quatro milhões de metros quadrados próximo ao Aeroporto Internacional de Cabo Frio, com foco no petróleo , gás e tecnologia. Este mesmo aeroporto já serve hoje como base para a indústria petrolífera de Macaé.

Conceição ainda citou a Ilha do Bom Jesus, adjacente à Ilha do Fundão, com 130 mil metros quadrados que deverá abrigar centros de pesquisa e desenvolvimento. Para esta região já estão confirmadas as empresas L´Oréal e General Electric (GE).

Já Campo Grande [Zona Oeste do Rio] está na disputa para implantar a Foxconn, -empresa chinesa que vai fabricar iPads [tablets da da americana Apple],

Empresas Vinculadas -Durante o encontro, o secretário também abordou a atuação das empresas vinculadas à Secretaria ao longo do ano. Do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), o destaque foi para o investimento de R$ 1,6 milhão, além da ampliação dos serviços de verificação. A Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (Investe Rio) apresentou sua carteira de operações. De janeiro ao fim de novembro, foram comprometidos quase R$ 1 bilhão em financiamentos para um total de 258 empresas.

A Junta Comercial do Rio de Janeiro (Jucerja) registrou a abertura de 68 mil novas empresas em 2011, que representa crescimento de cerca de 8% em relação a 2010. Já o Rio Poupa Tempo, programa coordenado pela Jucerja, realizou mais de 5,5 milhões de atendimentos durante esse ano em suas cinco unidades (Central, Carioca, São João de Meriti, Bangu e São Gonçalo).

Rochas Ornamentais -Bueno explicou que o Rio de Janeiro e o Espírito Santo formam a grande jazida de rochas ornamentais do Brasil. Para valorizar este setor, o Departamento de Recursos Minerais (DRM) está estudando a criação do selo de Denominação de Origem Controlada para as rochas ornamentais e de revestimento do Noroeste Fluminense.

A Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) consolidou, ao longo do ano, três distritos industriais – Queimados, Cabo Frio/Arraial do Cabo e São João da Barra – que ocupam, no total, área de 1,7 milhão de metros quadrados. Outros quatro milhões de metros quadrados estão sendo negociados pela Codin para a composição do distrito industrial de Cabo Frio/Arraial do Cabo, que será o primeiro a ser constituído em duas cidades. Os distritos receberam aproximadamente US$ 360 milhões em investimentos e foram criados mais de dois mil empregos. A Codin também ficou responsável pela reorganização das rotinas de concessão de benefícios fiscais, como o caso da Lei 5.636 (conhecida como Lei Cabral).

Investe Rio – A Agência de Fomento do Rio de Janeiro (Investe Rio), com foco nas empresas de pequeno e médio portes que não alcançaram as linhas de crédito do Banco Nacional do Desenvolvimento Nacional (BNDES), “oferecendo condições de finaciamento extremamente competitivas, com taxas de juros a partir de 2% ao ano e longos prazos para pagamento”, lembra o presidente, Maurício Chacur, que participou do encontro. [ww.investerio.com.br].







quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PF indicia Chevron e mais 17 por vazamento de óleo na bacia de Campos

FOLHA DE SÂO PAULO
21/12/2011 - 21h26

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO


A Polícia Federal indiciou a Chevron e a Transocean e mais 17 executivos das duas empresas pelo vazamento de óleo no campo de Frade, bacia de Campos, em novembro.

Entre os indiciados está o presidente da Chevron no Brasil, George Buck.

Em seu relatório, encaminhado ao Ministério Público Federal, o delegado Fábio Scliar, da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph), da PF, no Rio, afirma que as empresas usaram "práticas temerárias" e causaram danos ambientais, além de sonegar informações aos investigadores e entregar documentos falsos à polícia.

"Tenho total convicção de que a política institucional da empresa é temerária e leviana na perfuração de poços de petróleo no Brasil. Por isso, a responsabilização dos executivos", disse Scliar à Folha.

A Chevron disse que a decisão "não tem mérito". A Transocean informou que vai avaliar o relatório. A primeira tem a concessão de exploração do campo; a segunda operava a sonda que perfurava o poço que vazou.

Segundo o delegado Fabio Scliar, houve problemas na técnica utilizada na perfuração no campo de Frade. No caso que originou o vazamento, por exemplo, as empresas utilizaram, na retirada do petróleo, pressão maior do que as rochas suportavam.

O delegado informou ainda haver estudo de impacto ambiental feito pela própria Chevron em que a empresa previa que um vazamento de óleo no campo causaria danos à flora e à fauna.

"No estudo, a própria Chevron relata que um vazamento iria interferir na cadeia alimentar de peixes maiores e, consequentemente, até câncer em seres humanos."

Laudos do Ibama e do oceanógrafo David Zee, anexados ao inquérito, são usados para comprovar que o vazamento causou danos.

Segundo o relatório, até ontem teriam vazado de 2.500 a 3.000 barris de óleo cru.



OUTRO LADO

Em nota, a Chevron Brasil afirmou que a decisão da Polícia Federal de indiciar a empresa e seus empregados "não tem mérito".

Segundo a companhia, quando os fatos forem totalmente examinados, ficará claro que a petroleira respondeu de "forma apropriada e responsável" ao vazamento.

"Iremos defender vigorosamente a companhia e seus empregados", afirmou a empresa na nota.

A Transocean, por sua vez, informou estar ciente do relatório e que vai avaliá-lo.

A empresa que operava a sonda que perfurava o poço que vazou reiterou que vai seguir "cooperando com as autoridades brasileiras".



O VAZAMENTO

O acidente da Chevron ocorreu em 7 de novembro, após a empresa usar densidade de lama e pressão maiores que o adequado para tentar conter a invasão do óleo no poço. Isso provocou a ruptura de rochas e liberou o óleo para a superfície, admitiu a própria companhia na época, após ter afirmado que o problema havia ocorrido por uma falha na geologia local.
A empresa demorou a avisar a ANP (Agência Nacional do Petróleo) sobre o acidente, alertada em primeiro momento pela Petrobras, que opera uma plataforma perto de Frade.

A Chevron foi multada pelo Ibama em R$ 50 milhões.

A ANP ainda não definiu a multa que será aplicada.

No momento, a Chevron coloca o terceiro tampão de cimento para vedar o poço.







quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

7 hábitos de pessoas altamente produtivas

20/12/2011 - 22:27:58

Saber dizer não e estabelecer objetivos profissionais são algumas atitudes características
Camila Lam, de Exame


São Paulo – Ser produtivo não é estar ocupado o tempo todo. Uma pessoa altamente produtiva é aquela que consegue tomar decisões, concluir tarefas e ainda se destacar com ideias inovadoras.


Para ter sucesso na carreira é recomendável fazer uma autoavaliação sobre o rendimento no trabalho. Se antes ser uma pessoa produtiva era associado a produção em massa, hoje espera-se de um profissional produtivo ser capaz de fazer as escolhas certas.


Confira nas páginas seguintes sete hábitos que merecem ser adotados:

1 - Estabelecer critérios e saber dizer não



Para o diretor de conteúdo e facilitação da FranklinCovey Brasil, Luciano Meira, não é humanamente possível atender a todas as demandas que surgem ao longo do dia ou da semana. “É preciso dizer não para algumas coisas e dizer sim para outras. Quando você aceita fazer todas as tarefas, você gasta energia, tempo e atenção e não faz nenhuma com qualidade”, explica.

Uma pessoa altamente produtiva tem um filtro extremamente eficaz e, por isso é capaz de detectar a todo o momento quais atividades realmente merecem atenção. Nesse caso, menos é mais.

2 - Ter os objetivos profissionais e pessoais estabelecidos


Que tipo de resultado faz sentido para você? Ao estabelecer qual o resultado você quer atingir no seu papel profissional ou mesmo na família, chegar ao equilíbrio pode parecer mais fácil.

