sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ 2012


"De repente, num instante fugaz, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás." (Autor desconhecido)

Será que os Maias estavam certos ao calcularem que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012 ou será que certo estava o meu avô que dizia que o mundo acaba para quem morre?
Acredito mais no meu avô.

Todos temos nossas montanhas para escalar, nossos mares para mergulhar e nossos desertos para atravessar. O de nenhum é igual ao do outro, mas eles estão lá todos os dias nos esperando, nos desafiando. Ou os enfrentamos ou o mundo acaba para nós.

Que tal iniciarmos o ano de 2012 com o pensamento voltado para o que fizemos no ano que está terminando e planejar o que faremos no próximo. O professor Marins faz três perguntas interessantes:

O que nós fizemos de excelente e devemos continuar fazendo?
O que fizemos de ruim e devemos deixar de fazer?
O que não fizemos e deveríamos fazer?

Acrescento as três perguntas mais uma que costumo usar com meus filhos:
O que aprendemos?

"Nenhum ano será realmente novo se continuarmos a cometer os mesmos erros dos anos velhos."


Feliz Ano Novo para todos com muita saúde, sabedoria e felicidades.


Antonio Otavio Espindola

"O SUPREMO FICA BEM MAIS SENSATO COM UMA FACA IMAGINÁRIA NO PESCOÇO"


Jornalista Augusto Nunes,
22/12/2011 - http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

O Supremo fica bem mais sensato com uma faca imaginária no pescoço

Às nove e meia da noite de 28 de agosto de 2007, o ministro Ricardo Lewandowski chegou ao restaurante em Brasília ansioso por comentar com alguém de confiança a sessão do Supremo Tribunal Federal que tratara da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, sobre o escândalo do mensalão. Por ampla maioria, os juízes endossaram o parecer do relator Joaquim Barbosa e decidiram processar os 40 acusados de envolvimento na trama. Sem paciência para esperar o jantar, Lewandowski deixou a acompanhante na mesa, foi para o jardim na parte externa, sacou o celular do bolso do terno e, sem perceber que havia uma repórter da Folha por perto, ligou para um certo Marcelo. Como não parou de caminhar enquanto falava, a jornalista não ouviu tudo o que disse durante a conversa de 10 minutos. Mas qualquer das frases que anotou valia manchete.

“A tendência era amaciar para o Dirceu”, revelou de saída o ministro, que atribuiu o recuo dos colegas a pressões geradas pelo noticiário jornalístico. “A imprensa acuou o Supremo”, queixou-se. Mais algumas considerações e o melhor momento do palavrório: “Todo mundo votou com a faca no pescoço”. Todo mundo menos ele: o risco de afrontar a opinião pública não lhe reduziu a disposição de amaciar para José Dirceu, acusado de “chefe da organização criminosa”. Só Lewandowski ─ contrariando o parecer de Joaquim Barbosa, a denúncia do procurador-geral e a catarata de evidências ─ discordou do enquadramento do ex-chefe da Casa Civil por formação de quadrilha. “Não ficou suficientemente comprovada a acusação”, alegou. O mesmo pretexto animou-o a tentar resgatar também José Genoíno. Ninguém divergiu tantas vezes do voto de Joaquim Barbosa: 12. Foi até pouco, gabou-se na conversa com Marcelo: “Tenha certeza disso. Eu estava tinindo nos cascos”.

Ele está tinindo nos cascos desde 16 de março de 2006, quando chegou ao STF 26 dias antes da denúncia do procurador-geral. Primeiro ministro nomeado por Lula depois do mensalão, Lewandowski ainda não aprendera a ajeitar a toga nos ombros sem a ajuda das mãos quando virou doutor no assunto. Para tornar-se candidato a uma toga, bastou-lhe a influência da madrinha Marisa Letícia, que transmitiu ao marido os elogios que a mãe do promissor advogado vivia fazendo ao filho quando eram vizinhas em São Bernardo. Mas só conseguiu a vaga graças às opiniões sobre o mensalão, emitidas em encontros reservados com emissários do Planalto. Ele sempre soube que Lula não queria indicar um grande jurista. Queria um parceiro de confiança, que o ajudasse a manter em liberdade os bandidos de estimação.

