quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

AMBIENTE E CAIXA FIRMAM PARCERIA PARA IMPLANTAR PROJETOS DE MDL

18/ 01/ 2010

A Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) e a Caixa Econômica Federal assinam acordo de cooperação técnica com o objetivo de realizar estudo destinado à implantação de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL). O acordo prevê ainda a obtenção de créditos de carbono nos consórcios públicos que estão sendo criados pela SEA, que serão comercializados com apoio do Banco Mundial.

O documento será assinado pela secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, e por dois superintendentes da Caixa: Rogério Tavares (nacional de Saneamento e Infraestrutura) e Nelma Tavares (regional do Rio de Janeiro). A cerimônia acontece nesta terça-feira (19/01), às 14h, na sede da SEA, na Avenida Venezuela, 110 – 5º. Andar, Praça Mauá, Centro.

O MDL está inserido no artigo 12 do Protocolo de Kyoto. Fruto de uma proposta brasileira, ele auxilia os países emergentes a alcançarem o desenvolvimento sustentável e se beneficiarem de atividades de projetos que resultem em Reduções Certificadas de Emissões, mediante oferta de capital para financiamento de projetos destinados à redução de gases de efeito-estufa.

Países em Desenvolvimento podem implementar projetos que contribuam para o desenvolvimento sustentável e que apresentem redução de gases do efeito estufa. O MDL visa ao alcance do desenvolvimento sustentável nesses países a partir da implantação de tecnologias mais limpas, baseados em fontes renováveis e alternativas de energia ou reflorestamento.

O primeiro projeto de MDL aprovado pela ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário NovaGerar, no Rio de Janeiro, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária. Já o aterro sanitário Bandeirantes, em São Paulo, realizou o primeiro leilão de RCE’s (Reduções Certificadas de Emissões) através da Bolsa de Valores no mundo. A vencedora foi uma empresa da Holanda.

Os projetos de MDL são validados por regras da Organização das Nações Unidas (ONU) e dos governos, no caso brasileiro, por meio da Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. Segundo um pesquisador do Centro de Estudos em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade do Estado de São Paulo (USP), Marcelo Rocha, o mercado de carbono movimenta 10 bilhões de euros por ano no mundo. O Brasil ocupa a terceira posição entre os vendedores de crédito, atrás da China e da Índia.

Dos 781 projetos de créditos de carbono já registrados na ONU, 109 são brasileiros. Segundo o pesquisador, as iniciativas brasileiras são responsáveis por 16% das 79 milhões de Unidades de Redução Certificadas de Emissão (RCE) emitidas pelas Nações Unidas. Os projetos mais comuns são iniciativas de produção de energia renováveis que não emitem gases do efeito estufa.

Quando: Terça-feira (19/01), às 14h
Onde: Gabinete da Secretaria de Estado do Ambiente, Avenida Venezuela, nº 110, 5º andar, Praça Mauá, próximo ao prédio da Polícia Federal.

Por Ascom SEA

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