sábado, 25 de janeiro de 2014

A ameaça humana - Hoje estamos presenciando a maior extinção em massa de plantas e animais já vista na história da Terra

Apocalipse Ambiental

Intervenções do homem nos ecossistemas estão devastando cadeias alimentares e provocando extinção em massa de espécies. Poderia esse processo culminar com nosso próprio fim?

por Hemerson Brandão

Esqueça a colisão inesperada de asteroides, erupções vulcânicas globais ou alterações no campo magnético da Terra. Um vilão muito mais perigoso está nesse momento promovendo uma silenciosa extinção em massa de espécies. É, você adivinhou: o ser humano.

Nosso planeta presenciou 5 grandes extinções em massa nos últimos 500 milhões de anos. Dentre elas, a dos dinossauros é a mais famosa. E, ao que tudo indica, o homem iniciou a sexta grande matança há milhares de anos, quando adquiriu inteligência suficiente para manipular os ecossistemas a seu bel-prazer. E hoje estamos presenciando a maior extinção em massa de plantas e animais já vista na história da Terra.

Hoje, nosso planeta possui cerca de 2 milhões de espécies identificadas. Nos próximos 100 anos, metade delas estará extinta! É o que afirma Edward Wilson, famoso biólogo americano, no livro O Futuro da Vida. E o culpado é quem ele chama de "o assassino planetário". "No mundo inteiro, sempre que humanos penetram em um novo ambiente, a maior parte da megafauna desaparece", diz. Os animais grandes, lentos e saborosos são sempre os primeiros dizimados. Quando o homem extermina a fauna de uma região, muda-se para outra, onde a destruição continua.

No curto período de tempo em que o homem está sobre a Terra, já poluiu o ar, o solo e o mar, promoveu o desmatamento descontrolado, a caça e a pesca predatórias e explorou recursos naturais ao extremo. Agora ele está até mesmo alterando o clima do planeta inteiro pela emissão de combustíveis fósseis. Diversas espécies de mamíferos, pássaros, répteis, peixes, insetos e até vegetais já foram extintas. Muitas delas são extintas antes mesmo de serem descobertas.

Colocar a natureza em risco também coloca em perigo a humanidade. "Os serviços e o valor econômico proporcionado pelas espécies são insubstituíveis e essenciais ao nosso bem-estar", diz Jon Paul Rodríguez, vice-presidente da Comissão de Sobrevivência das Espécies da IUCN (União Internacional pela Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Aí entram medicamentos extraídos da biodiversidade, recursos naturais para alimentar a população humana e até mesmo a matéria-prima para a produção dos bens de consumo mais supérfluos. O que antes estava disponível quase de graça na natureza terá de ser recriado artificialmente, custando muito caro. Será que dá pé?

No ritmo atual de destruição, num futuro próximo até os zoológicos serão coisas do passado. Sobrará apenas o lamento humano do progresso conquistado à custa de uma rica biodiversidade. Se tanto. Caso a famosa hipótese Gaia esteja correta (sugerindo que a vida na Terra faz a regulação do ambiente planetário, inclusive domando aquecimentos e resfriamentos globais, como se o planeta inteiro fosse uma única criatura gigante), talvez sua morte leve à nossa também.

Há, contudo, quem afirme que a sobrevivência dos seres vivos na Terra tem solução, e o desaparecimento de animais e vegetais pode ser evitado com a extinção de uma única espécie: nós.

Convenhamos, pode até ser uma solução. Mas é decepcionante pensar que somos incapazes de coexistir pacificamente com a natureza, ainda mais levando em conta todo o conhecimento que adquirimos dela nas últimas décadas. Parte dele sugere que simplesmente não podemos viabilizar nossa própria existência se destruirmos o resto da biosfera, de onde tiramos nosso sustento. E o consenso é que dá para fazer melhor. 

CADÊ O BICHO QUE TAVA AQUI? - A escala da devastação 
Você já viu um lobo-da-tasmânia? Hoje, ele está extinto. E o tigre-persa? Extinto. Codorna-da-nova-zelândia? Extinto. São apenas 3 exemplos de uma lista de centenas de animais que foram extintos pelo homem somente nas últimas décadas. Atualizada em 2012, a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, produzida pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), já totaliza mais de 19 mil espécies sob risco de desaparecer. O grupo ainda enfatiza que, mesmo com programas de conservação, 41% de anfíbios, 33% de corais formadores de recifes, 25% de mamíferos, 13% de aves e 30% de coníferas podem desaparecer nas próximas décadas
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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Analise do Video da Sereia em Israel, 100% real?