Passados mais de quatro anos, Lewandowski é o líder da bancada governista no STF ─ e continua tinindo nos cascos, comprovou a recente entrevista publicada pela Folha. Designado revisor do voto do relator Joaquim Barbosa, aproveitou a amável troca de ideias para comunicar à nação que os mensaleiros não seriam julgados antes de 2013. “Terei que fazer um voto paralelo”, explicou com o ar blasé de quem chupa um Chicabon. “São mais de 130 volumes. São mais de 600 páginas de depoimentos. Tenho que ler volume por volume, porque não posso condenar um cidadão sem ler as provas. Quando eu receber o processo eu vou começar do zero”. Como o relatório de Joaquim Barbosa deveria ficar pronto em março ou abril, como precisaria de seis meses para cumprir a missão, só poderia cloncluir seu voto no fim de 2012. O atraso beneficiaria muitos réus com a prescrição dos crimes, concedeu, mas o que se há de fazer? As leis brasileiras são assim. E assim deve agir um magistrado judicioso.

A conversa fiada foi bruscamente interrompida por Joaquim Barbosa, que estragou o Natal de Lewandowski e piorou o Ano Novo dos mensaleiros com o presente indesejado. Nesta segunda-feira, o ministro entregou ao revisor sem pressa o relatório, concluído no fim de semana, todas as páginas do processo e um lembrete desmoralizante: “Os autos do processo, há mais de quatro anos, estão digitalizados e disponíveis eletronicamente na base de dados do Supremo Tribunal Federal”, lembrou Barboza. Lewandowski, portanto, só vai começar do zero porque quis. De todo modo, o que disse à Folha o obriga a terminar a tarefa no primeiro semestre. Se puder, vai demorar seis meses para formalizar o que já está resolvido há seis anos: vai absolver os chefes da quadrilha por falta de provas.

As sucessivas manobras engendradas para adiar o julgamento confirmam que os pecadores não estão convencidos de que a bancada governista no STF é majoritária. Ficarão menos intranquilos se Cezar Peluso e Ayres Brito, que se aproximam da aposentadoria compulsória, forem substituídos por gente capaz de acreditar que o mensalão não existiu. Para impedir que o STF faça a opção pelo suicídio moral, o Brasil decente deve aprender a lição contida na conversa telefônica de 2007. Já que ficam mais sensatos com a faca no pescoço, os ministros do Supremo devem voltar a sentir a carótida afagada pelo fio da lâmina imaginária.



Homenagem Póstuma ao Engº. Paulo Vilela,


FALECIMENTO
Morre Engº. Paulo Vilela
Diario do Vale
Publicado em 29/12/2011, às 21h34
Volta Redonda


Um dos fundadores do PT (Partido dos Trabalhadores) em Volta Redonda, Paulo Vilela, morreu na noite de ontem (28). Ele estava internado no CTI do Hospital da Unimed desde a sexta-feira (23) da semana passada, quando teve um Acidente Vascular Cerebral.

Paulo Vilela com Solange Whehaibe

Paulo Vilela tinha 65 anos e era casado com Solange Whehaibe, dona da Livraria Veredas. Ele deixou uma filha do primeiro casamento.

O corpo dele foi velado no Cemitério Portal da Saudade até a tarde de hoje (29) quando seguiu para Barra do Piraí para ser embalsamado. Amanhã (30) a família recebe o corpo de Paulo Vilela no Cemitério do Caju para ser cremado na próxima segunda-feira (2).

De acordo com o cunhado de Paulo, João Alberto Whehaibe, ele já havia manifestado aos familiares esse desejo.

- Ele sempre foi politicamente ativo. Participou dos principais momentos políticos da nossa cidade. Integrou o Sindicado dos Engenheiros, esteve na direção da CUT (Central Única dos Trabalhadores). Essa foi uma grande perda para o PT, pois estava sempre na linha de defesa do partido. Atualmente ele fazia parte do Diretório Municipal, e mesmo quando não estava na direção nunca deixou de atuar - comentou Dejair Nogueira, atual presidente do PT em Volta Redonda.

