terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Indústria brasileira do aço assume metas de redução de CO2A

A indústria brasileira do aço foi o único setor industrial no País a assumir metas voluntárias de redução de emissão de CO , como forma de contribuição para o posicionamento do Brasil na Conferência do Clima (COP-15) que ocorre na Dinamarca. Até 2020, o objetivo é reduzir de 8 a 10 milhões de toneladas de emissão de CO . O setor deve ter, nos próximos anos, a totalidade do carvão vegetal usado em seu processo produtivo proveniente de florestas plantadas. Hoje, 5% da produção de aço no Brasil está baseada na rota de produção a carvão vegetal. Outros 25% usam sucata e os 70% restantes são a base de carvão mineral / coque.



A quase totalidade do aço, ao final de sua vida útil, volta para os fornos das usinas sob a forma de sucata, tendo em vista ser este material 100% reciclável. O

consumo de sucata só não é maior porque não há geração suficiente no país devido ao nosso baixo consumo per capita quando comparado a outros países. Há mais de 20 anos o valor está em cerca de 100 kg/hab/ano, enquanto na China esse valor passa de 300 kg/hab/ano e na Espanha está acima de 500 kg/hab/ano.



A indústria brasileira do aço busca aumentar o consumo de aço por ser este indispensável ao processo de desenvolvimento da economia do País, mas sempre seguindo os princípios e valores do desenvolvimento sustentável. Isso significa uso racional dos recursos naturais e insumos e adoção de métodos gerenciais e normas orientadas à operação das unidades siderúrgicas em padrões ambientais adequados. O setor investe em diversas iniciativas com foco na sustentabilidade. Entre elas estão elas:

· Os gases de coqueria e de alto-forno gerados na rota a carvão mineral são aproveitados para a cogeração de energia elétrica. A capacidade instalada de co-geração é um pouco acima de 1.000 MWh, permitindo gerar montante de eletricidade superior a 7,8 milhões deMWhpor ano;

· 100% das escórias de alto-forno são utilizadas para produção de cimento, em substituição ao clinquer, reduzindo significativamente as emissões de CO desse processo;

· A indústria brasileira do aço tem presentemente 11 projetos de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) em operação ou avançado estágio de desenvolvimento.



Todas as empresas produtoras de aço no Brasil participam de projetos consorciados a nível mundial destinados a desenvolver tecnologias inovadoras de redução de emissão deCO no processo siderúrgico. No momento em que todos os países estão discutindo o que fazer para reduzir os impactos das emissões de CO , a indústria brasileira do aço une seus esforços, defendendo que:

· As medidas adotadas sejam de caráter voluntário;

· Haja preservação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, para geração de créditos de carbono para o País;

· Sejam realizados estudos para avaliação das oportunidades e riscos à competitividade dos produtos brasileiros, devido a regulamentação nacional e internacional;

· Sejam criados mecanismos de incentivo e de financiamento para o desenvolvimento e transferência de tecnologias que possibilitem a redução das emissões de gases de efeito estufa.



Visite www.acobrasil.org.br e saiba mais sobre as iniciativas da indústria brasileira do aço em relação à sustentabilidade.

Nenhum comentário: