quinta-feira, 30 de agosto de 2012

SP terá monotrilho já em 2013


21/11/2011

A primeira etapa do projeto do monotrilho da extensão da Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, ligando a Vila Prudente a Cidade Tiradentes, deve ficar pronta em 2013. As obras do Expresso Tiradentes estão em andamento, com a implantação das vigas de concreto que sustentarão a via em elevado, na Zona Leste de São Paulo.

A linha do monotrilho terá 24 km de extensão, 17 estações e 54 trens. O sistema terá capacidade para transportar 48 mil passageiros por hora e por sentido, circulando com velocidade média operacional de 36 km/h e intervalo entre trens de 75 segundos. A viagem que hoje leva duas horas vai durar menos de uma.

Uma maquete em tamanho real foi exposta pela Bombardier, fabricante do monotrilho, durante a Feira Negócios nos Trilhos 2011, realizada no começo de novembro, em São Paulo, pela Revista Ferroviária.



Capixabas se preparam para receber ferrovia Vitória-Rio


29/08/2012 - A Gazeta/ES



O contrato de concessão da linha ferroviária do Rio de Janeiro - Campos -Vitória deverá estar assinado no segundo semestre de 2013, no período entre julho e setembro, de acordo com o cronograma do governo federal. A ferrovia fará a ligação do Espírito Santo com o Sudeste e as demais regiões do país.

A nova ligação, segundo o secretário estadual de Obras Públicas, Fábio Damasceno, “é de fundamental importância para a logística do Espírito Santo”. Pela ferrovia chegarão cargas de vários pontos do país para os terminais portuários instalados no Estado e também poderá ir para outras regiões as cargas desembarcadas no Espírito Santo.

Minério, produtos agrícolas (grãos principalmente), rochas ornamentais e cargas conteinerizadas deverão liderar a lista dos produtos que serão transportados pela ferrovia, explica o secretário.

Ele destaca que, além de garantir a ligação do Espírito Santo com a malha ferroviária do país, a linha férrea contribuirá para alavancar a economia dos municípios que serão cortados por ela ou terão proximidade.

Segundo Damasceno, há, dependendo do traçado, a possibilidade da construção de alguns ramais para interligar os municípios à estrada de ferro, gerando emprego e renda.

Além do transporte de cargas, o empreendimento viabilizará o transporte de passageiros de Vitória para o Rio de Janeiro e também para outros municípios da Região Sul do Estado, que será uma alternativa para quem usa o meio rodoviário.

O governo federal, lembra o secretário, está discutindo com a Vale a possibilidade de utilizar o projeto já pronto de um trecho da ferrovia. A mineradora tem aprovado e licenciado o projeto da Ferrovia Litorânea Sul, que vai de Vitória a Anchieta, até o Porto de Ubu.

De acordo com dados do Programa de Investimentos em Logística, anunciado pela presidente Dilma Rousseff, a ferrovia Espírito Santo-Rio de Janeiro está listada no grupo 2, que totaliza 7,4 mil km em extensão.

Conforme o cronograma divulgado pelo governo federal, os estudos de viabilidade deverão estar concluídos até fevereiro de 2013. As audiências públicas deverão ser realizadas ao longo de março.

Em maio do próximo ano, está prevista a publicação do edital licitatório e a concorrência deve ser acontecer em junho. A assinatura do contrato deverá ocorrer ainda em 2013, entre julho e setembro.

O programa do governo federal prevê investimentos de R$ 91 bilhões em ferrovias nos próximos 25 anos. De acordo com a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), as concessionárias do setor deverão abrir, até 2014, pelo menos mais 7.100 vagas. Depois, quando deverão começar as obras, a projeção é de que sejam oferecidas mais de 3.500 vagas por ano.







quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SENSORES MONITORARÃO OS SINAIS VITAIS DA TERRA


por Redação do The Economist


Sensor do projeto Neon nos Estados Unidos: cerca de 15 mil serão contruídos. Foto: Reprodução/Internet


Um plano de 30 anos para estudar a ecologia terrestre a partir dos Estados Unidos está prestes a começar.