O vereador Carlos Roberto Paiva (PT), também lamentou a morte do colega da sigla.

- Essa foi, sem dúvida, uma grande perda para Volta Redonda. Mas foi ainda maior para o partido, pois era uma pessoa de experiências e palavra fortes e respeitáveis. Ele sempre manteve viva a sua ideologia desde a fundação do diretório - comentou Paiva.

Leia mais: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/15,50778,Morre-Paulo-Vilela-um-dos-fundadores-do-PT-em-Volta-Redonda.html#ixzz1i27oZm1O

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Nos últimos 30 anos, 240 milhões de chineses trocaram o campo pelas cidades



                                   Prédio residencial em Xangai, na China (Reuters)

A maioria dos especialistas concorda que o sistema de 'hukou' (sistema de registro que dividia os cidadãos entre urbanos e rurais e não permitia sua saída do lugar de nascimento), que ainda perdura, deve ser abolido progressivamente, já que por causa dele os imigrantes rurais são tratados como 'cidadãos de segunda classe' nas zonas urbanas, com menos acesso à educação, saúde e moradia.

A China, um país predominantemente rural durante seus quatro milênios de história, vive um momento inédito em 2011, ano no qual pela primeira vez o volume de moradores das cidades irá superar o do campo.

De acordo com um estudo da agência estatal Academia Chinesa de Ciências divulgado nesta semana, no final deste ano, a população urbana superará a rural, algo que é visto nesse país como "um momento histórico para uma civilização tradicionalmente agrícola".

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão matematicamente, usando os números do último censo nacional, realizado em 2010, que indicou que 50,32% dos chineses moravam no campo e 49,68% nas cidades.

Mas, considerando que a urbanização do país cresce com uma média anual entre 0,8% e 1%, calcula-se que a população urbana um ano depois está entre 674 e 676 milhões, e a rural entre 671 e 672 milhões, o que revela, pela primeira vez, uma mudança na composição da sociedade desse país.

Esse é um momento simbólico no processo de urbanização que começou há um século, mas lentamente: nos anos 50 do século XX, pouco mais de 60 milhões de chineses viviam nas cidades contra cerca de 500 milhões de agricultores.

Até o Partido Comunista de Mao Tsé-tung, na ocasião, foi considerado fundamentalmente camponês, em relação às formações proletárias (urbanas) da URSS e de outros países com orientação marxista.

Mao limitou muito o êxodo rural, apesar de seus esforços para industrializar o país, que não deixaram a população rural chinesa diminuir até os anos 90, enquanto a urbana havia iniciado um ritmo acelerado de crescimento nos primeiros anos da década de 80, com a reforma e abertura de Deng Xiaoping.

Problemas sociais - A nova situação da China não é sinônimo de que o país seja 'próspero', mas é um passo desejado por Pequim, embora os especialistas reconheçam que o país enfrenta grandes desafios e que o êxodo rural é também um reflexo de problemas sociais.

A maioria dos especialistas concorda que o sistema de 'hukou' (sistema de registro que dividia os cidadãos entre urbanos e rurais e não permitia sua saída do lugar de nascimento), que ainda perdura, deve ser abolido progressivamente, já que por causa dele os imigrantes rurais são tratados como 'cidadãos de segunda classe' nas zonas urbanas, com menos acesso à educação, saúde e moradia.

Nos últimos 30 anos, cerca de 240 milhões de chineses deixaram o campo para viver nas cidades e muitos não encontraram outra opção do que trabalhar em empregos não especializados e mal remunerados, como a construção civil.

Mas esse processo também apresenta muitas oportunidades para a China, segundo os especialistas, e muitos veem o fenômeno como a salvação da economia nacional quando o mercado de exportações se 'esgotar' por causa do progressivo encarecimento da mão de obra nacional e da moeda, o iuane, além do estímulo ao consumo interno pela população urbana, para garantir o desenvolvimento do país.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O Raul

(Texto de Max Gehringer - CBN) Para refletirmos.


Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.

Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.

Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.

Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho.

Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.

Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena.

Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.

Deu no que deu.

O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.

No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.

E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.

Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.

Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena? O Raul.

E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.

O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.

Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava.

Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.

Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta.

E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.

O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.

Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.

E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...

ELE ENTENDIA DE GENTE!

Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.

E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima: “Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.

Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert e todo pintor comum, um gênio.

Essa era a principal competência dele.

'Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes".

O DINHEIRO DOS GENERAIS - PORQUE NÃO CRIAR UMA COMISSÃO


JORNALISTA CARLOS CHAGAS

Gostei da idéia da comissão;

Por que não criar uma COMISSÃO para apurar essa VERDADE?

OS GENERAIS PRESIDENTES

"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."

Mas uma evidência salta aos olhos.

Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis,
vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade.

Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos depois colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram, nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.

Bem diferente dos tempos atuais, não é? "

Por exemplo o Lulinha, filho do Lula, era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada politica) de R$ 1200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara,
adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada a vista. Isso, sem contarmos com os 5 milhões de reais, recebidos da Telemar, para criar a Game Corps, que por estranha coincidência, recebeu após 5 meses do paizão ser eleito presidente! Que coinsa, né?

Centenas de outros politicos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.

Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos politicos, garanto que 95% não passariam, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito.

Como diria Boris Casoy:

"Isto é uma vergonha" e pior, ninguém faz nada".

"Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua ausência seja sentida"


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mesmo aprovado no Senado, Novo Código Florestal ainda pode ser vetado por Dilma Rousseff

Publicado pelo Instituto Triângulo
http://www.triangulo.org.br/

Infelizmente, na última semana os senadores do Brasil não cumpriram o papel de defender os interesses do país e defenderam os interesses de ruralistas.Assim, no dia 6 de dezembro foi aprovado o Novo Código Florestal.No entanto, ainda nos resta uma esperança.

A presidente Dilma Rousseff afirmou durante sua campanha que não aprovaria um Código Florestal de anistiasse os desmatadores e que ainda aumentasse o desmatamento. Assim nos resta a esperança da presidente Dilma vetar o Código Florestal.

Por isso, já existe a campanha #vetadilma, que pede para nossa presidente cumprir sua palavra em detrimento dos interesses de uma minoria, que não pensa em proteger nosso meio ambiente.

As perdas com o Novo Código

Confira um dos problemas que o Novo Código Florestal pode causar neste documento feito pelo Ministério Publico de São Paulo, que realizou consultas populares e se posicionou contra a diminuição das Áreas de Proteção Permanentes.

Confira um trecho do documento do MP

A Promotora de Justiça, Cristina Godoy de Araújo Freitas, Coordenadora da Área do Meio Ambiente do CAO Cível e de Tutela Coletiva do MP-SP, que manifestou a preocupação do MP em relação às perdas ambientais decorrentes do projeto em discussão.

A participação da promotora foi registrada no parecer do senador Jorge Viana, relator da Matéria na Comissão de Meio Ambiente, que expressamente mencionou o posicionamento do MP-SP. “A Promotora enfatizou que as propostas para reduzir a proteção das Áreas de Preservação Permanente (APPs) ferem o direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, garantido pela Constituição Federal”, afirmou o senador no parecer.

Confira no mapa abaixo a diferença das áreas de topo de morro que são protegidas hoje e as que passarão a ser protegidas com a aprovação do Novo Código. As áreas protegidas estão representadas pela cor verde.

São José dos Campos: na área delimitada, as áreas de preservação de topo de morro passariam de 720 ha para 6,2 ha, aproximadamente.



