sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Bolha de sabão

Alexandre Garcia
05 de Junho de 2012



Bolha de sabão

O Rei Juan Carlos esteve com a presidente Dilma nesta semana.

Fico imaginando a chefe de estado do Brasil a dizer ao chefe de estado da Espanha: "Eu sou você,amanhã", tal como na propaganda de vodka.
Não é difícil chegar a essa conclusão. A crise na Espanha começou quando se decidiu que a expansão imobiliária seria uma solução maravilhosa para o crescimento do país: criaria emprego na construção civil ao mesmo tempo em que resolveria do problema da habitação.

Empregou-se muita gente e estrangeiros começaram a chegar aos milhares para atender à demanda de mão-de-obra. Tijolo e concreto se tornaram sinônimos de riqueza. Áreas verdes foram cobertas por construções, assim como o cinturão verde de muitas cidades.

Em poucos anos, o preço do metro quadrado disparou e o boom da construção atraiu especuladores. O metro quadrado da habitação subiu mas os salários não.

Os bancos, para manter a roda circulando, baixaram exigências para financiamentos, não se importando com a renda do financiado nem com as garantias. Imaginaram que se o imóvel estava se valorizando tanto, se o devedor não pudesse pagar, venderia o imóvel por mais preço e ainda sobraria dinheiro. E ofereceram crédito para comprar casa, carro, móveis, eletrodomésticos, viagens... A dívida se tornou fator de crescimento.

Mas aí, estourou a bolha dos Estados Unidos. Os espanhóis se retraíram, o consumo caiu, vieram as demissões e se descobriu que o país se sustentava tirando do futuro; nunca houve realmente riqueza nem subida na escala social.

Você que me lê, e percebe as semelhanças, bata na madeira para torcer que por aqui não aconteça o mesmo. Os sinais são alarmantes: o PIB brasileiro do primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, aumentou apenas dois décimos por cento(0,2%). A inflação vai crescer o dobro do PIB neste ano.

Na Veja desta semana, a excelente Lya Luft chama de "ilusão" o que está acontecendo no Brasil. Ela mostra como também estamos sacando do futuro. "Palavras de ordem nos impelem a comprar, autoridades nos pedem para consumir, somos convocados a adquirir o supérfluo, até danoso, como botar mais carros em nossas ruas atravancadas ou em nossas péssimas estradas...Estamos enforcados em dívidas impagáveis, mas nos convidam a gastar ainda mais, de maneira impiedosa, até cruel."- escreveu ela. Nossa bolha está inchada.

E é de sabão.



3 comentários:

RAMIRO ANDRADE - O PROVOCADOR disse...

Discriminação de Engenheiros Brasileiros em Portugal


Exmos. Colegas das Universidades Federais Brasileiras

Venho denunciar e apelar, para que não dêem equivalências de diplomas de universidades portuguesas em vossas instituições, devido à discriminação da Ordem dos Engenheiros Portugueses, aos Engenheiros Brasileiros em Portugal.
Por favor leiam o texto abaixo, e ficarão esclarecidos.

Atenciosamente.

Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
CREA - Carteira Profissional nº RJ-881003779/D

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Exmos. Colegas Engenheiros dos Crea´s

Venho dar conhecimento da carta enviada ao Sr. Eng. José Tadeu da Silva,
Presidente do Confea, sobre o assunto em epígrafe.

Venho também pedir á todos os Presidentes dos Crea´s no Brasil, que
cancelem todos os pedidos de inscrição de Engenheiros Portugueses para
emissão de carteiras profissionais do Crea, devido a termos no Brasil a
mesma reciprocidade em relação ao ato racista da Ordem dos Engenheiros
Portugueses em relação á 153 engenheiros Brasileiros em Portugal, que nunca reconheceram os 153 profissionais em Portugal.

Aguardando vosso prezado contacto para qualquer esclarecimento adicional, apresento meus cumprimentos.

Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
Carteira Profissional nº RJ-881003779/D
Reg. nº 1988100377

e-mail: ramiro.lopes.andrade@gmail.com

ramiro.andrade@hotmail.com

RAMIRO ANDRADE - O PROVOCADOR disse...