A expressão Grande Ciência evoca a imagem de foguetes espaciais, telescópios e aceleradores de partículas. Os cientistas que usam binóculos e redes de borboleta raramente têm acesso aos recursos que fluem a partir dos chamados gestos científicos grandiosos. O que é surpreendente, uma vez que o habitat estudado pelos naturalistas, a terra firme, é o ambiente atualmente ocupado pela humanidade. Agora, um grupo de ecologistas norte-americanos, liderados por David Schimel, pretende corrigir esse desequilíbrio. Eles planejam revigorar o estudo da ecologia ao atribuir a este ramo a escala e ambição das Grande Ciência. Estão prestes a criar o Neon, o National Ecological Observatory Network (Rede de Observatórios Ecológicos Nacionais).

Encontrar recursos para esse projeto ambicioso, que será baseado em Boulder, Colorado, não tem sido fácil, mas após uma década de discussões e planejamento, a Fundação Nacional para a Ciência norte-americana conseguiu convencer o Congresso a reservar US$ 434 milhões do orçamento federal (tal valor equivale ao custo de uma sonda espacial modesta) para estabelecer o programa. O orçamento operacional será de cerca de US$ 80 milhões por ano.

A equipe de Schimel está começando a instalar sensores na paisagem. Tais operações já começaram em três locais no Colorado, Flórida e Massachusetts. Ao fim da instalação, 60 lugares espalhados pelo país serão monitorados simultaneamente. Uma vez que esta rede esteja totalmente instalada, em 2016, caso tudo dê certo, 15 mil sensores coletarão mais de 500 tipos de dados, incluindo temperatura, precipitação, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento, umidade, incidência de luz solar, nível de substâncias poluentes tais como ozônio, a quantidade de diversos nutrientes nos solos e rios, e as condições de vegetação e de vida microbial em determinadas áreas.

Esses instrumentos tomarão as mesmas medidas ao mesmo tempo e do mesmo modo em vários lugares. Ao coletar dados desta maneira padronizada, e ao fazê-lo em muitos lugares e por longos intervalos de tempo, Schimel espera alcançar a potência estatística necessária para transformar o estudo da ecologia em um empreendimento de escala industrial. A ideia é observar como ecossistemas respondem a mudanças no clima e no uso da terra e à chegada de novas espécies. Isso permitirá que a equipe desenvolva modelos capazes de prever o futuro de um ecossistema e de permitir que os formuladores de políticas públicas avaliem as consequências de diversos planos de ação.



* Publicado originalmente no jornal The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.



7 motivos por que você ainda não é chefe


Empacado na carreira? Veja o que pode estar impedindo você de alcançar um posto de liderança (caso isso esteja em seus planos profissionais)


Talita Abrantes, de Exame

São Paulo - Os anos passam, resultados são entregues, muitos sobem e você ainda não chegou ao cargo de chefia. Se você não mira uma carreira em Y (aquela dedicada para quem tem um perfil mais técnico), provavelmente, se questiona sobre os motivos para não progredir para um cargo executivo.



O erro pode, sim, estar na empresa. Mas, em alguns casos, a culpa também é do profissional que, segundo especialistas, não sabe se posicionar. Confira os erros mais comuns que impedem que você alcance um cargo de chefia.


1. Você vive numa clausura profissional

Um dos principais erros de quem mira um cargo de chefia – mas nunca conseguiu chegar perto deste estágio na hierarquia – é se isolar do resto do mundo corporativo. Estes profissionais até podem executar suas responsabilidade com maestria, mas pecam por não ter uma visão global do negócio em que estão inseridos.

A consequência desta postura é uma “visão míope, fragmentada com relação ao próprio trabalho”, como classifica Fátima Motta, sócia da F&M Consultores. E, portanto, um olhar incoerente com a missão de um bom líder.

Dica Passo número 1 para ampliar seu olhar sobre o próprio trabalho? Saia da sua baia de vez em quando para ver como outras áreas atuam. Leia notícias sobre o setor em que está inserido, fique de olho em como a concorrência atua e como seu trabalho está relacionado com outras áreas dentro da empresas.

Esta visão do todo é essencial para dar um significado para além do seu departamento para cada mínima atividade que você exerce. Com essa concepção do todo em mãos, você estará pronto para propor soluções possíveis para seu próprio departamento, além de desempenhar seu trabalho com excelência.

“Existem profissionais que andam muito bem pelas estruturas da empresa, se dão bem em outras áreas. Essa habilidade de relacionamento é um cartão de visitas e tanto”, diz Dill Casella, autor do livro “Atitude e Altitude” (Editora Vozes).


