sexta-feira, 29 de junho de 2012

ThyssenKrupp contrata bancos para avaliar venda da CSA e de usina nos EUA



Valor total das unidades é de 7 bilhões de euros

O GLOBO, COM AGÊNCIAS
Publicado: 27/06/12 - 10h08
Atualizado: 27/06/12 - 10h08

FRANKFURT — O grupo siderúrgico alemão ThyssenKrupp afirmou nesta quarta-feira que contratou o Goldman Sachs e o Morgan Stanley para examinar opções estratégicas para a unidade Steel Americas, formada por Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) — localizada no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio — e uma usina nos Estados Unidos.

“Isso pode envolver uma parceria ou venda para um melhor controlador cuja estratégia possa melhor utilizar a qualidade e competitividade das usinas”, disse a ThyssenKrupp em comunicado nesta quarta-feira.

O grupo alemão anunciou sua intenção de colocar à venda sua participação de 73% na CSA e sua recém construída usina de aços planos no Alabama em meados de maio, após anos de atrasos e estouros de orçamento na finalização das unidades.

A ThyssenKrupp investiu um total de 12 bilhões de euros (US$ 15 bilhões) nas duas usinas no Brasil e EUA e informou que o valor das unidades é de 7 bilhões de euros.

A alemã detém 73% da CSA; o restante está nas mãos da Vale. A entrada da ThyssenKrupp na siderúrgica representou o maior investimento estrangeiro no Brasil na década passada, com um custo estimado em US$ 9 bilhões. A planta vem operando há mais de dois anos, mas seu valor foi reduzido para US$ 5 bilhões, na opinião de alguns analistas.

Há algmas semanas, o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, confirmou interesse na CSA, mas disse que ainda aguarda os dados sobre a operação para estudar uma proposta. Já o presidente-executivo da Gerdau, maior produtora de aços longos das Américas, André Gerdau Johannpeter, afirmou na terça-feira que a companhia não está interessada na CSA — que produz placas de aço semi-acabadas para serem laminadas nos EUA.

Segundo notícias divulgadas há algumas semanas, o governo brasileiro quer evitar que o ThyssenKrupp venda sua participação para outro grupo estrangeiro, e contatou outros grupos nacionais para verificar seu apetite pela CSA.



Venda de CSA é cada vez mais difícil


Siderúrgica anunciou um prejuízo de R$ 7,97 bilhões no último ano fiscal

MARCIO BECK
Publicado: 27/06/12 - 22h58
Atualizado: 27/06/12 - 22h59

RIO — O prejuízo de R$ 7,97 bilhões no ano fiscal de 2011 (outubro de 2010 a setembro de 2011) divulgado na terça-feira pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) torna ainda mais difícil a venda da parte da ThyssenKrupp no empreendimento e quase impossível a recuperação do investimento feito até agora, dizem analistas do setor de siderurgia. O grupo siderúrgico alemão contratou o Goldman Sachs e o Morgan Stanley para examinar opções estratégicas para a unidade Steel Americas, formada por Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) — localizada no bairro de Santa Cruz, Zona Oeste do Rio — e uma usina nos Estados Unidos.

Os analistas também afirmam que não há perspectivas, nem a curto nem a médio prazo, de melhoria na demanda internacional por aço. O excedente mundial de aço — em torno dos 530 milhões de toneladas — equivale ao consumo mundial de vários meses. E as indústrias que são suas principais consumidoras, como a automotiva, reduzem a atividade com a crise mundial.

— Ela (ThyssenKrupp) pode até conseguir vender (a CSA), mas não vai ser por um valor expressivo — afirma Pedro Galdi, da SLW Corretora. — Um investimento como esse demora anos para atingir a maturidade, e o cenário mudou completamente desde que a planta começou a ser construída. Se alguém for comprar, vai ser olhando muito a longo prazo.

O analista sênior da Geração Futuro Rafael Weber concorda que o preço será afetado.

— Não acho que eles não vão conseguir vender, mas vai ter um deságio grande, certamente — opina Weber.

Para Daniella Maia, analista-chefe da Ativa Corretora, as empresas ficam receosas de fazer uma aposta em um futuro incerto.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Em 2050, consumo mundial de aço será em 3 bilhões de toneladas ao ano



27/06/2012 - 13:26:58
Por Stella Fontes
Valor


SÃO PAULO - O consumo mundial de aço, que no ano passado ficou em torno de 1,5 bilhão de toneladas, deverá duplicar até 2050 e se estabilizar em até 3 bilhões de toneladas anuais, de acordo com projeções da World Steel Association (WSA), entidade que reúne produtores de 62 países e representa aproximadamente 85% da produção global do insumo.









Esse crescimento, segundo Edwin Basson, diretor-geral da WSA, será impulsionado sobretudo pela expansão da população mundial, com consequente aumento da demanda por produtos siderúgicos. "Acho que podemos ser otimistas para o futuro. Não existe sociedade moderna sem aço", afirmou Basson, que participa hoje do 23º Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo.

Também no longo prazo, a expectativa é de equilíbrio entre oferta e demanda de aço globalmente, com assimilação dos excessos de capacidade que pressionam a rentabilidade da siderurgia atualmente. "Mas esse excesso de capacidade não será absorvido no curto prazo", disse.

Conforme Basson, a disponibilidade de matérias-primas vai forçar ajustes na cadeia produtiva do aço nos próximos anos, especialmente em termos tecnológicos.

Em relação ao minério de ferro, destacou, há oferta em níveis crescentes, porém com qualidade inferior. "Ainda assim, haverá disponibilidade", afirmou.

No caso do carvão, o cenário das siderúrgicas é mais complicado. "A disponibilidade vem declinando rapidamente e isso obrigará as empresas a promoverem mudanças tecnológicas."







segunda-feira, 25 de junho de 2012

A tartaruga gigante George, o Solitário, o último exemplar de sua subespécie, morreu neste domingo nas Ilhas Galápagos.


Foi extinta ontem, a tartaruga gigante de galápagos.

Morreu a tartaruga “George” a última da espécie. Ainda será investigada ainda a causa de sua morte, já que ela deveria ter vivido o dobro de tempo que viveu. Morreu com 100 anos, e deveria ter vivido pelo menos 200. Como não reproduziu, acabou de oficializar-se sua extinção. Notícia difícil de engolir.

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Tartaruga viveu cem anos, mas não foi capaz de procriar

O animal viveu por cem anos, mas não foi capaz de procriar. Com isso, sua subespécie deve ficar extinta.

Fausto Llerena, funcionário do Parque Nacional de Galápagos que cuidou de George durante 40 anos, diz que foi pego de surpresa pela morte da tartaruga, já que ela parecia estar bem de saúde.

O corpo do animal será submetido a uma autópsia e, depois, será embalsamado.

Segundo Edwin Naula, diretor do parque de Galápagos, diz que o objetivo é preservar George para as próximas gerações e manter viva a mensagem de preservação do meio ambiente.