terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O mais novo porto construído com dinheiro público brasileiro - 682 milhões de dólares

Em 2014, o Brasil vai perder 22% da riqueza gerada pela maior safra de soja da história, de 55 milhões de toneladas. A causa disso são os gargalos da infraestrutura portuária brasileira e da perda de carga em acidentes de caminhões nas péssimas estradas. Isso significa que o governo brasileiro dedicou a essa questão a prioridade máxima, investindo o máximo possível na melhoria das estradas e dos portos brasileiros? Não. Apenas 7% dos 218 milhões de dólares previstos para ser investidos nos terminais brasileiros em 2013, ou 15,5 milhões de dólares, foram aplicados. O maior investimento brasileiro em portos nos últimos anos foi feito onde? Em Cuba.

No fim de janeiro, a presidente Dilma Rousseff vai à ilha dos irmãos Castro inaugurar o Porto de Mariel. O governo brasileiro investiu 682 milhões de dólares nos últimos três anos na construção de um terminal em Cuba, onde a ditadura de Fidel e Raul Castro, perdoem a repetição, vive sua fase terminal. O Porto de Mariel terá capacidade 30% superior à do Porto de Suape, o principal do Nordeste brasileiro. O descalabro é obra de Lula. Foi no governo dele, em 2008, que o BNDES decidiu financiar 71% do orçamento da construção do porto. Para entendermos o senso de prioridade do governo do PT, o BNDES emprestou aos cubanos três vezes mais do que destinou a melhorias e ampliações no Porto de Suape desde a sua inauguração, em 1983. Cuba não pode esperar. O Brasil pode.

Fonte:https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2014/1/6/isso-e-que-e-camaradagem

Um comentário:

Unknown disse...

A análise, do ponto de vista informativo, é bastante relevante, uma vez que normalmente não sabemos para onde vai nosso dinheiro.
Entretanto, como forma de iniciar um ponto de discussão, entendo o mundo e as fronteiras nacionais de maneira mais tênue que você, caro Espindola. O fato de o porto ser em Cuba ou no Nordeste em nada me afeta enquanto contribuínte. Todos somos cidadãos do mundo, e se o investimento lá irá render mais frutos para a humanidade, que seja então feito lá.
O cerne da questão para mim é que não deve ter sido feita nenhuma análise quanto à utilidade do investimento... Provavelmente, e conhecendo nosso governo como temos conhecido nos últimos 11 anos, a decisão foi essencialmente política e demagoga.
Precisamos pensar a humanidade mais com foco em recursos utilizados e retorno global, e menos como territórios demarcados, zonas de influência e acúmulo de poder, pois enquanto fomentarmos o nacionalismo, iremos dar mais poder a quem só existe para usurpar o fruto de nossa capacidade laborativa e consequentemente nossa qualidade de vida.
#niilismopolitico