2. Você não vai além o suficiente

Regra de ouro para ser promovido? Vá além, sempre. Apostar na ideia de “faço apenas o que mandam ou o que está na descrição do meu cargo” não é a fórmula ideal para chegar ao cargo de chefia.

“Quem é visto para cargos de liderança extrapola o seu cargo. Não é fazer mais do mesmo, é gerar resultados para além do esperado”, diz Fátima. “É ser aquela pessoa que não espera que os outros a cutuquem para fazer mais. É ser uma pessoa que oferece seu melhor sempre, que não fica com uma visão mecanicista e pequena”.

Dica A dica não é trabalhar mais e virar um workaholic. Ao contrário. Quanto mais focado em seus objetivos (e no que a empresa quer) você estiver, mais chances terá de surpreender – sem ter que sacrificar sua vida por isso.


3. Você não tem equilíbrio emocional

“As pessoas se desenvolvem muito no aspecto técnico e não tanto no comportamental. Às vezes, são brilhantes analistas, mas se esquecem da importância do aspecto comportamental”, afirma Fátima Motta, sócia da F&M Consultores.

Ataques de raiva, desestabilização emocional, não saber separar problemas pessoais da rotina profissional, entre outros sinais de que seus sentimentos e emoções não estão em ordem acabam trabalhando contra sua trajetória profissional.

Dica Além de dar o seu melhor no trabalho, invista também em atividades que garantam a sua sanidade mental. Fazer atividades artísticas, esportes ou ter um hobby é essencial para conseguir ter as emoções em ordem.


4. Você não inspira (nem se relaciona)

Nesta toada, a maneira como você lida com as pessoas ao seu redor também conta pontos para a sua ascensão ao topo da corporação. “Não é ser legal com todo mundo. É muito mais. É ser uma pessoa que transforma seus relacionamentos em algo produtivos. Que influencia os outros e é influenciada”, diz Fátima.

Dica Seja uma pessoa aberta e carismática. Realmente, se importe com os outros. Mas não só isso. Seja uma autoridade nos assuntos relacionados ao seu trabalho. “A questão é ser uma pessoa convincente não só porque sabe se comunicar bem, mas porque tem uma visão ampla do negócio”, diz Fátima.

Para explicar isso, Casella afirma que autoridade é diferente de poder. “É a maneira de levar as pessoas a fazer de boa vontade o que você quer por causa de uma influência pessoal”, diz. “Existem lideranças que não estão em cargos de chefia, mas que sabem influenciar”, afirma Casella. E é isso que deve estar na sua mira.


5. Você não deixa claro que joga no mesmo time

Da hora que você chega na empresa até a hora que você sai, a meta é reclamar de tudo. A atitude diante de novos desafios não é diferente: sempre uma cara feia para tudo que pode demandar um pouco mais de esforço. Com uma postura deste tipo, como você quer subir na empresa?

Dica A dica, segundo Fátima, é mostrar que você está jogando no mesmo time. “Deixe claro que seus valores são similares aos da companhia e que você está comprometido”, diz a especialista.

“Nem sempre o líder precisa ter habilidades técnicas relevantes. Mas, com certeza, precisa ter habilidades conceituais, de gestão e aderência com os valores da empresa”, afirma Casella.


6. Você não se vende

Agora, não adianta fazer tudo isso se, no dia-a-dia, você não mostra o que você está fazendo. Sem deixar claro quais são as suas habilidades e conquistas, como você será visto?

Dica “A galinha sempre que bota o ovo, cacareja. Não estou falando para cacarejar sem botar ovo”, brinca a especialista. “Se produziu, faça marketing disso. Não é uma visão de autopromoção boba, mas sim mostrar quem você é”.



7. Você não assume riscos

Você pode até ter todas as características essenciais para ser um bom líder, mas se morre de medo de se arriscar. E isso vale desde sugerir uma ideia durante uma reunião até apostar em ideias mais ousadas.

Dica “As regras existem ,você tem que seguir. Mas pode quebrá-las de vez em quando. Não é porque a regra dita para ir para a esquerda que você não pode tentar a direita”, afirma Dill. Evidentemente, desde que isso não esteja totalmente em desacordo com os valores da empresa. “Criar uma postura empreendedora é importante”, aconselha o especialista.