A/C Sr. Presidente Confea - Brasil /// Discriminação de Engenheiros Brasileiros em Portugal

Exmo. Sr. Presidente do Confea José Tadeu da Silva

Meu nome é Ramiro Lopes Andrade, sou Engenheiro Civil Reg nº 1988100377, Carteira Profissional nº RJ-881003779/D, Cidadão Brasileiro.
Vivo em Portugal desde 1990.
Desde esta data, 1990, tenho tentado minha inscrição na Ordem dos Engenheiros Portugueses, não tendo conseguido.
Tentei a Ordem dos Engenheiros Portugueses.
Tentei a Embaixada Brasileira.
Tentei os tribunais portugueses, foi tudo tempo e dinheiro perdidos, ao longo destes 22 anos.
A atitude da Ordem dos Engenheiros Portugueses foi sempre de empatar, e ganhar pelo cansaço, conseguiram ............ foram sempre pessoas baixas e racistas em relação aos brasileiros.
Agora vejo os portugueses a voltarem ao Brasil, e EXIGEM direitos para poderem trabalhar livremente no Brasil ( engenheiros , arquitectos , etc .......), em plena concorrência desleal com os engenheiros brasileiros.
O que o Confea vai fazer em relação a esta invasão de profissionais estrangeiros ( principalmente portugueses ), depois do tratamento racista que tiveram em relação á 153 profissionais Brasileiros, em Portugal ????
Devíamos dar do mesmo veneno aos Portugueses, e não deixar trabalharem no Brasil.
Vi no blogue um comentário seu:

http://www.blogizazilli.com/index.php/destaques/coluna-marco-alzamora/comment-page-1#comment-32397

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Engenheiro civil. José Tadeu da Silva

“Entrada de profissionais estrangeiros preocupa sistema profissional”.

Brasília, 29 de maio de 2012.“A entrada de profissionais estrangeiros no país é uma situação que vem nos preocupando imensamente. Esta semana, inclusive, estamos discutindo o assunto com os presidentes de todos os Creas e com representantes das Entidades Nacionais. Trata-se de um problema de todos nós, profissionais brasileiros. E, nesse caso, de responsabilidade do Sistema CONFEA/CREA.”

Engenheiro civil. José Tadeu da Silva
Presidente do CONFEA-Conselho Federal de Engenharia e Agronomia


Será que verei de parte do Confea, e do Sr. Presidente Engenheiro José Tadeu da Silva,
a devida resposta à Ordem dos Engenheiros Portugueses, com a mesma reciprocidade do que fizeram à 153 profissionais Brasileiros em Portugal ?

Caro Sr. Presidente Engenheiro José Tadeu da Silva, sei que não é culpado desta situação dos 153 profissionais Brasileiros em Portugal, mas agora é o presidente do Confea, e tem responsabilidades, peço que actue no sentido de negar, e dificultar ao máximo a vida dos profissionais portugueses no Brasil, em reciprocidade ao que fizeram a mim ( Ramiro Lopes Andrade ), e aos meus outros 152 colegas aqui em Portugal.

Aguardando vossas prezadas notícias, apresento os votos de muito sucesso no Confea.

Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil

Obs: Esta carta foi com conhecimento a todos os órgãos da Ordem dos Engenheiros Portugueses.

geral@oern.pt; madeira@madeira.ordemdosengenheiros.pt; geral.acores@acores.ordemdosengenheiros.pt; portalegre@sul.ordemdosengenheiros.pt; santarem@sul.ordemdosengenheiros.pt; evora@sul.ordemdosengenheiros.pt; faro@sul.ordemdosengenheiros.pt; castelobranco@centro.ordemdosengenheiros.pt; leiria@centro.ordemdosengenheiros.pt; aveiro@centro.ordemdosengenheiros.pt; correio@centro.ordemdosengenheiros.pt; delegacao.vilareal@oern.pt; delegacao.viana@oern.pt; delegacao.braganca@oern.pt; delegacao.braga@oern.pt; secretaria@sul.ordemdosengenheiros.pt

RAMIRO ANDRADE - O PROVOCADOR disse...

Marco Alzamora
Arquiteto e Urbanista
CAU 9044-1
www.alzamora.arq.br
alzamora@alzamora.arq.br

Caro Sr. Arquitecto Marco Alzamora

Li seu artigo sobre “Entrada de profissionais estrangeiros preocupa sistema profissional” do Engenheiro civil José Tadeu da Silva.
Muito me agradou o tema, por razões óbvias.
Venho solicitar que continue a divulgar o tema, também aproveito para denunciar a invasão de profissionais engenheiros e arquitectos ( espanhóis e portugueses ), na zona envolvente de Itaboraí, no Complexo da Comperj, e nas obras envolventes na cidade de Itaboraí / Rio de Janeiro.
Os profissionais estrangeiros em sua maioria estão ilegais, entram como turistas e começam a trabalhar nas empresas estrangeiras, competindo de forma ilegal com profissionais brasileiros.
Peço que denuncie no Crea e Confea esta situação.
Quanto a minha situação referente a Ordem dos Engenheiros Portugueses continua na mesma, e nunca reconheceram meu título académico em Portugal.
Já desisti de Portugal, e irei me mudar definitivamente para o Brasil, ainda este ano.

Um abraço, e votos de muito sucesso.

Ramiro Lopes Andrade
Engenheiro Civil
E-mail: ramiro.lopes.andrade@gmail.com