Minas da Colombia têm potencial de extração de até 35 milhões de toneladas por ano
AGÊNCIA REUTERS
Publicado: 11/01/12 - 18h03
Atualizado: 11/01/12 - 18h57
Contribuição Engº. José Marcos Araújo da Costa
Eike Batista, presidente da empresa de energia MPX, se unirá à alemã E.ON para criar companhia que tem potencial para ser a maior empresa de energia privada do Brasil Jonathan Alcorn/02-05-2011
RIO DE JANEIRO - A produção de carvão da MPX na Colômbia vai começar em 2013 com operação de 5 milhões de toneladas por ano, informou o empresário Eike Batista nesta quarta-feira. As minas da empresa no país, que é o segundo maior produtor das Américas, têm potencial de produção de até 35 milhões de toneladas por ano, confirmou o presidente da holding EBX com base em estudo de viabilidade que deverá ser concluído neste trimestre.
O potencial de extração da empresa de Eike equivale a um terço da produção colombiana em 2010 e representa o triplo de todo o consumo do Brasil. O volume também supera em mais de três vezes a demanda das térmicas da MPX. Os projetos, incluídos na joint venture com a empresa de energia alemã E.ON, devem consumir 10 milhões de toneladas, informou o presidente da MPX, Eduardo Karrer.
Como a produção de carvão deverá superar com folga as necessidades dos projetos de energia da MPX, Eike pretende exportar futuramente o mineral para vários mercados além de Brasil e Chile. "Com baixas impurezas, esse carvão colombiano será enviado para Europa e América do Norte, além de Brasil e Chile", disse o bilionário mais rico do Brasil em teleconferência com jornalistas.
Fora da join venture
Os ativos de carvão da MPX deverão ficar de fora da joint venture com a companhia alemã. A MPX informou ao mercado que fará cisão de ativos de mineração de carvão na Colômbia, criando uma nova empresa, a CCX, que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. "Todo mundo esperava um IPO (oferta pública de ações) mas a CCX realmente vai começar como uma empresa listada em Bolsa a partir do momento em que separarmos e a empresa será separada com R$ 814 milhões, que é o suficiente para financiar a produção das 5 milhões de toneladas de carvão", acrescentou Eike Batista.
O empresário disse que já possui licença preliminar para construir a ferrovia de 150 quilômetros e o porto que fazem parte do projeto. "Com essas minas poderemos iniciar a produção de carvão em um ano e meio", afirmou Karrer. Os recursos com a venda da produção annual de 5 milhões de toneladas serão direcionados para financiar a segunda etapa de extração, que prevê um sistema de extração subterrânea até 2015.
Parceria com a E.ON poderá criar maior empresa priva de energia do país
A joint venture com a elétrica alemã E.ON, que formará a maior empresa privada de energia do Brasil, prevê que a MPX vai levante R$ 1 bilhão por meio de aumento de capital em que a E.ON vai participar com cerca de R$ 850 milhões. Com isso, a alemã assumirá participação de 10% na empresa de energia brasileira. A expectativa é que a operação seja concluída no segundo trimestre deste ano e que a aliança produza uma empresa com capacidade de geração total de 20 GW.
A joint venture em partes iguais "será o único veículo de investimento para novos projetos de energia de ambas as companhias no Brasil e no Chile e será responsável pelo desenvolvimento, execução e operação de empreendimentos de energia térmica e renovável nestes países, além de todas as atividades de suprimento e comercialização", afirma a MPX em comunicado.
Para formar o novo empreendimento da dupla, a MPX entregará à joint-venture 50% de sua carteira de empreendimentos térmicos sem contrato de compra e venda de energia e a E.ON terá opção de comprar participação adicional no projeto de energia no Porto de Açu, que está sendo erguido no Rio de Janeiro.
A joint-venture também reunirá atividades de suprimento e comercialização da MPX e os projetos de energia renovável da empresa de Batista. As usinas térmicas têm capacidade total de 10,35 GW, enquanto os projetos de energia renovável são de fonte solar (5 MW) e eólica (113 MW).
Para permitir que a joint-venture acelere a implementação da carteira de projetos, "E.ON e MPX vão, caso a caso, analisar a possibilidade de pré-financiamento pela E.ON da porção de capital próprio da MPX".
Parte do plano de aliança das duas empresas, a MPX fará cisão de ativos de mineração de carvão na Colômbia, criando uma nova empresa, a CCX, que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. Esta nova empresa receberá 814 milhões de reais em caixa da MPX e os acionistas da MPX receberão um papel da CCX para cada ação da MPX que detiverem. Essa cisão ocorrerá com conversão de debêntures em ações ordinárias.