Fonte: http://www.exame.com.br



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

5 toques para se sair bem mesmo quando o erro é grave


Cometeu uma falta grave e não sabe o que fazer? Especialistas dão dicas para encarar a situação da melhor forma possível

Camila Pati,  da EXAME


Antes e depois: mesmo bem intencionada a restauradora Cecília Giménez não fez um bom trabalho

São Paulo - A intenção parece ter sido a melhor possível, mas o resultado foi um desastre. Na cidade de Borja, província espanhola de Saragoça, Cecília Giménez, ao perceber que o quadro Ecce Homo - do pintor espanhol Elías García Martinez - estava maltratado pelo tempo, teve a brilhante ideia de restaurá-lo por conta própria.

As pinceladas da idosa de 80 anos, amadora na arte da restauração, acabaram por danificar a obra do século19. Apesar de especialistas ainda estudarem o caso, parece que o estrago não tem volta.

Toda pessoa é passível de cometer erros ao longo da vida e também da carreira profissional. Mesmo a mais nobre das finalidades não significa que a empreitada terá sucesso. Mas, qual a melhor maneira de agir quando a falha é grave? EXAME.com consultou dois especialistas para saber o que fazer quando o erro vem:



1. Reconheça o erro e assuma

A primeira ação, ao se deparar com o erro, é examinar as possibilidades de consertar a situação e evitar a falha, diz Gerson Correia, sócio da Talent Solution. “Mas, muitas vezes, isso não é mais possível”, diz.

Se não há solução, a etapa mais importante em uma situação delicada como essa: assuma. “É o melhor a se fazer”, diz o especialista. “Erros são feitos para serem cometidos e serem assumidos”, explica.

“Transparência gera confiança”, diz Alexandre Rangel, sócio da Alliance Coaching. Na opinião do especialista, a humildade de reconhecer o erro aumenta as chances de a falha ser mais bem recebida.

A maneira como o erro é apresentado pode fazer toda a diferença, diz Gerson. A dica é fugir de uma posição defensiva.

“Você tem razão, isso não poderia ter acontecido, mas aconteceu” ou “no seu lugar eu estaria ainda mais irritado”, são frases certeiras na hora de se explicar para o chefe ou um cliente. “Você desarma a pessoa, ela não tem mais com quem brigar”, diz Correia.


2. Pense nas implicações do erro


Analise a falha. Quais as decorrências do seu erro? “Nem sempre as pessoas estão estruturadas para fazer isso”, diz Rangel.O essencial é identificar quem será afetado pelo erro cometido. É a empresa? É o cliente? É um colega de trabalho? É o seu chefe? Ou é você mesmo?


3. Identifique soluções

Existem erros graves reversíveis e irreversíveis. O quadro “Ecce Homo” não deverá nunca ser recuperado. Falha irreversível, portanto, sem solução. “Diante de uma falha assim o caminho é assumir a responsabilidade e as consequências”, diz Rangel.

O especialista conta a história de um gerente de uma empresa que participaria de uma licitação de R$ 1 milhão. Mas, por falta de conferência, faltou um documento que a empresa tinha e que era requisito para a participação. A empresa acabou ficando de fora da concorrência por conta do erro do gerente. Ele assumiu a falha e encarou as consequências. Mas não teve jeito: foi demitido.

Mas quando se trata de um erro reversível, o caminho, diz Rangel, é assumir e tentar resolver a situação. “A dica é identificar as melhores soluções para serem sugeridas”. Apresentar um problema seguido de uma possível solução minimiza prejuízos e demonstra comprometimento com o trabalho.


4. Antecipe e previna os implicados

Essa dica é fundamental para você não ter que ouvir a seguinte frase: “Por que você não me avisou antes?”. “Grande parte dos aborrecimentos ocorrem porque a pessoa não antecipa quem será diretamente implicado pelo erro”, diz Rangel.

Não vai cumprir o prazo e precisa de mais tempo? Avise o quanto antes. “Dessa maneira quem for ser afetado pode tomar medidas alternativas”, explica Rangel.


5. Aja para resolver

Corra atrás do prejuízo. “É preciso ser proativo nessas horas”, diz Rangel. Com dedicação e afinco muitas vezes dá para minimizar danos e até resolver a situação.

Ok, você errou e assumiu a falha. Erga a cabeça e reverta a situação da melhor forma possível: trabalhando. “Se é um projeto ou uma apresentação que ainda não foi entregue e está com os cálculos errados, a pessoa pode trabalhar no fim de semana ou fazer horas extras durante a semana (sem cobrar por isso) e corrigir os erros”, sugere Correia.






O bom-senso é fundamental

01/06/2012 por Fabio Luiz

A coisa mais importante para um profissional em sua carreira é a ética. “Ética é inegociável” dizia Pedro Moreira Salles então presidente do Unibanco em 2008 quando falava com seus funcionários. Acho que ele dizia isso porque, da mesma forma que uma mulher não pode ficar “meio grávida” também não se pode ser “meio ético”.

Você é ético ou não é. E acredito que ser ético é o maior patrimônio que um profissional pode ostentar em sua carreira e em sua vida. Performar, entregar as metas, cumprir prazos são coisas transitórias. Você pode não conseguir isso hoje e voltar a conseguir amanhã. Perca a ética uma única vez e você terá comprometida sua posição para sempre.


Ma há um outro valor bastante importante na vida profissional. E se não é tão crucial quanto a ética é igualmente visível quando falta: o bom-senso.

Convencionamos chamar de bom-senso um conjunto de qualidades que são muito difíceis de serem vistas juntas em uma mesma pessoa. Pode ser aquela parada para ouvir melhor uma idéia antes de tomar uma decisão. Pode ser a atitude de ponderar melhor sobre os fatos antes de seguir adiante. Pode até ser decidir não seguir adiante em uma situação potencialmente infrutífera para os negócios. É difícil de materializar o que seja o bom-senso, mas é muito fácil vê-lo em ação e mais fácil ainda notar quando ele não está presente.

Estamos em ano eleitoral. O TSE definiu que os candidatos não podem fazer propaganda eleitoral antecipada nas redes sociais. E enquanto está fazendo cuprir a lei, que proíbe a prática publicitária antes do período regulamentar, esqueceu que dentro de suas dependências os servidores não podem usar as redes sociais por questão de política de acesso à internet. Como os servidores devem fiscalizar os candidatos? Saindo do trabalho e indo à lan houses? De casa, depois do expediente? Obviamente falta bom senso.

A culpa não é do TSE. A lei brasileira é ultrapassada e, ao mesmo tempo que proíbe a prática, não previu a popularização (ou sequer o surgimento) das redes sociais. E agora que estas são realidade ninguém sabe, legalmente, como lidar com elas.

Uma conhecida minha conseguiu uma entrevista de emprego em uma empresa relativamente longe de sua casa. Seria necessário pegar dois ônibus para comparecer e como a entrevista foi marcada para as 14hs ela teve que antecipar seu almoço (e mudar toda programação do seu dia) para chegar à tempo. Quando ela chegou à empresa foi solicitado que aguardasse na recepção, onde havia apenas 2 cadeiras já ocupadas. Aguardou em pé por mais de 40 minutos até receber a informação de que a pessoa que lhe entrevistaria estava em uma reunião e atenderia assim que pudesse.

Mais de uma hora se passou antes que ela conseguisse sentar. E foram mais 30 minutos até que alguém lhe informasse que a pessoa responsável pela entrevista não poderia atendê-la. Ainda que estivesse, provavelmente, com seu currículo em mãos o entrevistador pediu para que ela deixasse o telefone. Ele ligaria para agendar um novo horário. Ela saiu sem fazer a entrevista e não lhe ofereceram sequer um copo de água em troca das mais de 2 horas de seu dia empenhadas para nada. Amargando o tempo de condução e a frustração ela me contou essa estória.

Eu lhe dei os parabéns! Foi muito bom para ela ter escapado de trabalhar em uma empresa que trata tão displicentemente as pessoas e que tem profissionais com pouco ou nenhum bom-senso. E recomendei que, da parte dela, use o seu próprio bom-senso e agradeça ao entrevistador, quando ligar, mas diga que prefere não fazer a entrevista lá.

Postado em Desenvolvimento Pessoal, Vida Profissional por Fabio Luiz. Bookmark

Escola do Aço da Votorantim abre vagas

Os pecados capitais na vida profissional


Você comete alguns deles? Veja como evitar as penitências!
por Cezar Tegon*


Frequentemente recebo pedidos de entrevistas abordando formas de comportamento no mundo coorporativo. Na grande maioria das vezes são perguntas muito parecidas: “o que fazer”, “o que deve ser evitado”, “como se portar diante de algumas situações”, etc.

