sábado, 1 de dezembro de 2012

Experiência ainda pesa mais no momento da contratação

 

Por Carolina Cortez | De São Paulo
De: Valor Econômico

Embora os cursos de graduação em gestão de recursos humanos estejam crescendo no país, o mercado ainda valoriza mais a experiência do que a formação na hora de contratar um executivo da área. De acordo com Fernando Mantovani, diretor da consultoria Robert Half, especializada no recrutamento e seleção de profissionais de média e alta gerência, as empresas procuram profissionais que acumulam anos de atuação na gestão de pessoas, independentemente da faculdade que cursaram. "O conhecimento e as habilidades para lidar com o capital humano são mais relevantes na hora de caçar talentos do ramo", diz.
Engenheiro por formação, Mantovani destaca que o mercado busca profissionais capazes de entender o negócio da companhia e a participação do RH dentro desse contexto. A tendência, portanto, é que o departamento deixe de ser meramente burocrático e passe a atuar diretamente nas estratégias de crescimento das organizações, o que demanda um perfil mais generalista do profissional que comanda essa área.
Nesse sentido, o mercado exige um misto de habilidades e técnicas que são desenvolvidas com o tempo. "Nenhuma faculdade ensina a influenciar ou desenvolver pessoas, nem a se tornar um conselheiro da gestão", ressalta Almiro dos Reis Neto, também engenheiro por formação e vice-presidente de conhecimento e aprendizagem da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). "Um curso transmite a parte técnica, o que é imprescindível, mas saber usar esse conhecimento é algo que surge com a vivência."
Ainda assim, ambos os especialistas acreditam que é importante buscar conhecimento em gestão de RH, o que pode ser adquirido com uma pós-graduação. "Temas como liderança e desenvolvimento de talentos são muito complexos para uma sala que não possui profissionais já experientes e atuantes no mercado", ressalta Renato Guimarães Ferreira, coordenador do curso de especialização em administração para graduados (Ceag), da Fundação Getulio Vargas.
A instituição não pretende lançar um programa de graduação em gestão de RH nos próximos anos. Para atender profissionais que buscam especialização, a FGV oferece um MBA em liderança e gestão de pessoas e cursos de pós-graduação lato sensu em administração com módulos voltados à área.
Os cursos foram desenvolvidos para quem tem mais de três anos de formado. "O gestor deve ter uma visão integrada de todas as áreas funcionais para compreender a dinâmica do negócio onde atua. Por isso, a grade curricular é bem abrangente", explica Ferreira. Para ele, o fato de gestores de RH virem de diferentes áreas não é um problema. "O importante é que ele tenha habilidade para dar o suporte à gestão de equipes e não deixe de se atualizar e de se especializar", afirma.



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