Pelo Código atual



Pelo Novo código





segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Órgãos de trânsito não são mais obrigados a colocar aviso antes de radares


Correio Braziliense - Adriana Bernardes
Publicação: 25/12/2011 09:13 Atualização: 25/12/2011 09:19


Nova regra acaba com a exigência de sinalização que alerte sobre fiscalização eletrônica à frente





Evitar a multa por excesso de velocidade vai ficar mais difícil para o motorista habituado a desrespeitar a sinalização. A partir de agora, os órgãos de trânsito não precisam mais colocar placas avisando ao condutor onde existem pardais e barreiras. Para reduzir os acidentes e as mortes, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) acabou com a exigência de sinalização que estava em vigor desde 2006. Agora, valem as normas da Resolução 396, publicada no último dia 13.

Pelas novas regras, o poder público fica obrigado a sinalizar a velocidade da via e o motorista, a respeitar o limite fixado. Já nas rodovias, não é necessário nem sequer placa indicando o limite de velocidade permitido. Vale o que está no artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB): automóveis, caminhonetes e motocicletas devem trafegar a 110km/h; ônibus e micro-ônibus, a 90km/h; demais veículos, a 80km/h; e, nas estradas de terra, 60km/h para todos.

Vitória

A medida deve gerar polêmica e suscitar os argumentos de que a indústria da multa está de volta. Mas especialistas em trânsito comemoram a decisão do Contran. “O papel da fiscalização por parte do Estado deve ser preservado. É preciso deixar o poder público exercer o seu poder de fiscalização, sem obrigá-lo a contar que o está exercendo”, defende o professor de Engenharia de Tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César Marques da Silva.

Outro ponto positivo na nova resolução, segundo Marques, é a diferenciação entre controladores de velocidade — pardais e radares — e redutores de velocidade — barreiras eletrônicas e painéis com display. “São equipamentos com funções diferentes. Os primeiros são para obrigar o motorista a manter determinada velocidade. Os demais o obrigam, por alguma razão, a reduzir muito em determinado ponto”, explica Marques.

O desrespeito aos limites de velocidade, o uso do celular, a falta do uso do cinto de segurança e a combinação álcool e volante estão entre os principais fatores agravantes de acidentes. Além de dificultar a reação do motorista, ainda tornam os ferimentos mais graves. “O uso do álcool, as ultrapassagens indevidas e o excesso de velocidade são grandes problemas. As regras de trânsito e a sinalização das pistas não são brincadeira. Antes de tudo, foi feito um estudo de engenharia. Os acidentes muito graves e com morte normalmente são resultado de uma colisão frontal”, explicou ao Correio, na semana passada, o inspetor da superintendência da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Cotta.

O que diz a lei

Estudo técnico

A Resolução 396, do Contran, acaba com a obrigatoriedade de avisar ao motorista onde há fiscalização eletrônica. Nos locais onde não existe sinalização regulamentando a velocidade, os limites máximos deverão ser os fixados no artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro. Onde houver o medidor de velocidade fixo, o uso dos equipamentos móveis e portáteis somente poderão ser usados a uma distância mínima de 500 metros em vias urbanas e trechos de vias rurais com características de via urbana e a 2km de vias rurais e vias de trânsito rápido. A instalação de medidores de velocidade deve ser precedida de estudo técnico sobre a sua necessidade. O artigo 5º da Resolução 214/2006 obrigava os órgãos de trânsito a instalar sinalização vertical, informando a existência de fiscalização ao longo da via.




Novo bloco comercial rivaliza com o Mercosul



O Estado de S.Paulo

LISANDRA PARAGUASSU / BRASÍLIA

Chile, Peru, Colômbia e México criam o Acordo do Pacífico, que tem o objetivo principal de facilitar e aumentar o comércio entre esses países

Os governos do Chile, Peru, Colômbia e México formaram um novo bloco econômico que pode, pela primeira vez, representar um concorrente latino-americano à altura para o Mercosul. Sacramentado há duas semanas, em Mérida, no México, o Acordo do Pacífico já definiu a plataforma de funcionamento, que começa com um ambicioso cronograma de liberação comercial.