Na última semana, recebi uma solicitação de nossa assessoria de imprensa para abordar exatamente este tema: Comportamento no Mundo Coorporativo. Agendei horário para entrevista e pensei que já soubesse quais seriam as perguntas, mas fui surpreendido pela forma como o assunto foi abordado. Ao invés das perguntas conhecidas, a repórter fez um paralelo com os pecados capitais, então precisei parar e refletir para poder responder.

Ao refletir sobre as perguntas e as possíveis respostas, pensei também se eu mesmo não estava cometendo alguns dos pecados, se deveria pagar alguma penitência por eles e como poderia evitá-los.

Gostaria de compartilhar esse assunto com vocês, para que também pudessem fazer suas avaliações. Vamos a eles:

Gula

Uma pessoa com gula tem o desejo insaciável, além do necessário, em geral por comida, bebida ou intoxicantes. Podemos dizer que nas empresas ou nos clubes cometem o pecado da gula aqueles profissionais que antes de iniciar uma tarefa querem saber o que vão ganhar com aquilo, o quanto vão ganhar. Estão sempre de olho no que vão receber, no que podem pedir em troca.

A penitência para esses profissionais é ficarem "mal vistos" pelos demais, acabando por perder oportunidades e sendo excluídos do grupo, pois as pessoas, antes de delegarem uma tarefa extra ou de pedirem algo para o glutão, pensam: "não vou pedir para ele, pois ele sempre quer algo em troca" ou "ele sempre pede mais do que precisa, mais do que vale a tarefa".

Dica de como lidar com essa situação: ganhar é sempre bom, mas ninguém ganha antes de contribuir antes de fazer algo; por isso fique atento ao que acontece ao seu redor, veja como pode contribuir com a equipe, sem que os ganhos sejam imediatos. Aliás, pode ser que não ocorram ganhos imediatos, mas o fato de contribuir e se engajar com a equipe poderá trazer ganhos futuros e consolidar relacionamentos que podem abrir outras portas dentro e fora da empresa.


Avareza

Uma pessoa avarenta tem dificuldade de abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca. Nas empresas ou nos clubes, o profissional avarento é aquele que não quer compartilhar o conhecimento, o famoso "sonegador", quer manter segredo do que faz, de como faz, acha que essa atitude lhe dá poder. Hoje, ao contrário do que pensa o avarento, compartilhar o conhecimento é o segredo do sucesso. A diferença não está mais no conhecimento teórico - isso é facilmente encontrado em qualquer pesquisa no Google, e sim em como usar o conhecimento adquirido para fazer algo diferente.

A penitência para os avarentos é ficar cada vez mais isolado, pois quem não está disposto a contribuir, também recebe poucas contribuições e hoje, quando a troca de informações é vital para o sucesso, um avarento está com os dias contados em qualquer empresa.

Dica de como lidar com essa situação: saber sobre algo, ter conhecimento teórico é uma grande qualidade, mas essa qualidade pode ser multiplicada se você usar o conhecimento para contribuir com um grupo ou em projeto. Tente fazer isso algumas vezes e verá que os resultados serão surpreendentes.

Luxúria

Uma pessoa embebida pela luxúria age numa busca desenfreada pelo prazer, um prazer pelo excesso. Nas empresas ou nos clubes, luxúria pode ser classificada como assédio sexual ou assédio moral. Casos desse tipo foram um problema muito sério no Brasil, principalmente nos tempos dos excessos de autoridade dos líderes, agravado pela impunidade e desemprego em alta. Hoje estes casos podem ser classificados como exceção.

A penitência para esses casos vai além de uma simples advertência ou demissão, pois implica em aspectos legais. O profissional que cometer esse crime responderá judicialmente por ele.

Dica de como lidar com essa situação: se você sente esse prazer em excesso, essa busca louca pelo prazer e consegue perceber isso, pare imediatamente, pois ainda há uma chance de impedir que algo de errado aconteça. Procure ajuda de um profissional da área da saúde.


Ira

Uma pessoa em estado de ira tem o intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio, rancor que pode ou não gerar sentimento de vingança. Nas empresas ou nos clubes, os profissionais que cometem esse pecado são aqueles que enxergam os problemas em tudo. Ao invés de verem soluções, fazem críticas e críticas duras a tudo e a todos, com raiva, mesmo: nunca nada está bom para o profissional irado e rancoroso.

