quarta-feira, 25 de abril de 2012

Em 2012, empregabilidade para engenheiros será de 100%

Mercado brasileiro tem um déficit de aproximadamente duzentos mil profissionais da área. Maior carência está na construção civil


Por: Altair Santos

De cada 100 vagas ofertadas no Brasil, 22 requisitam engenheiros. Trata-se da profissão com maior demanda no país atualmente, seguida de longe por administradores (14 vagas para cada 100) contabilistas (6 vagas para cada 100) e economistas (5 para cada 100). Os dados constam de pesquisa recentemente divulgada pela consultoria Ricardo Xavier, que revela ainda que de cada 22 engenheiros requisitados pelo menos metade é para o setor da construção civil.



Marshal Raffa: "Quanto mais qualificado for o profissional, mais ele será requisitado pelo mercado”.

Segundo Marshal Raffa, diretor executivo da consultoria, só a engenharia mecânica é tão requisitada quanto a civil. “Os engenheiros ligados à construção civil têm fortalecido esta posição devido aos grandes eventos do mercado brasileiro (Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas). Para a execução destes eventos é necessário infraestrutura. Tem ainda os investimentos no ramo imobiliário e a promessa do governo de executar na prática o PAC 2″, diz Marshal.

A expectativa é que as engenharias, em especial a civil, tenham um nível de empregabilidade de 100% pelo menos nos próximos cinco anos. Até porque, há escassez de profissionais no mercado. O Brasil forma anualmente 8 mil engenheiros, mas, de acordo com Marshal Raffa, para suprir a demanda o país deveria, no mínimo, graduar cinco vezes mais engenheiros. “México e Coreia do Sul formam mais do que nós. De cada um graduado aqui, lá eles graduam dois e cinco, respectivamente”, diz.

O consultor, no entanto, alerta que, além de graduar engenheiros, o Brasil precisa colocar profissionais qualificados no mercado. “Há uma carência de profissionais formados, mas também, mais do que isso, uma carência de profissionais qualificados”, afirma. Por isso, a escala de empregabilidade tem sido a seguinte: 1º) Engenheiros com experiência; 2º) Engenheiros com mestrado e doutorado; 3º) Recém-formados. “Existe trabalho para todos, pois hoje o Brasil deve ter uma falta de cerca de duzentos mil engenheiros”, estima Marshal.


Mais concorrido

A demanda por engenheiros civis tem causado mudanças até dentro das universidades. Atualmente, o curso desponta como o mais procurado em algumas instituições. No vestibular Fuvest 2012, que qualifica para a Universidade de São Paulo (USP), a graduação em engenharia ofertada no campus de São Carlos, no interior paulista, foi a mais procurada pelos candidatos. Para os aprovados em 2011, a concorrência foi de 26,78 por vaga; para 2012, 52,27.



Entrevistado

Marshal Raffa, diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos

Currículo

- Graduado em ciência da comunicação (fonoaudiologia) pela PUC Campinas

- Tem MBA em gestão empresarial, especialização em responsabilidade social e coach profissional formado pela Pro Fit & Corporate Coach U

- É docente nas disciplinas de gestão em serviços, gestão de pessoas (bacharelado) e docente em projetos e processos (pós-graduação)

- Possui 15 anos de experiência como headhunter e na área de planejamento de carreira.

Contato: imprensa@ricardoxavier.com.br / www.ricardoxavier.com.br



Créditos
foto: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos – MTB 2330

2 comentários:

William disse...

Amigo, desculpa... sou engenheiro eletricista, e fiquei desempregado durante todo o ano de 2012... estou fora desses 100%? :D

Antonio Otavio Espindola disse...

Caro Amigo William;

Como você bem sabe, a relação mencionada é uma estatística sem uma precisão tão fina. Um ou dois ou um pouco mais engenheiros desempregados não a invalidam.
Você deve concordar que há muito tempo não vemos tantos engenheiros empregados, os recém formados entrando direto nas empresas ao saírem das faculdades e ainda a chegada de profissionais de fora do Brasil para cobrir o déficit de mão-de-obra.
Desejo-lhe boa sorte e que nunca mais você passe por uma situação parecida com a que viveu em 2012.

Espindola