Sereias - A nova evidência

Seres Misteriosos - Sereia Filmada na Austrália

Explicação do video da sereia no aquário

Supostas aparições de sereias em vídeos

Sereias - Novos Indícios [Dublado - Discovery Channel HD]

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Troller 3.0 chipado

BAGAÇA 30HORAS

“O executivo mau caráter é pior que um incompetente”

Alexandre Rodrigues, de 

Para o professor da escola de negócios suíça IMD, um executivo que comete desvios éticos tem mais chance de destruir uma empresa

Allen Morrison, professor da escola de negócios suíça IMD
Marcelo Correa/EXAME

Allen Morrison: “O executivo precisa ser íntegro para defender os valores da companhia”
São Paulo - Mantenha distância dos executivos arrogantes e avalie com muito cuidado a reputação dos candidatos. Esse é um dos conselhos do americano Allen Morrison, diretor do Centro de Gestão Global da escola de negócios suíça IMD.

Segundo ele, um escândalo pode custar mais caro a uma empresa do que uma estratégia medíocre. No Rio de Janeiro, onde deu um curso a altos executivos de empresas como Vale, Petrobras e Bradesco, Morrison falou sobre o que se espera dos executivos no mundo pós-Lehman Brothers. 

1- EXAME - Por que o senhor diz que um líder sem caráter pode ser pior para uma empresa do que um muito incompetente? 
Allen Morrison - Simples: desvios éticos podem destruir para sempre a imagem de uma empresa. Por isso, o melhor líder é o que tem bom caráter. Hoje, as notícias atingem dezenas de países quase instantaneamente. É um mundo novo, de enorme transparência. Isso se aplica ao comportamento dos executivos e ao que eles dizem e como dizem. O mesmo vale para as companhias. Se forem flagradas em atitudes antiéticas, sofrerão as consequências da má fama. 
2 - EXAME - Mas como avaliar o caráter de uma pessoa? 
Allen Morrison - É preciso avaliar a reputação do executivo antes de contratá-lo, falar com quem ele trabalhou ou fez negócios. A empresa precisa consultar muitas fontes imparciais.
 3 - EXAME - O senhor diz que os melhores líderes gostam genuinamente de gente. Por quê?
Allen Morrison - O caráter tem dois componentes: integridade e empatia. Eles não são essenciais para dar ordens, mas são para liderar. O executivo precisa ser íntegro para defender os valores da empresa e também tem de se conectar emocionalmente com as pessoas da organização, em vários níveis hierárquicos. Se as pessoas não acreditam no líder, não vão segui-lo. 
4 - EXAME - Como os líderes podem saber o que realmente acontece na empresa?  
Allen Morrison - O líder inteligente sabe que precisa de bons canais de informação. A tendência dos executivos que respondem diretamente ao presidente é dizer o que acham que ele gostaria de ouvir. Se os outros funcionários não se sentem à vontade, não vão falar com ele com sinceridade sobre os problemas. O líder tem de desarmar esses medos. Para isso, é preciso mostrar interesse real neles. 
5 - EXAME - Como fazer isso sem passar a imagem de fraco?  
Allen Morrison - Há uma diferença entre uma relação amigável entre colegas e de uma proximidade exacerbada. É um equilíbrio delicado, que o bom senso e o respeito resolvem. Interessar-se pelas pessoas é o melhor antídoto contra a arrogância, que, por sua vez, é a maior barreira para a empatia. 
6 - EXAME - Em caso de um escândalo envolvendo a empresa, qual é a melhor estratégia?
Allen Morrison - Pessoas ou empresas que admitem erros, principalmente se demonstram que são sinceras e indicam a intenção de corrigir o problema, geralmente são perdoadas. É difícil ocultar erros para sempre. O melhor é admitir logo. É como puxar um band-aid: dói menos se puxamos rapidamente e de uma vez.
7 - EXAME - Em países muito corruptos, agir com ética pode levar à perda de negócios. Como sair desse dilema? 
Allen Morrison - Lapsos éticos geralmente envolvem objetivos de curto prazo. Vale mais agir eticamente e proteger o longo prazo.