A penitência é que ficam pouco tempo nas empresas, são excluídos dos grupos rapidamente.

Dica de como lidar com essa situação: se você sente raiva de tudo e de todos, algo não vai bem, com certeza não está tudo errado e todos não estão errados. Procure identificar o que te incomoda de fato e resolva essa situação. Paralelamente, antes de tomar qualquer atitude, pense, reflita o que sua ação pode causar de danos para você mesmo e se existem outras formas de lidar com a situação. Só depois de parar, respirar, pensar de novo, volte a agir. Fazendo assim, seu excesso de raiva será minimizado e você e todos que vivem ao seu redor terão uma rotina mais tranquila.


Inveja

A pessoa invejosa tem um sentimento gerado pelo egocentrismo e pela soberba de querer ser maior e melhor que todos. O profissional invejoso normalmente faz pouco e reclama dos que fazem e são gratificados por isso. É comum um invejoso classificar os mais trabalhadores e os mais talentosos como "puxa sacos" ou "sortudos", afinal ele tem que justificar para si mesmo sua incompetência.

A penitência para o invejoso, na melhor das hipóteses, é ficar estagnado em sua posição.

Dica de como lidar com essa situação: antes de ficar com inveja da conquista dos outros e taxá-los de "sortudos" ou "puxa sacos", tente entender o que eles fizeram para alcançar seus objetivos e veja se você está disposto a fazer o mesmo. Se estiver, vá em frente e chegará lá também. Agora, se não estiver disposto, pare de reclamar e continue vivendo e tendo os resultados compatíveis com suas entregas.


Preguiça

Uma pessoa preguiçosa pode ser interpretada como quem tem aversão ao trabalho, bem como negligente e lento ao realizar suas atividades. O profissional preguiçoso é aquele que está sempre fugindo de mais trabalho, dá pouca atenção aos detalhes, não é caprichoso, quer fazer sempre menos que o possível, não gosta de pensar, cumpre a "tabela", segue a risca os horários de almoço e de saída. Pode ser até querido pelo grupo, pois normalmente são bem humorados e não arrumam "encrenca" com ninguém.

A penitência para o preguiçoso, na melhor das hipóteses, é ficar estagnado em sua posição. Seu emprego corre risco quando encontra pela frente um líder atento, que sabe que este tipo de profissional destrói a moral da equipe.

Dica de como lidar com essa situação: sair da estagnação é complicado. Os primeiros passos, aqueles que começam a dar velocidade, são os mais difíceis, mas se você quer de fato deixar a preguiça de lado, vá em frente! A boa notícia é que a cada passo dado, a estagnação fica mais longe e a velocidade aumenta com mais facilidade.


Soberba

Uma pessoa com soberba é caracterizada pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, com manifestação latente de arrogância. O profissional que comete esse pecado é aquele que se acha mais importante do que de fato é. Na sua visão, ele é insubstituível, faz mais e melhor que os outros e age assim sem perceber. Todos percebem sua soberba, menos ele. Os outros descrevem ele da seguinte forma: "Se fulano fosse tão bom quanto pensa que é, ele seria um ótimo profissional". Diferentemente do preguiçoso, normalmente o soberbo não é uma pessoa querida.

A penitência pela soberba é perder oportunidades de aprender e crescer nas organizações.

Dica de como lidar com essa situação: antes de achar que sabe tudo, que pode tudo, que é o melhor em tudo, procure ver como pode aprender ainda mais, ser ainda melhor no que faz e ver se alguém já fez ou faz o que você se acha único. Agindo assim, você poderá aprender e agregar ainda mais qualidades às que já twm e, paralelamente, deixará sua arrogância de lado, o que isoladamente já será um ganho enorme.

É isto, reflita e veja se esta cometendo algum pecado e se ainda é tempo de evitar as penitências e fugir delas.


Abraços.



*Cezar Tegon é graduado em Estudos Sociais, Administração de Empresas e Direito. É Presidente da Elancers e Sócio Diretor da Consultants Group by Tegon. Com experiência de 30 anos na área de RH, é pioneiro no Brasil em construção e implementação de soluções informatizadas para RH. Diretor de novos produtos da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional), é membro de criação do CONARH.