Ideia do ex-presidente peruano Alan Garcia - substituído pelo esquerdista Ollanta Humala em julho -, o Acordo do Pacífico é pragmático: o que importa aos quatro países é vender mais e comprar melhor. Sem a visão social do Mercosul, que trata de integração social, educacional, cultural e o que mais se puder lembrar, o Acordo quer apenas facilitar a troca de mercadorias entre os membros e ajudar na atração de investimentos e negócios com países de fora da região.

No seu cronograma de implantação, ganhou destaque a intenção de que, em seis meses, sejam eliminadas as regras de origem entre os quatro países e até 2020 estejam encerradas todas as obrigações de alfândega. O bloco pretende, ainda, permitir a livre circulação de pessoas e capitais até junho de 2012. Sem as eternas picuinhas sul-americanas - especialmente entre Argentina e Brasil - e com países até agora totalmente dedicados ao livre comércio, o bloco já nasce com um comércio interno de US$ 6 bilhões, obtido em 2010. A expectativa de seus membros é que alcance já este ano US$ 9 bilhões.

Atenção. Ainda assim, é uma troca inferior ao que os quatro países tiveram com o Brasil em 2010, quando o movimento comercial alcançou US$ 22 bilhões. Apesar disso, diplomatas brasileiros observam com atenção a criação do Acordo do Pacífico. O Brasil mantém relações excelentes com os quatro países, mas a economia nacional pode perder com o surgimento de um bloco em que os membros têm uma vocação para a liberalização do comércio.

A expectativa é que o México, mais industrializado, aumente sua entrada na América do Sul, o que já vem ocorrendo. E, também, que, juntos, os quatro possam atrair mais investimentos estrangeiros, especialmente chineses, interessados na produção de matéria-prima na região.

A pretensão de Alan Garcia ao sugerir a formação do bloco era contrapor o peso do Brasil na América Latina. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, também deixou claro que o Acordo seria uma maneira de "contrabalançar o Brasil" e unir a região, como explicou ao jornal The New York Times em março. Mas tudo isso pode não passar de desejo. O novo bloco se iguala ao Brasil em termos de população e tamanho do PIB. Politicamente, entretanto, nenhum dos quatro países tem a representação internacional que o Brasil tem hoje.

E, mais do que isso, pode não contar mais com uma adesão entusiasmada do Peru. Com Alan Garcia na presidência, a relação Brasil-Peru tinha altos e baixos. O então presidente peruano tinha uma relação protocolar com o ex-presidente Lula. Já Ollanta Humala tem emulado Lula, desde sua "Carta aos Peruanos", durante a campanha, até a tentativa, nesses primeiros meses, de fazer um governo com políticas sociais ao estilo brasileiro.

Humala diz que irá manter os compromissos do Acordo. Politicamente, no entanto, dificilmente irá romper com o vizinho mais próximo, mais poderoso e com dinheiro para financiar os projetos que pretende iniciar.

O que não falar no currículo

26 dez, 2011
Como descrever o seu perfil profissional?
Quanto mais conciso e direto for seu currículo, melhor. Por isso, evite abusar de palavras que podem acabar não ajudando na busca por um emprego.

Nesse mês, o LinkedIn divulgou a lista com os 10 termos mais usados nos currículos de brasileiros da rede profissional.





Veja alguns termos:

Focado em resultados – É um pré-requisito para qualquer um ser empregado. Independentemente da área que você vai trabalhar, resultados sempre serão bem vindos.

Motivado – A automotivação é um diferencial, mas espera-se de um profissional que ele tenha o mínimo de vontade de trabalhar.

Novas tecnologias – É um termo muito vago. O ideal é usar o nome da tecnologia e a versão que domina. Isso para quem está buscando faz diferença.

Criativo – Você é criativo? Faça com que o seu currículo contenha informações que justifiquem esse termo na sua descrição profissional. Dependendo da área de atuação, o termo nada acrescenta e é dispensável.

Novos desafios – É um termo muito genérico e não revela um traço da personalidade dele ou uma competência profissional. Quando o currículo é bem construído, o objetivo fica bastante claro.



Fonte: Exame