AGÊNCIA REUTERS
Publicado: 11/01/12 - 18h03
Atualizado: 11/01/12 - 18h57
Contribuição Engº. José Marcos Araújo da Costa
Eike Batista, presidente da empresa de energia MPX, se unirá à alemã E.ON para criar companhia que tem potencial para ser a maior empresa de energia privada do Brasil Jonathan Alcorn/02-05-2011
RIO DE JANEIRO - A produção de carvão da MPX na Colômbia vai começar em 2013 com operação de 5 milhões de toneladas por ano, informou o empresário Eike Batista nesta quarta-feira. As minas da empresa no país, que é o segundo maior produtor das Américas, têm potencial de produção de até 35 milhões de toneladas por ano, confirmou o presidente da holding EBX com base em estudo de viabilidade que deverá ser concluído neste trimestre.
O potencial de extração da empresa de Eike equivale a um terço da produção colombiana em 2010 e representa o triplo de todo o consumo do Brasil. O volume também supera em mais de três vezes a demanda das térmicas da MPX. Os projetos, incluídos na joint venture com a empresa de energia alemã E.ON, devem consumir 10 milhões de toneladas, informou o presidente da MPX, Eduardo Karrer.
Como a produção de carvão deverá superar com folga as necessidades dos projetos de energia da MPX, Eike pretende exportar futuramente o mineral para vários mercados além de Brasil e Chile. "Com baixas impurezas, esse carvão colombiano será enviado para Europa e América do Norte, além de Brasil e Chile", disse o bilionário mais rico do Brasil em teleconferência com jornalistas.
Fora da join venture
Os ativos de carvão da MPX deverão ficar de fora da joint venture com a companhia alemã. A MPX informou ao mercado que fará cisão de ativos de mineração de carvão na Colômbia, criando uma nova empresa, a CCX, que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. "Todo mundo esperava um IPO (oferta pública de ações) mas a CCX realmente vai começar como uma empresa listada em Bolsa a partir do momento em que separarmos e a empresa será separada com R$ 814 milhões, que é o suficiente para financiar a produção das 5 milhões de toneladas de carvão", acrescentou Eike Batista.
O empresário disse que já possui licença preliminar para construir a ferrovia de 150 quilômetros e o porto que fazem parte do projeto. "Com essas minas poderemos iniciar a produção de carvão em um ano e meio", afirmou Karrer. Os recursos com a venda da produção annual de 5 milhões de toneladas serão direcionados para financiar a segunda etapa de extração, que prevê um sistema de extração subterrânea até 2015.
Parceria com a E.ON poderá criar maior empresa priva de energia do país
A joint venture com a elétrica alemã E.ON, que formará a maior empresa privada de energia do Brasil, prevê que a MPX vai levante R$ 1 bilhão por meio de aumento de capital em que a E.ON vai participar com cerca de R$ 850 milhões. Com isso, a alemã assumirá participação de 10% na empresa de energia brasileira. A expectativa é que a operação seja concluída no segundo trimestre deste ano e que a aliança produza uma empresa com capacidade de geração total de 20 GW.
A joint venture em partes iguais "será o único veículo de investimento para novos projetos de energia de ambas as companhias no Brasil e no Chile e será responsável pelo desenvolvimento, execução e operação de empreendimentos de energia térmica e renovável nestes países, além de todas as atividades de suprimento e comercialização", afirma a MPX em comunicado.
Para formar o novo empreendimento da dupla, a MPX entregará à joint-venture 50% de sua carteira de empreendimentos térmicos sem contrato de compra e venda de energia e a E.ON terá opção de comprar participação adicional no projeto de energia no Porto de Açu, que está sendo erguido no Rio de Janeiro.
A joint-venture também reunirá atividades de suprimento e comercialização da MPX e os projetos de energia renovável da empresa de Batista. As usinas térmicas têm capacidade total de 10,35 GW, enquanto os projetos de energia renovável são de fonte solar (5 MW) e eólica (113 MW).
Para permitir que a joint-venture acelere a implementação da carteira de projetos, "E.ON e MPX vão, caso a caso, analisar a possibilidade de pré-financiamento pela E.ON da porção de capital próprio da MPX".
Parte do plano de aliança das duas empresas, a MPX fará cisão de ativos de mineração de carvão na Colômbia, criando uma nova empresa, a CCX, que será listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. Esta nova empresa receberá 814 milhões de reais em caixa da MPX e os acionistas da MPX receberão um papel da CCX para cada ação da MPX que detiverem. Essa cisão ocorrerá com conversão de debêntures em ações ordinárias.
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