“Metas levam tempo para serem cumpridas e quando você sabe exatamente onde você quer chegar fica claro como você deve agir no trabalho, em casa ou nas horas vagas”, explica Meira.


3 – Planejar diariamente o que precisa ser feito


De acordo com Meira, o planejamento semanal deve ser feito antes de a semana começar e não é recomendável economizar tempo na hora de pôr tudo no papel. Ao fim de um dia também é indicado dedicar dez minutos para anotar o que precisa ser feito no dia seguinte.

Para o especialista, a rotina de uma pessoa produtiva se conecta com as grandes metas e isso só é possível realizando pequenas tarefas.


4 – Acessar o e-mail periodicamente


Entre computadores e smartphones, fica difícil de manter a concentração no ambiente de trabalho. Mas pequenas atitudes podem economizar tempo, energia e evitar distrações. Estabeleça horários para acessar o correio eletrônico. E se for usuário do Microsoft Outlook, aprenda a utilizar suas ferramentas.

Meira diz que simples mudanças como aplicar regras, direcionar mensagens para a pasta de spam ou para que e-mails de determinada pessoa sejam marcadas como importantes podem evitar com que você acesse a caixa incessantemente.

“A tecnologia tem quer um meio de produtividade e não de distração”, resume o diretor de conteúdo da FranklinCovey Brasil.

5 – Evitar ser “multitarefa”


Ser “multitarefa” pode parecer uma vantagem, mas não é. Trabalhar em mais de uma tarefa alternadamente além de não garantir que fique pronta mais rápido, a qualidade também ficará aquém do desejável.

“Ser preciso evita um desgaste de energia e tempo”, afirma Meira.


6 – Adotar intervalos



Em vez de mandar e-mail ou telefonar, caminhe até a mesa do seu colega de trabalho se deseja falar com ele pontualmente. Saia, nem que seja por cinco minutos, do seu ambiente de trabalho em intervalos de uma hora ou uma hora e meia. Trabalhar interruptamente não é garantia de um trabalho melhor.

Caso esteja concentrado e não quer ser interrompido, tranque a porta e avise que não deseja ser incomodado.


7 – Cuidar da saúde




“Pessoas sedentárias tendem a perder muito mais energia e se sentirem muito cansadas rapidamente”, diz Meira.

Não se surpreenda se uma pessoa que é altamente produtiva no trabalho também encontra tempo para ter hobbies, como praticar esportes. Além disso, o especialista afirma que é preciso prestar atenção na alimentação e na qualidade do sono.


PRINCIPAIS ERROS COMETIDOS POR JOVENS PROFISSIONAIS

Para você, quais são os principais erros cometidos pelos jovens profissionais? Max Gehringer (Administradores.com.br)


Para você, quais são os principais erros cometidos pelos jovens profissionais?



O primeiro erro que todos cometem é desrespeitar o chefe. Nenhum funcionário tem entre suas atribuições avaliar o desempenho do chefe. São contratados por que existe um trabalho a ser feito e o chefe é responsável final por este trabalho. As pessoas são contratadas para dar suporte ao trabalho do chefe. A geração atual discute com os professores, discute com os pais, e chega ao mercado de trabalho achando que dá pra discutir com o chefe. Existe um senso de hierarquia e ordem que é um pouco difícil de ser entendido por alguns jovens. Assim, começar a trabalhar pelos 17 anos é interessante, pois nesta idade você ainda aceita ter um chefe, mesmo que não goste, e acaba incorporando, o que é mais difícil pelos 24 anos. Se relacionar bem com o chefe independentemente da sua opinião sobre ele é muito importante, pois ele recebeu da empresa um mandato temporário. Não quer dizer que ele seja melhor, mas que tem um título para exercer o trabalho. Se você não respeita a pessoa, tem que ao menos respeitar o cargo e a função que ela exerce. Na hora em que existe desrespeito ao chefe, há uma reação imediata, e sempre vai sobrar para o subordinado. Tem que saber se portar, e não tratá-lo como alguém igual ou inferior, pois neste caso, o cargo dele é superior ao seu.



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