segunda-feira, 8 de julho de 2013

Ibovespa tem forte queda apesar de EUA


SÃO PAULO - A despeito da alta das bolsas norte-americanas nesta sessão, o Ibovespa segue em mais um dia de queda, a terceira seguida para o índice. E esta é ainda mais forte do que dos pregões anteriores, com o benchmark da bolsa registrando forte desvalorização de 2,39%, a 46.099 pontos, às 12h48 (horário de Brasília) guiadas por mais uma queda das ações de empresas do grupo EBX e pelos ativos da Eletropaulo (ELPL4).

As ações da OGX Petróleo (OGXP3, R$ 0,50, -10,71%) são o destaque de queda mais uma vez nesta sessão, após despencarem 29,11% na véspera após o anúncio de que ela deve desistir de 3 campos. Nesta sessão, os papéis sofrem ainda com o corte de preço-alvo anunciado por seis grandes bancos de investimento, para até R$ 0,10: o Bank of America Merrill Lynch, de R$ 1,00 para R$ 0,10, que sugerem dois caminhos para OGX, ou a venda ou a liquidação total da empresa, além do Deutsche Bank, HSBC, JPMorgan, UBS e Credit Suisse.

Com forte baixa também, estão as ações da Eletropaulo, que despenca 6,58% após reajuste da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) considerado nulo. Ainda entre as maiores quedas do Ibovespa, aparece a MMX Mineração (MMXM3, R$ 1,28, -6,77%), também de Eike Batista, e as siderúrgicas Usiminas (USIM3, R$ 7,49, -3,73%; USIM5, R$ 7,16, -3,89%) e CSN (CSNA3, R$ 5,88, -2,81%), que sofrem com o resultado ruim da indústria brasileira - a produção industrial do País que recuou 2,0% entre abril e maio, ante expectativa de queda de 1,1%.

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) e da Vale (VALE3;VALE5) também intensificam as perdas e ajudam a puxar o índice ainda mais para baixo. Os papéis da mineradora têm queda de cerca de 2%, enquanto os ativos PETR3 têm baixos de 1,82% e os PETR4, desvalorização de 2,54%.

Entre as maiores altas, os ganhos são modestos, com apenas 6 das 71 ações do Ibovespa mostrando valorização de mais de 1% neste momento, com destaque para as ações da Light (LIGT3, R$ 16,01, +3,83%).


EUA: indicadores e discursos

Nos EUA, a agenda contou com o Factory Orders de maio, que mede o volume de pedidos, feitos à indústria como um todo, de bens duráveis e bens não duráveis, mostrando alta de 2,1%. O indicador ficou levemente acima das expectativas, de alta de 1,9%. As atenções devem ficar ainda com novos discursos dos membros do Federal Reserve, William Dudley e Jerome Powell, que já haviam discursado ao mercado com um tom favorável à manutenção do programa de estímulos norte-americano na semana passada.

Na ocasião, Dudley afirmou que o Fed pode não só continuar com o programa bilionário de compra de títulos, mas até aumentar os estímulos caso o mercado não apresente melhora consistente. Já Powell disse que a reação do mercado ao anúncio de possível retirada dos estímulos foi exagerada e que a alta que o mercado espera nas taxas de juros em 2014 implicam em uma performance econômica mais forte do que estimado.

Taxa de desemprego na zona do euro é recorde

Enquanto nos EUA os índices operam no azul, na Europa, o dia mostra-se mais instável, sobretudo por conta das tensões políticas na Itália e em Portugal - onde o ministro das finanças renunciou na véspera. Além disso, a Troika - grupo formado por Comissão europeia, FMI (Fundo Monetário Internacional) e BCE (Banco Central Europeu) - deu um ultimato de três dias à Grécia para mostrar aos credores que tem avançado nas reformas propostas, caso contrário o grupo pode não dar mais uma parcela do resgate de ? 8,1 bilhões, segundo reportagem da Reuters.

Os números do mercado de trabalho também foram mistos para o continente. Na zona do euro, a taxa de desemprego atingiu 12,2%, a maior desde que a série foi iniciada, em 1995. Já a Espanha viu a sua taxa de desemprego cair pelo quarto mês seguido em junho, com baixa de 2,6% em relação ao mês anterior.

fonte: Infomoney 02/07/13

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